PESQUISA NO CENTRO-OESTE MONITORA IMPACTO DO AGROTÓXICO NO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

3 de Novembro de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Instituições de pesquisa monitoram o uso de agrotóxicos nos estados do Centro-Oeste - local de alta atividade agrícola - para avaliar o impacto desses produtos na vida das pessoas e no meio ambiente. Há dois meses, amostras de água, do solo e de hortifrutigranjeiros, por exemplo, são colhidas e analisadas por pesquisadores das universidades federais de Mato Grosso (UFMT), Mato Grosso do Sul (UFMS) e de Brasília (UnB), sob a coordenação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A pesquisa também vai analisar indicadores de saúde coletados pelas secretarias estaduais e municipais. De acordo com o mestre em saúde pública da UFMT, Wanderley Pignati, um dos pesquisadores, a idéia é verificar a relação entre o uso de agrotóxicos e casos de intoxicação na população, câncer e má formação congênita, por exemplo. Exames também serão solicitados a pessoas que moram perto de plantações ou trabalham diretamente com o produto.

De acordo com Pignati, o monitoramento levará dois anos, período que compreende uma safra. “Desde o plantio, a entressafra e a colheita”, disse. Com os resultados, a expectativa é orientar a utilização adequada dos agrotóxicos, diminuir os impactos na saúde e remediar possíveis danos. Além disso, verificar a percepção dos trabalhadores sobre o produto, “o que envolve carga horária, as práticas cotidianas e o uso correto”, completou.

No Mato Grosso, a pesquisa é realizada nas cidades de Campo Verde, a maior produtora de algodão do país, e Lucas do Rio Verde, a maior produtora de milho. Essa última sofreu, no ano passado, uma pulverização que se espalhou pela área urbana e provocou prejuízos a produtores rurais e problemas na saúde da população. Até hoje, o veneno usado sobre a cidade não foi identificado.

Um dos agricultores de Lucas do Rio Verde e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade, Nilfo Wandscheer, disse com os dados ficará mais fácil identificar os problemas de saúde da população.“Muitas vezes se diz que é uma virose, uma dengue, mas será que não é intoxicação? Queremos ter certeza de que estamos respirando ar puro, alimentando-nos de verduras e frutas que não estão contaminadas”, ressaltou.

Ele afirmou que está ansioso pelos resultados. “É preciso que a população tenha acesso aos dados para saber se é atingida e para o produtor ter consciência de como aplicar o produto corretamente, levando em conta os cuidados para evitar que o veneno se espalhe pela cidade”.

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Ministério da Saúde e Anvisa querem proibir CFC em inaladores para controle da asma

Deborah Souza e Luana Lourenço - Da Agência Brasil - Brasília - Portaria do Ministério da Saúde publicada hoje (31) no Diário Oficial da União determina que a partir de 1° de janeiro de 2008 o governo brasileiro só comprará inaladores de dose medida – conhecidos como "bombinhas para controle da asma" – que não contenham gases clorofuorcarbonos (CFC) na composição.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já iniciou hoje uma consulta pública sobre o assunto. A proposta da Anvisa é que a proibição passe a valer apenas a partir de 2011 e as empresas teriam até dezembro de 2010 para se adaptar ao registro desses medicamentos na agência.

Os CFCs são considerados os principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Dados da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMQA) do Ministério do Meio Ambiente apontam que o Brasil já reduziu em 95,4% o consumo desse tipo de gás, ainda utilizado na manutenção de geladeira antigas e nas chamadas “bombinhas”.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente, Magna Luduvice, existem medicamentos alternativos. “Cinqüenta por cento dos medicamentos utilizados no controle de doenças de asma e DPOC [doença pulmonar obstrutiva crônica] no Brasil já são livres de CFCs”.

Luduvice informou que os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde trabalham em conjunto com a Anvisa e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), a fim de garantir a eliminação do uso de CFCs no país até 2010. A coordenadora participou do simpósio Efeitos da Destruição da Camada de Ozônio sobre a Saúde: O Que Temos de Fazer, que nesta semana reuniu em Brasília representantes das pastas da Saúde e do Meio Ambiente para discutir alternativas aos inaladores que utilizam CFCs.

A consulta pública da Anvisa vai durar 60 dias e as sugestões poderão ser feitas por meio da página da agência na internet, pelo endereço eletrônico cp104.2007@anvisa.gov.br ou na sede da Anvisa, em Brasília.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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