AMAZÔNIA É DECLARADA MONUMENTO INTERNACIONAL DA NATUREZA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2007

21 de Novembro de 2007 - Manaus (AM), Brasil — Conselho Internacional para Monumentos e Sítios declara toda a região o primeiro monumento dessa categoria.

Membros do Conselho Internacional para Monumentos e Sítios (Icomos) reuniram-se esta semana em Manaus para declarar a Amazônia o primeiro Monumento Internacional da Natureza. Em comunicado divulgado ontem, a organização afirma que o reconhecimento pode aumentar o comprometimento das redes profissionais e cientificas envolvidas na conservação e proteção da herança cultural, além de estimular a cooperação internacional e multidisciplinar.

“Há mais de 200 anos, a Amazônia inspirou o primeiro uso da expressão Monumento da Natureza, pelo famoso explorador Alexander von Humboldt. Hoje, em um mundo preocupado com a mudança climática global e a perda da diversidade cultural, a Amazônia merece um reconhecimento internacional”, declarou o professor Michael Petzet, presidente do Icomos.

“O grande interesse pela herança cultural observado em todo o mundo, mesmo em locais vistos exclusivamente como de interesse natural, está nos levando a prestar esta homenagem muito especial à Amazônia, uma vasta área tão essencial ao Mundo e à sua identidade”, complementou.

A área declarada monumento engloba os nove estados brasileiros que constituem a Amazônia Legal (Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Acre, Rondônia e Roraima), além das porções do bioma localizadas na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

“Esse é um fato muito promissor para a Amazônia, dada a influência que o Icomos tem nas decisões e na visão das Nações Unidas sobre o patrimônio histórico-natural mundial”, diz Paulo Adario, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace. “Esperamos que esse reconhecimento ajude a aumentar a área protegida no bioma e, conseqüentemente, mantenha a função da floresta para o equilíbrio climático global”, acrescenta.

O Icomos é uma organização não-governamental dedicada à proteção e conservação de monumentos e sítios, consultora da Unesco e do Comitê do Patrimônio Mundial. A organização continuará com atividades para identificar outros monumentos da natureza, tais como rios, florestas, montanhas, rochas e árvores sagradas, formações geológicas, cascatas etc.

A conclusão do encontro de Manaus e o texto da Declaração da Amazônia estão disponíveis em www.icomos.org.

Veja abaixo a íntegra da declaração.

DECLARAÇÃO

Conscientes da ameaça ecológica a nosso planeta, e considerando as medidas de proteção já implantadas ou planejadas pelos povos e governos dos países em questão;

Fazendo um apelo à responsabilidade de todos os povos e países que se beneficiam direta ou indiretamente da maior área florestal contínua da terra;

Especialmente, em honra das populações tradicionais que há milhares de anos interagem com os recursos com base no desenvolvimento sustentável;

O Icomos declara, portanto, MONUMENTO DA NATUREZA a floresta tropical da região Amazônica em seus limites naturais e em sua integridade.

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Greenpeace e GWEC promovem seminário com enfoque em energia eólica em São Paulo

23 de Novembro de 2007 - Frank Guggenheim, diretor-executivo do Greenpeace Brasil, apresenta o relatório Revolução Energética aos participantes do seminário Brasil: vento, energia e investimento, realizado em São Paulo em parceria com o Conselho Global de Energia Eólica.

São Paulo, Brasil — Greenpeace e Conselho Global de Energia Eólica reúne especialistas brasileiros e representantes do mercado internacional para discutir oportunidades da energia dos ventos.

O Greenpeace e o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) realizaram nesta sexta-feira, em São Paulo, um seminário sobre os desafios e oportunidades para o mercado de energias renováveis no Brasil, com enfoque na energia eólica.

O evento “Brasil: vento, energia e investimento” contou com a participação de especialistas brasileiros do setor energético e representantes das maiores empresas do mundo da indústria eólica associadas ao GWEC, que reúne mais de 1.500 indústrias e organizações em mais de 50 países, inclusive líderes de mercado como Iberdrola (Espanha), Vestas (Dinamarca) e Gamesa (Espanha).

Para Frank Guggenheim, diretor-executivo do Greenpeace, “as energias renováveis geram renda, emprego e lucro e são fundamentais para combater o aquecimento global. Hoje, no Brasil, o setor energético é a segunda maior fonte de emissão do país, responsável por 23% das emissões nacionais. Nosso relatório [R]evolução Energética mostra que é possível alcançar uma matriz elétrica 88% renovável em 2050, eliminando-se usinas nucleares, a carvão e óleo combustível e apostando nas fontes limpas e no uso racional da energia.”

Para Steve Sawyer, do GWEC, “em termos práticos, há duas opções técnicas para uma redução em larga escala das emissões de gases estufa até 2020. Uma é a eficiência energética; a outra é substituir os combustíveis fósseis por fontes renováveis, e, dentre elas, a que tem maior potencial de escala é justamente a eólica. A energia nuclear não fará diferença na mitigação das mudanças climáticas até 2020, período crítico para deter os impactos mais graves do aquecimento global”.

No painel da manhã, foram discutidas as políticas públicas necessárias para fomentar a indústria de renováveis no Brasil. Participaram do painel o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), autor de um projeto de lei para um novo marco legal do setor de renováveis, Ivonice Campos, da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEE), Neilton Fidelis, Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, e Jorge Lima, da Eletrobrás.

Para Jorge Lima, a tradição brasileira de geração de energia hidrelétrica causou atraso no desenvolvimento das energias renováveis. Ele acredita que a energia eólica é a que possui maior maturidade para entrada no mercado em larga escala. Neilton Fidelis destacou a necessidade do desenvolvimento de infra-estrutura descentralizada para a energia eólica, principalmente em regiões como o Nordeste, onde há um déficit de geração hídrica.

Já Ivonice Campos, da ABEE, disse que a energia eólica pode atender cerca de 20% do mercado de energia brasileiro até 2040, desde que sejam realizados leilões regulares de compras públicas para esta fonte, além de adotar contratos de compra de energia eólica com prazos de, no mínimo, 20 anos.

No segundo painel, à tarde, o debate girou em torno do mercado de energia eólica no Brasil e no mundo, contando com a participação de Luis Monge, da Vestas Mediterranean A/S, Carlos Gascó, da Iberdrola Energías Renovables, Luciana Nunes, da Confederação Nacional da Indústria e Augusto Jucá, do Banco Mundial.

Para Luis Monge, da companhia Vestas, que já instalou no Mercado espanhol 4.600 turbinas eólicas, desde 1989, a solução para o consumo de energia tem que ser estrutural, e não pontual. “A energia eólica é competitiva e não esgota recursos naturais”, concluiu.

Para o representante da Iberdrola, “a energia eólica no Brasil é a segunda fonte
mais barata de energia em grande volume de produção. Estamos em um momento de maturidade de mercado que pode ser implantado já. E recursos eólicos aqui no Brasil existe em abundância”.

Augusto Jucá, do Banco Mundial, ressaltou que a tecnologia eólica no Brasil precisa ser desenvolvidas em três frentes: a energia que vai alimentar a rede, a energia híbrida para ser usada com diesel, na Amazônia, e a geração isolada de pequeno porte. “Os dois últimos tipos são fundamentais para atingir populações hoje sem energia elétrica, temos que pensar em nossa responsabilidade social também”, concluiu.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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