MARINA SILVA DIZ QUE CRESCIMENTO NÃO PODE SER USADO PARA CAUSAR DANO AO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2007

25 de Outubro de 2007 - Adriana Brendler - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou hoje (25) no encontro do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC em inglês), os esforços do Brasil no combate ao aquecimento global, como o Plano Nacional de Prevenção e Controle do Desmatamento, que conseguiu reduzir em três anos 65% do desmatamento no país.

A ministra reconheceu que muito ainda precisa ser feito, e defendeu uma postura proativa do Brasil para combater o aquecimento global.

“Embora os países em desenvolvimento não sejam os responsáveis históricos pelo aquecimento global, não podemos advogar o direito de cometer os mesmos erros [dos países desenvolvidos]. Não podemos seguir a mesma trajetória”.

Marina Silva afirmou que “reverter um processo que vem há séculos sendo implementado na direção de economias carbonizadas, como acontece em países desenvolvidos, não é fácil para países em desenvolvimento. Mas isso não é impossível. Não podemos utilizar a necessidade de crescimento para causar dano ao ambiente”.

A ministra defendeu que a viabilidade econômica deve andar junto com a sustentabilidade ambiental. “Nós trabalhamos com essa visão na BR 163 [liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA)]; no processo de liberação ambiental das hidrelétricas do Rio Madeira e no complexo do Rio São Francisco”, disse.

O vice-presidente do IPCC, Muhan Munasingue, parabenizou a atuação do Brasil para a discussão das mudanças climáticas no planeta e lembrou os vários cientistas brasileiros que participam do órgão intergovernamental que contribuíram para que o IPCC fosse agraciado com o Prêmio Nobel da Paz 2007.

Muhan defendeu que o dinheiro do prêmio seja utilizado em um fundo para disseminar nos países em desenvolvimento informações sobre o aquecimento global.

As conclusões do encontro, que se realiza pela primeira vez na América Latina, serão levadas em dezembro a uma reunião internacional em Bali, na Indonésia, onde 180 países vão apresentar propostas para redução da emissão de gases do efeito estufa.

A ministra Marina Silva adiantou que o Brasil vai defender em Bali a ajuda de países desenvolvidos para ampliar a redução do desmatamento e a proteção das florestas brasileiras.

“O Ministério do Meio Ambiente advoga que tenhamos uma posição pró-ativa, não podemos em hipótese alguma reivindicar o direito de também destruir florestas e fazer nossa economia de forma carbonizada. Nós queremos mudar modelos de desenvolvimento, mas para isso precisamos ser ajudados, até porque a diminuição [do desmatamento] no Brasil favorece ao planeta inteiro”, afirmou.

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Ministério discute gerenciamento ambiental na zona costeira

24 de Outubro de 2007 - Camila Vassalo - Da Agência Brasil - Brasília - Equilibrar a expansão do turismo nas áreas litorâneas e ordenar a maricultura e a extração de petróleo na zona costeira são os desafios discutidos em encontro promovido pelo Ministério do Meio Ambiente desde segunda-feira (22) e encerrado hoje (24) em Foz do Iguaçu, no Paraná.

O objetivo do 2° Workshop Nacional do Gerenciamento Costeiro foi o de buscar soluções e também discutir estratégias em relação ao Projeto Orla, de ordenamento dos espaços litorâneos sob o domínio da União com uma aproximação das políticas ambiental e patrimonial. Representantes dos 16 estados costeiros deram continuidade às discussões iniciadas em setembro do ano passado, em Maceió.

Segundo o geólogo João Luiz Nicoladi, da Gerência de Qualidade Costeira e do Ar do ministério, o Brasil é considerado um dos países mais avançados nessa discussão, "uma vez que existe no Conselho Nacional de Recursos Hídricos uma câmara temática específica para tratar da zona costeira, com a participação de outros ministérios, estados, organizações não-governamentais e instituições de pesquisa".

Ele destacou que a construção de empreendimentos de turismo causa interferência na zona costeira e alertou para os impactos no ecossistema. "O turismo é uma atividade que depende totalmente do meio ambiente, dentro de uma estrutura em que o visitante se sinta à vontade. Nesse sentido, trabalhamos em parceria com o Ministério do Turismo para que haja um planejamento, pois não queremos causar prejuízos ao ecossistema ou às pessoas que vivem dessa atividade”, explicou.

Sobre a maricultura (criação de crustáceos), Nicoladi lembrou que a introdução não controlada de algumas espécies pode provocar o desaparecimento das nativas. Ele citou o camarão rosa, cuja reprodução foi superada pela do camarão cinza japonês adaptado às condições brasileiras, como um dos impactos negativos no ecossistema.

E quanto à extração do petróleo, afirmou que o país precisa estar preparado para o progresso nessa atividade. “Temos a exploração em mar profundo e raso, o transporte até o continente. E embora exista o auxilio da alta tecnologia, se não houver cuidado podemos tornar a costa vulnerável a algum acidente", alertou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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