PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO CRIA PRIMEIRA UC DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2007

15/10/2007 - A região do submédio São Francisco acaba de receber a primeira Unidade de Conservação, criada pelo Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Programa de revitalização da bacia do rio São Francisco. Trata-se da Flona Negreiros, localizada em Serrita (PE), área com 3 mil hectares, destinada à conservação da biodiversidade, ao fomento do desenvolvimento sustentável da Caatinga e à capacitação de produtores rurais. "A Flona servirá de Centro de Capacitação para que os proprietários utilizem técnicas de manejo florestal de forma a atender às demandas do pólo gesseiro sem causar impactos ao meio ambiente", explica o técnico do Departamento de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, João Carlos Costa Oliveira.

A área possui 46% de cobertura florestal e 54% de agricultura e pasto e se constituirá como Centro de Referência para difundir boas práticas ambientais, como as desenvolvidas pela Rede de Manejo Florestal Sustentável, formada por universidades, institutos de pesquisa e órgãos governamentais da região, cuja principal função é estudar a utilização da Caatinga sem ocasionar a sua degradação.

Dentre essas iniciativas, constata-se técnicas que permitem a utilização da vegetação e, em seguida, a sua regeneração natural. Uma delas, é o manejo decepa, que consiste em dividir a área em lotes e utilizar um de cada vez, permitindo que o mesmo se restitua ao longo de 15 anos. Outras técnicas empregadas são a do manejo seletivo, onde se preserva espécies como as árvores forrageiras e as plantas medicinais, e da talhadia simples, que consiste em cortar a vegetação deixando pequenos tocos.

Para o engenheiro florestal do Ibama, Francisco Barreto Campelo, cerca de 90% das árvores são recompostas por meio do emprego desta última técnica, contribuindo, ainda, para a conservação da biodiversidade florestal. "Para se garantir o uso dos recursos naturais de forma sustentável é fundamental que os produtores rurais adquiram em suas práticas ações que conservem o solo, não provoquem queimadas sob nenhuma hipótese e permitam a rebrota da vegetação", explica Campelo.

Indústria do gesso - A região do Araripe, sub-bacia do Brígida, há 40 anos vem se efetivando como o maior pólo gesseiro da América Latina. Para isso, o governo do estado vem investindo, principalmente no aperfeiçoamento tecnológico, resultando em preocupação para os ambientalistas, uma vez que toda atividade desorganizada ou sem planejamento configura-se como um perigo para o equilíbrio ambiental.

Para se ter uma idéia dos danos causados pela indústria gesseira na região, dos 2 milhões de lenha que são necessários por ano, 1,5 milhão destina-se à referida atividade. Outra parcela é consumida pela produção de farinha e queijo. A criação animal também é determinante no impacto ambiental. Prevê-se que cada cabeça de gado ou caprino deva abranger uma área de 10 hectares, caso contrário, tem-se problemas de compactação do solo, determinados pela erosão e, conseqüentemente, pela desertificação.

Outros projetos - Importantes projetos vêm se consolidando em Pernambuco buscando a conservação da Caatinga como o Projeto Conservação e Uso Sustentável da Caatinga, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, por meio do Departamento Florestal; o Mata Nativa, do Ibama, em parceria com a Secretaria de Recursos Hídricos, por meio do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, e o Centro Nacional de Manejo Florestal (Cemaflor) também do Ibama.

"O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama vêm buscando em parceria com o Sebrae qualificar a indústria do gesso para uma melhor eficiência ambiental, dentro dos mecanismos de desenvolvimento limpo, que visa a redução das emissões de gases e empresas mais adequadas do ponto de vista ambiental", conclui Campelo.
Fonte: Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas

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MMA inaugura Sala Verde em São Paulo

18/10/2007 - Grace Perpetuo - Será inaugurada nesta sexta-feira (19), em Americana (SP), a Sala Verde "Paratodos", da Associação Barco Escola da Natureza. O espaço, que funcionará a bordo de um barco, é mais um entre os muitos centros interativos e dinâmicos de informação socioambiental promovidos pelo Programa Salas Verdes do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Outras inaugurações estão previstas ainda para este ano.

Nas Salas Verdes, pode-se ter acesso a publicações produzidas ou fornecidas pelo MMA por meio de seu Centro de Informação e Documentação Ambiental (CID Ambiental). Nelas, as comunidades locais podem ter acesso também a informações ambientais, a atividades e a eventos de caráter ecológico e cultural, entre outras ações e processos educacionais voltados à questão ambiental.

No momento, há 390 Salas Verdes em funcionamento no País, entre fixas e itinerantes, implantadas entre os anos de 2000 e 2006. Em comum, todas atendem aos quatro pré-requisitos fundamentais do programa: são norteadas pelo programa do MMA; têm uma equipe; dispõem de equipamentos; e estão instaladas em um espaço preestabelecido. "Mas uma Sala Verde pode funcionar em um ônibus, um carro, uma bicicleta - ou até em uma mochila, no futuro próximo", afirma a coordenadora do programa, Mariana Dourado, referindo-se ao projeto Mochila de Educação Ambiental, ainda em fase de elaboração.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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