IAP VAI MULTAR CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA QUE NÃO RECOMPOR AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Setembro de 2007

13/09/2007 - O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, pediu nesta terça-feira (11) apoio aos deputados estaduais presentes à reunião da Frente Parlamentar de Acompanhamento de Potenciais Energéticos no Paraná para elaboração de uma política visando solucionar a falta de Áreas de Preservação Permanente (APP) localizadas às margens de 15 reservatórios de Usinas Hidrelétricas já instaladas no Paraná.

“Desde 2003, o IAP vem alertando as concessionárias de energia para que iniciem a recomposição da vegetação às margem dos reservatórios. Estamos chamando as empresas para que assumam sua responsabilidade legal; caso contrário, o IAP autuará as concessionárias”, declarou Burko. “Se os pequenos proprietários são obrigados a recuperar e manter áreas de mata ciliar e reserva legal porque as grandes empresas devem ficar desoneradas desta responsabilidade?”, indagou o presidente do IAP.

Burko, que mais uma vez foi à Assembléia falar sobre o andamento do processo de licenciamento para a construção da Usina de Mauá, disse que a participação do poder legislativo deve ser permanente na discussão de políticas ambientais.

OBRIGATORIEDADE - O Código Florestal Brasileiro de 1968 já previa a necessidade de manutenção das áreas de APP – mata ciliar e reserva legal - no entorno dos reservatórios de Usinas. Com a edição da medida provisória 2.166-67/2001, ficou incluída a obrigatoriedade das empresas de energia desapropriar ou adquirir áreas de preservação localizadas no entorno dos seus reservatórios para recuperação das mesmas.

De acordo com o presidente do IAP, as concessionárias de energia elétrica deverão indenizar os agricultores que, de acordo com a lei, possuem propriedades dentro da faixa de 100 metros a partir da margem do reservatório. “A lei é clara e precisamos definir uma política estadual de indenização e desapropriação para solução destes conflitos, elaborada pela Secretaria do Meio Ambiente e IAP com o apoio da Assembléia”, reforçou Burko.

O diretor de Controle de Recursos e Padrões Ambientais do IAP, Harry Telles, disse que o IAP está aberto para receber as empresas e discutir a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC). “Caso a recuperação não comece imediatamente, entraremos com ações civis para fazer cumprir o que a legislação determina”, enfatizou Harry.

As multas por falta de mata ciliar ou reserva legal são proporcionais à área de espelho d’água alagada para formação dos reservatórios e podem chegar a R$ 50 milhões, segundo a Lei de Crimes Ambientais.

PRIMEIRA AÇÃO – No último dia 4 de setembro o IAP autuou em R$ 20,45 milhões a Duke Energy - concessionária que atua no ramo de geração de energia com sete hidrelétricas no rio Paranapanema (divisa com o estado de São Paulo) - por não fazer a recuperação da mata ciliar as margens dos reservatórios. Esta foi a maior multa já aplicada pelo IAP, devido ao não cumprimento da legislação federal, pois a empresa não chegou nem a apresentar o projeto de recuperação da vegetação no entorno dos lagos artificiais de suas hidrelétricas Chavantes, Salto Grande, Canoas I, Canoas II, Capivara, Taquaruçu e Rosana.

USINA DE MAUÁ - A reunião foi presidida pelo deputado Tadeu Veneri (PT), e contou com a presença dos deputados estaduais Luiz Eduardo Cheida (PMDB), Rosane Ferreira (PV) e Duílio Genari (PP), além de representantes de Organizações Não-Governamentais (ONGs).

Situada no rio Tibagi, entre os municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba, a usina já possui licenciamento ambiental prévio emitido pelo IAP - sendo que para entrar em atividade é necessária a emissão da licença de instalação e de operação. O presidente do IAP garantiu que a licença de instalação não será emitida sem a conclusão técnica do cumprimento das condicionantes exigidas pelo IAP. “A licença de instalação não será concedida caso o empreendedor não tenha feito as 71 condicionantes exigidas pelo IAP, independente do canteiro de obras estar sendo instalado ou não no local”, garantiu Burko.

Ao final de sua explanação, Burko sugeriu que os resultados positivos obtidos para construção da Usina de Mauá devem nortear os procedimentos para construção de novas usinas. “O licenciamento concedido pelo IAP é uma ferramenta da política ambiental, segue rigorosamente as normativas legais e não iremos mudá-lo. A não ser que se mude a legislação”, afirmou.

Para dar continuidade ao processo, o IAP fez 70 exigências ao empreendedor da obra (Consórcio Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e Eletrosul). “Não tenho posicionamento. O IAP não é um órgão político, mas sim técnico, que estará junto apara discutir a necessidade que o desenvolvimento humano tem sem interferir sobre os recursos naturais”, concluiu o presidente do IAP.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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