MINISTRO PROPÕE MUDANÇA URGENTE NO SISTEMA DE GOVERNANÇA AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

04/09/2007 - Daniela Mendes - Encerrado o encontro intergovernamental convocado pelo Brasil, os 22 países presentes no evento do Rio de Janeiro propuseram em consenso a reforma urgente nas estruturas do atual sistema de governança ambiental global. Os países também decidiram de forma consensual que é necessária a implementação efetiva dos acordos multilaterais, que é preciso haver transferência de tecnologias entre os países e aporte de recursos adicionais para as estruturas que lidam com o meio ambiente hoje. "Nossa expectativa é de que, com essa reunião e outras que possamos fazer, surja uma estrutura adequada para lidar com os atuais problemas ambientais", declarou a ministra Marina Silva.

A Reunião Ministerial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Desafios para a Governança Internacional teve como base de suas discussões a proposta da Comunidade Européia de criação de um organismo ou agência nos moldes da Organização Mundial do Comérico (OMC) ou o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) para dar maior agilidade e eficiência à governança internacional ambiental.

O Brasil apresentou uma terceira proposta com o objetivo de despolarizar o debate. Sugeriu a instituição de um organismo ou agência "guarda-chuva", no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), para articular meio ambiente e desenvolvimento sustentável, envolvendo as dimensões normativas e de cooperação financeira e abrigando outras estruturas como o Pnuma e o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

"Não tenho dúvida de que temos uma grande contribuição a dar nessa discussão. O Brasil apresentou a idéia dessa organização, ou agência, desde que sejam preservadas as outras estruturas e, ao mesmo tempo, coordenadas as convenções e os secretariados", disse a ministra. Segundo Marina Silva, a proposta brasileira foi recebida com bastante simpatia pelos outros países.

Com relação aos passos futuros a serem adotados pelos países que estiveram presentes na conferência, foi indicada a elaboração de um cronograma de ações para dar maior eficiência aos processos. Um relatório, com os pontos convergentes, divergentes e passos futuros definidos no encontro, deverá ser encaminhado a todos os que participaram do evento já na próxima semana.

A reunião ministerial contou com representantes de países das Américas, da Ásia e da Europa. O evento, que encerrou na tarde desta terça-feira (04), foi realizado no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro. Ele teve início na segunda-feira (03).

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Marina Silva abre, no Rio, reunião de ministros sobre governança ambiental

03/09/2007 - Daniela Mendes - Na conferência que reúne nesta segunda e terça-feira (3 e 4) ministros das Relações Exteriores e de Meio Ambiente de 22 países, no Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro, a ministra Marina Silva defendeu uma maior articulação entre os governos representados no encontro para que se avance nas propostas relacionadas ao meio ambiente e à governança ambiental.

O encontro dá seguimento a discussões que vêm sendo promovidas em diversos fóruns intergovernamentais internacionais, os quais visam responder à constatação de que, hoje - 35 anos após a primeira conferência internacional sobre o tema em Estocolmo, em 1972 - , o quadro institucional de governança para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável não tem sido capaz de acompanhar o agravamento dos problemas ambientais globais.

Segundo Marina Silva, o Brasil espera com essa reunião contribuir para as iniciativas formais e informais já em curso no âmbito das Nações Unidas para avançar no entendimento dos problemas e alcançar novos níveis de consenso sobre a questão ambiental e o desenvolvimento econômico. "Temos um consenso quanto a necessidade e a urgência de que algo seja feito para o aperfeiçoamento das instituições existente: de algo que vá além da tão repetida e, ao mesmo tempo, tão vaga expressão 'fortalecimento do Pnuma' (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)", disse a ministra.

Marina apresentou como modelo bem-sucedido de governança ambiental a experiência brasileira que culminou na acentuada redução do desmatamento, após uma grande articulação interministerial e de governo para se ajustar ações e envolver de forma transversal diversos órgãos. "A experiência brasileira na questão da governança ambiental mostra que, por um lado, trabalhar de maneira transversal é muito mais complexo mas, por outro, as soluções encontradas se revestem de mais legitimidade e efetividade", destacou.

Governança global - Em entrevista para a imprensa, a ministra Marina Silva explicou que o Brasil se dispôs a fazer essa reunião para que se busque uma mediação entre as diferentes posições sobre a governança global. Nesse debate, alguns países defendem o fortalecimento de estruturas já existentes, como o Pnuma, e a França propõe majoritariamente a criação de uma organização no âmbito das Nações Unidas para a questão ambiental.

Segundo Marina Silva, o Brasil defende a mediação ainda que não tenha resistência na criação de outro organismo. "Estamos abertos a discutir, sem nenhum tipo de preconceito, um mecanismo no âmbito das Nações Unidas para tratar do meio ambiente, desde que ele concentre as estruturas que viabilizem o desenvolvimento sustentável e possa internalizar recursos novos e adicionais para os esforços dos países em desenvolvimento, bem como a transferência de tecnologias", afirmou.

Para a ministra, os países representados na conferência estão imbuídos do propósito de fazer com que se adquira consensos para que se possa avançar do ponto de vista da governança, não apenas nos aspectos de regulação, mas, também, de investimentos e dos mecanismos para viabilizar os acordos que já existem. "Nós temos promovido avanços. A própria posição dos EUA em convocar uma reunião sobre mudanças do clima é resultado desse esforço multilateral que tem colocado cada vez mais a necessidade de que todos possam corresponder ao grande anseio da opinião pública internacional em relação às questões ambientais", resumiu ela.

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PEC do Cerrado e da Caatinga pode ser votada ainda em setembro

04/09/2007 - Aida Feitosa - A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n° 115-A/95, que transforma o Cerrado e a Caatinga em Patrimônio Nacional, pode ser incluída na pauta de votações do plenário da Câmara dos Deputados, na sessão do 12 de setembro. Esse é o resultado da reunião que os deputados da Frente Parlamentar Ambientalista tiveram nesta terça-feira (04) com presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, após a audiência pública que tratou do tema e reuniu, além dos próprios parlamentares, representantes do MMA, comunidade científica, sociedade civil organizada e populações tradicionais.

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Brito, defendeu a aprovação da PEC e falou sobre o trabalho que o MMA está desenvolvendo pela conservação e o uso sutentável dos biomas. Segundo Maria Cecília, o Programa Cerrado Sutentável, elaborado nos últimos quatro anos, será a base para condução dos trabalhos do ministério na região. Ele conta com recursos da cooperação internacional com o GEF.

Na audiência, houve consenso sobre sobre os benefícios que a aprovação da PEC produzirão na gestão de políticas públicas para os biomas. "Com o uso de tecnologias adequadas a produtividade por hectare pode dobrar sem a necessidade de desmatamento", explicou o representante da Frente Ambientalistade Goiás, Donizete Toquato. Já o deputado Pedro Wilson (PT-GO), presidente do GT - Cerrado e Caatinga da Frente, destacou que a PEC não atrapalhará o desenvolvimento.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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