ESTABILIZAR EMISSÕES DE GASES CUSTARÁ MAIS A PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, DIZ PACHAURI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

17 de Novembro de 2007 - Vinicius Konchinski - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), Rajendra Pachauri, afirmou hoje (17) em Valência, na Espanha, que, os países em desenvolvimento terão de arcar com a maior parte dos custos para estabilizar as emissões mundiais de gás carbônico nos próximos anos.

Segundo ele, as medidas de contenção do aquecimento global provocarão queda no ritmo de crescimento da economia mundial. Se adotadas de forma gradativa, essas medidas, disse Pachauri, reduzirão em 0,12 ponto percentual o aumento do Produto Interno Bruto global (soma das riquezas produzidas em todo o mundo) até 2050.

De acordo com o especialista, os países em desenvolvimento responderão pela maior parte do custo porque já estão em condições de reduzir as emissões de gás carbônico. Reponsáveis pela maior parte do gás lançado atualmente na atmosfera, os países desenvolvidos não teriam tanta agilidade em controlar as emissões.

Para amenizar o impacto da estabilização das emissões sobre a economia dos países em desenvolvimento, o presidente do IPCC defendeu que essas nações estejam autorizadas a aumentar o lançamento de gás carbônico num futuro imediato, desde que se comprometam em diminuí-lo mais adiante.

“Precisamos de um acordo que permita que os países em desenvolvimento continuem aumentando suas emissões em um curto espaço de tempo. Porém, em 2015, todos os países têm de começar a reduzir as emissões”, explicou Pachauri.

Além das ações dos governos, Pachauri afirmou que o desenvolvimento de tecnologias nas próximas décadas deve facilitar a estabilização da quantidade de gases emitidos. Ele concedeu entrevista após a apresentação do último relatório do IPCC com recomendações para governos e formuladores de políticas públicas sobre as medidas necessárias para conter e reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

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Pesquisador diz que Brasil precisa de esforço econômico para frear desmatamento

13 de Novembro de 2007 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Brasil precisa apostar mais em mecanismos de mercado para estimular a redução do desmatamento, de acordo com o pesquisador Michael Dutschke, um dos autores do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês). Ele participou hoje (13) de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Dutschke defendeu o chamado desmatamento evitado, mecanismo pelo qual o Brasil incentivaria ações de redução de desmatamento utilizando dinheiro de créditos de carbono – gerados com a redução de emissões de gases de efeito estufa.

O governo brasileiro é contrário ao mecanismo e já apresentou à Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) uma proposta de criação de um fundo para financiar a redução do desmatamento. Pela sugestão brasileira, os países desenvolvidos contribuiriam para a redução do desmate das florestas, mas sem receber créditos para compensar suas emissões.

“Reconheço que o Brasil tem seus motivos, mas ninguém tem dúvida de que um fundo voluntário não vai funcionar para atingir US$ 10 bilhões por ano [necessários para frear o desmatamento no mundo]. É preciso alguma solução intermediária, entre a exclusão total e a inclusão do mercado de créditos de carbono”, disse.

Na avaliação de Dutschke, os instrumentos de mercado, entre eles o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado no âmbito do Protocolo de Quioto, têm sido efetivos como estratégias de estímulo aos países contra o aquecimento global. “Não vejo porque não funcionaria no caso do desmatamento evitado”, afirmou.

Dutschke é um dos autores do grupo de trabalho que estudou as possibilidades de mitigação (redução do dano) dos impactos das mudanças climáticas, uma das partes do quarto relatório do IPCC apresentado este ano, que também analisou as causas científicas e os impactos do aquecimento global.

No próximo sábado (17), o painel vai divulgar a síntese do relatório em Valencia (Espanha).

De acordo com o IPCC, o texto que vai ser levado à conferência da ONU sobre o clima, em Bali (Indonésia), em dezembro, deverá ser uma espécie de resumo direcionado às autoridades e formuladores de políticas públicas de enfrentamento das mudanças climáticas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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