CAMADA DE OZÔNIO PODE SER RECUPERADA AINA ESTE SÉCULO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

25 de Agosto de 2007 - Ana Luiza Zenker - Da Agência Brasil - Brasília - No próximo dia 16 de setembro o Protocolo de Montreal completa 20 anos. O documento é um tratado para eliminar o uso de substâncias que destroem a camada de ozônio, que protege a Terra da radiação nociva do Sol. Em entrevista à Agência Brasil, o secretário do Ozônio e secretário-executivo da Secretaria para o Convênio de Viena e do Protocolo de Montreal no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Marco González, afirmou que entre os anos de 2049 e 2075 a camada de ozônio estará recuperada nos níveis anteriores aos anos de 1980.

Essa é apenas uma das conquistas do protocolo, segundo González. “No campo da eliminação de substâncias que destroem a camada de ozônio as conquistas são extraordinárias, já que, em nível mundial, todos os países eliminaram a produção e o consumo de todos os produtos químicos controlados pelo protocolo em mais de 95%”, afirmou.

O secretário lembra que os 190 países que assinaram o protocolo têm cumprido as metas estabelecidas e que isso tem trazido benefícios para a saúde, evitando casos de câncer de pele e de catarata. Ele também destaca a importância da formação de uma cultura de cumprimento do tratado.

“Essa cultura se formou com base na confiança entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, para estabelecer metas alcançáveis tanto por uns como por outros. É assim que a maioria dos países têm conseguido cumprir com 99% das metas e, em muitos casos, têm feito isso antes dos prazos previstos no protocolo”.

Uma das conquistas desses 20 anos, para González, foi a eliminação, somente entre 11000 e 2000, de uma quantidade de CFC (gás que destrói a camada de ozônio) equivalente a 11 bilhões de toneladas de gás carbônico. Ele explica que os CFCs, além de destruir a camada que protege a Terra, também contribui para o efeito estufa, com um poder 11 mil vezes maior do que o do CO2. “Dessa forma, nestes 20 anos, quando os países estavam eliminando o uso de CFCs, estavam protegendo a camada de ozônio e também combatendo as mudanças climáticas de uma forma muito efetiva”, afirma.

Apesar das conquistas, Marco González alerta que a comunidade internacional não pode “dormir no ponto”. “É importante lembrar que a tarefa não está concluída, é de longo prazo e a parte mais difícil ainda está por vir”, diz, lembrando que ainda são necessários esforços concentrados e recursos financeiros para alcançar o objetivo de eliminar completamente as substâncias que destroem a camada de ozônio.

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Superintendentes do Ibama debatem medidas para combater efeitos da seca e desertificação

23 de Agosto de 2007 - Marcia Wonghon - Repórter da Agência Brasil - Recife - Superintendentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vão propor alternativas para intensificar o combate aos efeitos da desertificação. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente a desertificação afeta 30 milhões de pessoas no país, principalmente nos estados do Nordeste, onde mais de 55% do território são atingidos pela degradação da terra.

As medidas estão sendo discutidas em um seminário que poderá definir uma nova política para o meio ambiente no Nordeste.

O superintendente do Ibama em Pernambuco, João Arnaldo Novaes, adiantou que uma das sugestões é a de que todos os processos de utilização de uso do solo em atividades agropecuárias estejam, a partir de agora, associados as atividades agro florestais sustentáveis.

O superintendente destacou que é preciso tomar medidas urgentes também no sentido de evitar que a seca, fenômeno climático natural, possa se agravar em conseqüência do aquecimento global do planeta. Ele informou que somente em Pernambuco, 60% do território do estado vem sendo afetado pela estiagem, com prejuízo de mais de 80% para as lavouras de milho e feijão.

Ricardo Padilha, representante do Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, do Ministério do Meio Ambiente, disse que o principal desafio é ampliar as ações existentes nessas áreas, centralizando o foco no desenvolvimento sustentável, a partir da preservação da natureza.

“A estiagem no Brasil é um assunto que está sendo trabalhado há pelo menos um século, com ações da Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O principal desafio é modernizar as iniciativas para que tenham foco maior no desenvolvimento sustentável”, afirmou.

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Vale cortará fornecimento a siderúrgicas que descumprem legislação ambiental e trabalhista

22 de Agosto de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Companhia Vale do Rio Doce informou hoje (22) que não vai mais fornecer minério de ferro para as usinas que produzem gusa ilegal e desrespeitam o meio ambiente. O corte será feito a partir de 1° de setembro e as primeiras empresas afetadas são a Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) e a Usina Siderúrgica de Marabá (Usimar).

“Agindo de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável com os quais se compromete, a companhia exige de seus clientes e fornecedores o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista em vigor”, diz a nota da Vale do Rio Doce.

O ferro gusa é produzido com a fusão de minério de ferro em altas temperaturas. Neste processo, o carvão mineral atua tanto como fonte de calor como no processo de transformação química do minério em ferro metálico, o gusa. No entanto, o carvão utilizado por muitas siderúrgicas não tem origem comprovada e possivelmente é oriundo de desmatamentos da floresta.

Em abril, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará constatou que as sete siderúrgicas do Pólo de Marabá descumpriam leis ambientais. O empresários, na ocasião, pediram ao governo prazo de nove anos para corrigir os problemas.

Segundo a Vale, as duas empresas que terão suspenso o fornecimento de minério foram atuadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma fiscalização no começo do ano. Neste mês, o órgão apresentou ações civis públicas contra as siderúrgicas devido a essas irregularidades.

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Marina Silva apresenta projeto de política de resíduos sólidos ao presidente

20 de Agosto de 2007 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o secretário de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos, Luciano Zica, vão entregar hoje (20) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto de lei de criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O encontro será ao meio-dia, no Palácio do Planalto.

Segundo o secretário, a expectativa é de que o texto seja enviado ao Congresso na próxima semana e aprovado em curto espaço de tempo. O objetivo do plano é integrar as políticas de gestão dos resíduos sólidos, repetindo o procedimento que deu origem ao Plano Nacional de Recursos Hídricos, aprovado em 2006, e à Lei Nacional de Saneamento, em fase de regulamentação.

“Há um artigo que pretende proibir a importação de resíduos ou produtos usados que sejam prejudiciais ao meio ambiente”, afirmou Zica.

O ministério está preparando também o 1º Seminário Nacional sobre os Recursos Hídricos em Ambientes Urbanos, que será realizado em Brasília, entre os dias 1º e 3 de outbro. Para o secretário, “não há como desassociar a questão do lixo nos grandes centros urbanos da questão da água”.

“Na maioria dos países, a maior parcela da população vive nos centros urbanos”, afirmou Zica. “Nós não temos assistido a um debate firme sobre os impactos da ação humana sobre os recursos hídricos”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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