MARINA SILVA PEDE APOIO POLÍTICO E FINANCEIRO
AO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

13 de Novembro de 2007 - Alessandra Bastos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A visita do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ao estado do Pará esteve focada na apresentação das experiências brasileiras de desenvolvimento sustentável para a diminuição do desmatamento na Amazônia. A partir do trabalho que vem sendo feito, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu apoio político ao secretário para que os países que investem na preservação ambiental recebam ajuda financeira internacional.

“Pedimos que nos ajude para que, além das regras que são estabelecidas, sejam criados mecanismos de incentivos com transferência de tecnologia e recursos para que possamos aumentar investimentos em pesquisa e juntar o melhor da tradição com o melhor da modernidade para podermos não repetir na Amazônia o que já aconteceu em outras regiões do mundo”, afirmou a ministra.

O Brasil defende o empenho de todos os países para a redução do desmatamento. A proposta brasileira é de que seja criado um fundo financiado voluntariamente por países ricos para beneficiar os países em desenvolvimento que reduzirem os índices de desmatamento e de emissão de gás carbônico (CO2). A proposta já havia sido apresentada no ano passado, na Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças Climáticas (COP-12), em Nairóbi, no Quênia.

Esta foi a primeira vez que o secretário visitou o Brasil desde que assumiu o cargo, em janeiro. Chegou no último domingo, conheceu a usina de produção de etanol em São Paulo e ontem (12), em Brasília, se encontrou com o presidente Lula. A viagem terminou hoje (13) com a visita a comunidades tradicionais paraenses.

A governadora do Pará, Ana Julia Carepa, em entrevista à Agência Brasil, afirmou que o país conseguiu mostrar ao secretário-geral da ONU que há “gente consciente” no Brasil. “Derrubar a floresta dá mais dinheiro, mas nós temos a consciência do uso sustentável da floresta. E é essa mensagem que a gente quis passar pra ele”.

Ana Julia Carepa contou que o secretário não se manifestou sobre o pedido brasileiro, mas se disse “impressionado com os representantes das comunidades, com a paixão e o compromisso brasileiro. Ele não colocou uma posição clara, nem poderia se posicionar contra ou a favor, mas vai levar essa mensagem”.

Na visão da governadora, “o mundo cobra da Amazônia e dos povos brasileiros a preservação da floresta, coisa que eles não fizeram. Mas é necessário que o mundo também ajude por meio de um fundo internacional. Não é barato manter a floresta”, ressaltou.

A ministra Marina Silva lembrou que o Brasil conseguiu diminuir o desmatamento da Amazônia em 50% nos últimos dois anos e que o desafio do governo brasileiro é continuar a diminuição por meio da promoção e do incentivo à mudança no modelo de desenvolvimento.

Marina Silva pediu também que o secretário ajude a viabilizar a partilha justa pelo uso dos componentes da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais. De acordo com a ministra, muitos países utilizam esses recursos e o Brasil e demais países possuidores dessa diversidade não recebem benefício econômico, nem social por isso.

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Secretário-geral da ONU visita o Pará

13 de Novembro de 2007 - Agência Brasil - Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, visita agora de manhã o Museu Paraense Emílio Goeldi. No roteiro de sua visita estão ainda o Parque Zoobotânico, as exposições Reencontros, sobre a história do museu durante a direção de Emílio Goeldi, e Arte em Miriti, sobre brinquedos paraenses, montadas no prédio da Rocinha, principal pavilhão histórico do Parque Zoobotânico.

Em seguida (8h30), o secretário se desloca para a Ilha do Combú, situada em frente a Belém, onde existe um Parque Ambiental. Às 14 horas, ele viaja para São Paulo.

A visita de Ban Ki-moon ao Pará faz parte de uma programação de três dias no país, com o objetivo de conhecer o projeto do biocombustível brasileiro e seus impactos na região amazônica. Em Belém, o secretário se reúne com representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, da Ciência e Tecnologia e do governo do Pará.

Acompanha o secretário em sua visita ao museu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de comitiva do governo do estado, liderada pelo secretário de Meio Ambiente, Walmir Ortega. Eles serão recebidos pela diretora da instituição, Ima Vieira.

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Secretário-geral da ONU usa colar indígena ao encerrar visita ao Brasil

13 de Novembro de 2007 - Alessandra Bastos e Amanda Mota - Repórteres da Agência Brasil - Brasília e Manaus - Para conhecer projetos brasileiros de uso sustentável da floresta amazônica, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que está desde ontem (12) na Amazônia, visitou hoje a Área de Preservação Ambiental (Arpa) mantida pelo estado do Pará na Ilha do Combu, a 1,5 quilômetro de Belém, onde encerrou a viagem de três dias ao Brasil.

