APLICAÇÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS PARA PAGAR SERVIÇOS AMBIENTAIS É ASSUNTO EM BRASÍLIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

28 de Agosto de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os pequenos produtores rurais que conservarem e recuperarem recursos naturais poderão receber pagamento por esse serviço. O governo pretende enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei que prevê a aplicação de recursos orçamentários para o pagamento de serviços ambientais.

A proposta é um dos temas em discussão na 3ª Reunião do Conselho Nacional do Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente)

A idéia já está sendo aplicada no projeto piloto Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente) que destina recursos a agricultores familiares que preservam o meio ambiente na Amazônia.

“Com essa renda, aquelas famílias conseguem derrubar menos [árvores], manter reserva legal, áreas de preservação permanente, recuperar nascentes e até algumas áreas degradadas, evitar o uso do fogo quando da feitura de suas rochas”, disse hoje (28) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, depois de abrir a reunião.

A ministra lembrou que o Proambiente nasceu da experiência dos próprios agricultores familiares da Amazônia Legal que “verificaram que era fundamental manter áreas preservadas”. “Só que isso [preservação do meio ambiente] tem um custo que precisa ser absolvido. Os pequenos produtores não têm como absolver esse custo”, disse.

O Proambiente foi começou a funcionar em 2000 como projeto da sociedade civil, e tornou-se projeto de governo em 2004.

Segundo Marina Silva, no Congresso Nacional já existem dois projetos sobre esse tema, um trata da definição de serviços ambientais e o outro cria um programa de transferência de renda. Entretanto, como a Constituição impede que os parlamentares criem leis que versem sobre matéria orçamentária, é necessário que o governo envie ao Congresso o projeto de lei.

“Eles [os parlamentares] deverão assumir o projeto do Executivo e apensar o projeto do Legislativo, o que passaria a ser uma iniciativa coletiva do Congresso em parceria com o governo federal”, disse a ministra.

Na minuta do projeto de lei do Executivo está previsto que os recursos para o pagamento por serviços ambientais virão do Orçamento Geral da União, de doações internacionais vinculadas a acordos de cooperação bilateral, de investimentos privados que terão incentivos fiscais e outras fontes resultantes de convênios com estados e municípios. Para isso, será criado o Fundo de Pagamento por Serviços Ambientais.

“O projeto vai estabelecer que o Brasil pode utilizar recursos públicos para o pagamento de serviços ambientais, algo que já acontece no México”, acrescentou a ministra.

A ministra disse ainda que é possível que as discussões sobre o projeto sejam concluídas internamente no Executivo ainda hoje para que então ser enviado “em breve” ao Congresso. “Espero que seja aprovado o quanto antes no Congresso porque aí o Governo Federal terá uma ferramenta importante para que de fato possamos pagar por serviços ambientais”, defendeu a ministra.

A secretária de Política Social da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, que hoje tomou posse no Conselho Nacional do Proambiente, afirmou que a lei será um dos instrumentos para fortalecer as atividades da agricultura familiar. Entretanto, ela enfatizou que é preciso também investir em assistência técnica, recursos para financiamentos e criação de políticas públicas conjuntas de vários ministérios do governo.

“Pagamento de serviços ambientais não é tudo que resolve de fato. É uma ferramenta a mais, mas que precisa vir conjuntamente, inclusive, com esse fortalecer de diversos ministérios para a proposta de produção sustentável”, disse Alessandra Lunas.

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Cooperação técnica facilitará licenciamento ambiental a produtores do interior do Amazonas

28 de Agosto de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - A Secretaria de Produção Rural (Sepror), o Instituto de Terras (Iteam) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), anunciaram hoje (28) um acordo de cooperação técnica para facilitar a obtenção do licenciamento ambiental e a legalização fundiária por parte dos produtores rurais que vivem no interior do estado.

Na abertura do 1º Encontro Estadual de Trabalhadores da Agricultura Familiar, que se realiza até quinta-feira (30), o secretário Eron Bezerra destacou a maior velocidade para o sistema produtivo, com o acordo: a partir de agora, a documentação poderá ser obtida diretamente nos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), sem precisar passar pela capital.

"Sem esse termo de cooperação, a obtenção de uma licença ambiental poderia durar até dois anos, em função de ter que vir para a capital e estar concentrada em menos lugares. Agora isso será feito em tempo real nos escritórios do Idam, em qualquer um dos 62 municípios amazonenses", explicou.

Durante o encontro, os participantes poderão discutir questões relacionadas ao trabalho, apresentar problemas e contribuir para a formulação de uma política agrícola que permita a geração de renda do homem do interior, sem esquecer da preservação do meio ambiente amazônico.

Representantes de entidades governamentais como Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) participarão dos debates e segundo o agricultor José Raimundo de Macedo, o governo precisa reanimar os incentivos para a produção rural.

"Nossa dificuldade maior é o transporte, porque nossa comunidade fica longe e ele é feito de barco, mas muitas vezes o produto se perde até chegar à capital, também em função do calor forte. Temos estrada para Manaus, mas falta transporte", lamentou.

A Sepror informou que a distribuição dos produtos colhidos pelos agricultores no interior do Amazonas deverá receber apoio do governo estadual por meio do Programa de Escoamento da Produção. "Também já estamos comprando ônibus, caminhões e até barcos, aonde forem necessários, para agilizar e melhorar essa distribuição", informou Bezerra.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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