TRABALHO DE PESQUISADORES DO MUSEU GOELDI BUSCA LÍNGUAS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

Lingüística - 06/09/2007 - Quando se fala em extinção, relacionamos imediatamente o termo a espécies da fauna e flora. Entretanto, pouco se sabe sobre outras "espécies" que também estão seriamente ameaçadas: as línguas indígenas.

O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT), a mais antiga instituição de pesquisa da Amazônia, foi a pioneira no estudo de etnias indígenas na região. Esse trabalho transformou a instituição em uma referência mundial quando o assunto é lingüística indígena.

Apesar das dificuldades em obter dados precisos sobre o número atual de línguas e falantes indígenas existentes, existem alguns levantamentos sobre a situação linguística no País.

Em um desses trabalhos, Denny Moore, pesquisador da área de lingüística da Coordenação de Ciências Humanas do MPEG, realizou um levantamento da situação das línguas indígenas brasileiras em 2000.

Os resultados indicam que há em torno de 154 línguas indígenas distintas (exceto dialetos da mesma língua ou nomes de entidades tribais) no Brasil, e dessas 120 são faladas na Amazônia.

Os dados obtidos mostraram que 68% das línguas indígenas tinham pouco estudo ou nenhum trabalho científico relacionado. Isso mostra que existe muito trabalho lingüístico para ser feito - e rápido!

O mesmo levantamento identificou 36 das 154 línguas como em perigo de extinção imediata, por apresentar tanto um número de falantes reduzido quanto falta de transmissão à geração jovem. Dessas línguas, 33 são faladas na Amazônia.

O desaparecimento de línguas indígenas é uma grande perda para as comunidades nativas. Afinal, elas são os meios de transmissão da cultura e pensamento tradicionais e uma parte importante da identidade étnica.

Todas as línguas têm valor científico, mesmo as que têm poucos falantes. Por exemplo, com base em um estudo da língua Arikapú, com somente dois falantes, foi descoberto recentemente que a família lingüística Jabutí pertence ao chamado "tronco lingüístico Macro-Jê".

O que isso significa? Quer dizer que este tronco importante se estendeu ao sul de Rondônia há mais de 2000 anos atrás, forçando uma revisão das idéias sobre a pré-história dos povos Macro-Jê. Conclusão: o estudo de uma língua indígena é importantíssimo sobre diversos aspectos.

Como se preserva uma língua?
A maneira tradicional de descrever uma língua é elaborar uma gramática da mesma (fonética, fonologia, morfologia e sintaxe), um dicionário e uma coletânea de textos.

Recentemente, foram desenvolvidos novos métodos de documentação das línguas, focalizados na gravação de amostras, digitalização e anotação das gravações e no seu uso para revitalização da língua.
Tiago Araújo - Assessoria de Comunicação do Museu Goeldi

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Subsecretário do MCT participa de evento ambiental no Espírito Santo

Unidades de Pesquisa - 07/09/2007 - O subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Fernando Schettino, ministrará neste sábado (8) conferência sobre a "Necessidade de madeira versus conservação ambiental".

O evento é parte da programação do 17º Encontro Regional de Botânicos (Erbot), que ocorre no Centro Universitário Norte do Espirito Santo (Ceunes), em São Mateus, desta quinta-feira (6) até domingo, numa parceira da Universidade Federal do Espirito Santo (Ufes) com a Sociedade Botânica do Brasil.

Com o tema central "A Conservação dos Ecossistemas Costeiros do Espirito Santo", a conferência pretende alertar para a diversidade dos ambientes costeiros. Outra preocupação é apresentar indicações de áreas prioritárias para a conservação do Espírito Santo.

No encontro, profissionais e estudantes têm a oportunidade de ampliar e propor outros rumos para a botânica no Estado, e estender essa discussão para outros estados onde o bioma Mata Atlântica está incluido.

Além da conferência de Schettino, a programa inclui as palestras "Conservação de espécies ameaçadas de extinção" , de Claúdio Nicoleti, do Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e "Ambientes hidromórficos versus desertificação química: com ênfase no delta do Rio Doce" , de João Luiz Lani, da Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Assessoria de Imprensa do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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