EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E COMBATE AO DESPERDÍCIO SERÃO PRIORIDADES DE PAÍSES LATINO-AMERICANOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

22 de Novembro de 2007 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Os ministros de Minas e Energia dos países membros da Organização Latino-Americana de Energia (Olade) deverão adotar, na 38ª Reunião Ordinária da entidade, a ser realizada no próximo dia 30 de dezembro, em Medellín, na Colômbia, a eficiência energética como estratégia de política de governo. O objetivo é combater o desperdício e minimizar os efeitos da geração de energia elétrica sobre o meio ambiente.

A informação foi dada no Rio de Janeiro pelo gerente de Projetos do Ministério de Minas e Energia, Paulo Augusto Leonelli, durante participação no Seminário Latino-Americano de Eficiência Energética, promovido pela Eletrobrás.

Segundo Leonelli, a iniciativa de incluir a eficiência energética entre os temas prioritários da próxima reunião da Olade está inserida nas preocupações mundiais com relação à degradação do meio ambiente e ao aquecimento global.

“A declaração do encontro dará à questão da eficiência energética um status compatível ao que ela tem hoje em conseqüência das preocupações com a questão das mudanças climáticas e os problemas gerados a partir dessa mudança", diz.

"Os países membros da Olade passarão a adotar a eficiência energética como estratégica de políticas de governo. A idéia é exortar os países membros a adotar a eficiência energética como uma política de estado, ou seja, uma política que tenha um valor universal independente de se desenvolver políticas administrativas próprias a cada país. São como valores universais, da paz, do combate à fome, à miséria e da busca da estabilidade da economia”, afirma o executivo do MME.

Segundo Leonelli, estudos recentes indicam que, entre 2003 e 2030, cerca de 62% dos investimentos no mundo serão alocados para o provimento de energia. “O mundo gasta muita energia e muito dinheiro para gerar energia. Porque então não se pensar numa forma mais inteligente de você prover as necessidades energéticas, com novas tecnologias, mais eficientes e econômicas e menos poluentes?”, questiona.

Para o gerente de Projetos do Ministério de Minas e Energia, a América Latina e o Caribe tem condições de economizar, até 2018, cerca de US$ 256 bilhões, por meio da adoção de políticas mais eficientes de uso de energia. Desse total, ele estima que o Brasil possa economizar cerca de US$ 40 bilhões.

O Seminário Latino-Americano de Eficiência Energética será realizado até amanhã (23) e reúne autoridades do setor de energia de países como o Brasil, a Argentina, o Chile, a Costa Rica e o México, que relatarão suas experiências e perspectivas sobre o setor energético e os programas de eficiência no consumo de energia. Também será discutida a criação de um Fórum Latino-Americano destinado a formular estratégias e aprimorar ações de economia de energia no continente.

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Presidente da Eletronuclear defende necessidade de fontes térmicas de energia diversificadas

21 de Novembro de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Brasil tem que possuir uma “cesta” de geração de energia a partir de usinas térmicas de fontes variadas para suprir a necessidade de geração hídrica nos anos secos ou de forte estiagem. A avaliação foi feita hoje (21) pelo presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva.

“A impossibilidade de ter estocagem hidrelétrica leva o país a ter térmicas”, disse, citando como fontes gás, biomassa, óleo e carvão. “E a nuclear não pode ficar de fora.” Ele ressaltou que as escolhas dentro dessa cesta (combinação de diferentes fontes) devem sempre ter a preocupação de dar o menor preço para a sociedade e o menor impacto ambiental

Silva afirmou, por outro lado, que a prioridade em termos de produção de energia “por muitos anos” no Brasil vai ser hidrelétrica. “Só que as hidrelétricas hoje não podem aumentar o estoque. E eletricidade é um consumível como outro qualquer. E qualquer que seja o consumível, nós precisamos produzir, armazenar, transportar e distribuir”, ponderou.

Segundo o presidente da Eletronuclear, o sistema hidrelétrico brasileiro tinha essa equação bem resolvida até há poucos anos, porque os locais onde foram localizadas as usinas permitiam que se construíssem reservatórios para estocar água para a geração de energia na época de estio.

“Agora é muito difícil construir as novas barragens com estoque. Então, o que ocorre é que a prioridade para produção continuará sendo hidrelétrica, mas nós vamos ter que fazer um mix de térmicas que dê garantia de fornecimento ao nosso público”, avaliou.
Silva destacou que o Brasil possui uma grande quantidade de urânio. “Seria um contra-senso, uma falta de inteligência total não considerar esse um grande energético para o país”. As reservas brasileiras medidas de urânio alcançam 309 mil toneladas equivalentes de yellow cake, primeiro produto do ciclo nuclear. O potencial de produção estimado é de mais 800 mil toneladas. “Isso é muita energia. Se a gente considerasse o que a Petrobras sabia antes da descoberta da mega-província petrolífera de Tupi, na Bacia de Santos, a gente tinha mais energia em urânio do que em óleo e gás juntos”, disse.

A produção do yellow cake, ou bolo amarelo, consiste em limpar o urânio das impurezas. Nessa condição, ele apresenta ainda impurezas da mina, mas tem entre 70% e 80% de urânio puro. É nessa forma, normalmente, que o produto é fornecido no mercado.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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