REDUZIR EMISSÕES DE GASES POLUENTES CUSTARÁ 0,12% DO PIB MUNDIAL, ESTIMA IPCC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2007

24 de Setembro de 2007 - Juliana Cézar Nunes - Enviada especial - Nova York - O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), Rajendra Pachauri, apresentou hoje (24) na Organização das Nações Unidas (ONU) o esboço de um relatório que será discutido em novembro, na Espanha, com indicações de políticas para o combate ao aquecimento global. No documento, Pachauri afirma que o custo para a estabilização das emissões de gases poluentes é bem menor do que a maior parte dos governos calcula.

"Até 2030, esse custo não chegará a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, o que significa um custo de 0,12% do PIB por ano. Na verdade, com novas tecnologias, métodos, mercados e comportamentos, esse custo pode ser ainda menor", avalia o presidente do IPCC.

Em discurso para representantes de 150 países, ele reafirmou a conclusão do relatório apresentado no início deste ano, que aponta para o aumento das temperaturas e indica como principal responsável a ação humana.

Em entrevista à Agência Brasil, Pachauri disse que o governo brasileiro pode desempenhar um papel de liderança no âmbito dos países em desenvolvimento. "O Brasil, assim como outros países, precisa crescer, mas deve fazer isso com sustentabilidade e mínimo impacto. Além de promover as energias alternativas, necessita apostar no mercado de carbono."

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Brasileiro elogia aproximação de medidas para restaurar ozônio e conter aquecimento

24 de Setembro de 2007 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Aproximar dois desafios mundiais – a recuperação da camada de ozônio e o enfrentamento das mudanças climáticas – constituiu “uma decisão histórica”. A avaliação é do representante do governo brasileiro na reunião em que foi aprovada essa aproximação, Ruy de Góes.

Reunidos no Canadá 20 anos após a assinatura do Protocolo de Montreal, os 191 países signatários do tratado decidiram, na última sexta-feira (21), adiantar os prazos para pôr fim ao uso de gases hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e estimular a substituição desses gases por substâncias que, além de não prejudicar a camada de ozônio, não elevem a temperatura do planeta.

Menos prejudicais à camada de ozônio, os HCFCs são os principais substitutos dos gases clorofuorcarbonos (CFCs), utilizados na indústria de geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e espuma.

“Foi uma decisão histórica, que vai estabelecer uma relação entre os dois protocolos [de Montreal e de Quioto], com enorme benefício para o combate aos dois fenômenos que hoje são as grandes ameças para atmosfera do planeta [destruição da camada de ozônio e aquecimento global]”, avaliou Ruy de Góes, diretor do Departamento de Mudanças Climáticas da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do Ministério do Meio Ambiente.

O acordo internacional adiantou de 2040 para 2030 a eliminação do consumo de gases HCFCs. De acordo com Góes, a decisão aprovada sintetiza seis diferentes propostas, uma delas encaminhada por Brasil e Argentina. "Todos tiveram que ceder um pouco para chegar a um consenso", comentou.

Segundo ele, esse adiantamento deve evitar emissões equivalentes a 20 bilhões de toneladas do dióxido de carbono (CO2), gás considerado o maior responsável pelo efeito estufa, fenômeno relacionado ao aquecimento global. “O primeiro período do Protocolo de Quioto prevê uma redução de 4,5 bilhões de toneladas de CO2, ou seja, a partir do Procolo de Montreal você pode ter um auxílio para o clima maior do que o acordado para o primeiro período daquele tratado”, comparou.

Apesar de menos prejudiciais para a camada de ozônio, os HCFCs contribuem intensamente com as mudanças climáticas: cada tonelada de gases desse tipo equivale, em média, a 1.800 toneladas de CO2. Segundo Góes, as principais alternativas na substituição desses gases serão hidrocarbonetos.

Com os novos prazos, Góes avalia que a recuperação da camada de ozônio pode acontecer antes do prazo previsto originalmente no texto de Montreal, que estimava a recomposição entre 2050 e 2070. “Como a decisão foi tomada na sexta-feira, ainda não foi possível calcular em quanto tempo a medida vai adiantar a recuperação da camada de ozônio, mas certamente ganharemos alguns anos”, diz.

Dados da SQMA mostram que o Brasil eliminou 95,4 % do consumo de CFCs no país. Segundo Góes, o gás ainda é utilizado na manutenção de geladeiras antigas – fabricadas até 1999 – e em medidores de dose individual , as “bombinhas” para asmáticos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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