As impressões de Ban Ki-moon farão parte de relatório sobre impactos ambientais que será apresentado na Conferência Mundial de Meio Ambiente, programada para o início de dezembro em Bali, na Indonésia.

Na Ilha do Combu moram 227 famílias que vivem do manejo e extrativismo do açaí, fruto típico da Amazônia. Acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e da governadora do Pará, Ana Julia Carepa, o secretário conheceu parte da fauna e flora amazônicas, degustou especialidades da região, posou para fotografias e ganhou colares do artesanato indígena.

Depois, Ban Ki-moon, conversou com representantes do Conselho Nacional de Seringueiros e de lideranças comunitárias e indígenas do Amazonas e do Pará. Marcos Apurinã, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), participou do encontro em que foi pedido apoio da ONU para estimular a organização dessas populações.

Em inglês, o secretário elogiou o esforço da população local para preservar a floresta e disse que a ONU se compromete a lutar junto com as comunidades da Amazônia. No final do discursos, agradeceu em português: “Muito obrigado pelas boas vindas e hospitalidade.”

A ministra Marina Silva apresentou, na visita, três questões que, segundo ela, precisam de ajuda da ONU: apoio para conservação da diversidade biológica, organização do acesso aos recursos naturais e indenização aos países que prestam serviços ambientais.
Em Belém, Ban Ki-moon conheceu o trabalho científico realizado no Museu Paraense Emílio Goeld. De acordo com a assessoria do museu, as pesquisas são referência nacional e, por isso, foram incluídas na agenda do secretário-geral, que veio ao Brasil para conhecer o projeto do biocombustível e seus possíveis impactos na região amazônica. A direção do museu apresentou a ele a Lista Vermelha dos 181 animais em extinção no Pará.

Alguns movimentos sociais, no âmbito da Frente em Defesa da Amazônia, criticaram a programação oficial, depois do cancelamento da visita que Ban Ki-moon faria à cidade paraense de Santarém. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o cancelamento foi definido pela ONU.

Em carta, os movimentos sociais afirmam que “o interesse comercial latente que os empresários locais e as esferas de governo municipal, estadual e federal vêm demonstrando com os visitantes escamoteia a total indiferença com que as comunidades locais são tratadas na definição do uso de seus territórios". E concluem: "Mais uma vez nossa região é vista como 'terra sem povo', encarada como um espaço para apropriação.”

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Secretário-geral da ONU destaca projetos brasileiros de preservação ambiental

12 de Novembro de 2007 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Roosewelt Pinheiro/ABr - Brasília - O presidente Lula recebe o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que realiza visita oficial ao Brasil Brasília - “O caminho para Bali passa por Brasília”.

A declaração do secretário-geral das Nações Unidas, Ban-ki moon, repetida pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, revela o assunto principal da primeira visita que faz o país desde que assumiu o cargo, em janeiro deste ano.

A ilha de Bali, na Indonésia, sediará, em dezembro, a Convenção das Partes sobre Mudança Climática das Nações Unidas.

Para Ban-ki moon, o papel do Brasil nesta questão é fundamental, já que o país é “um gigante verde, um líder”, pelas riquezas naturais e projetos de preservação ambiental de destaque internacional, como o biocombustível e o combate ao desmatamento da Amazônia.

Ba-ki moon, que é sul-coreano, chegou ao Brasil na tarde de ontem (11) e conheceu uma usina de produção de etanol, em Jaboticabal, no interior de São Paulo.

Hoje veio a Brasília, onde se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Celso Amorim.

Além das questões ambientais, o presidente e o secretário conversaram sobre o processo de reforma da Organização da Nações Unidas (ONU)e do próprio Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Amorim, o presidente Lula trouxe o assunto à conversa e reiterou que o conselho não pode continuar com a mesma estrutura que tinha desde a criação, em 1945.

O Brasil pleiteia uma vaga permanente no conselho do organismo internacional.

“O presidente Lula citou que não é possível a situação continuar do jeito que está ou a própria ONU vai se desacreditar, pois não é possível que após 65 anos de sua criação o conselho continue o mesmo, sendo que o contexto geopolítico de hoje é totalmente diferente”, disse o ministro.

O presidente Lula também lembrou a proposta do Brasil na última Conferência sobre o Clima, em Nairóbi (capital do Quênia), de conceder incentivos aos países, especialmente os mais pobres, que promoverem ações de combate ao desmatamento.

Eles dialogaram, ainda, sobre o combate à fome, quando, segundo Amorim, o secretário da ONU cumprimentou o Brasil sobre ametas do milênio já alcançadas.

No fim da tarde, Ban-ki moon partiu de Brasília para o Pará, onde vai conhecer projetos de combate ao desmatamento da Amazônia.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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