OS DESAFIOS DO BRASIL CONTRA O DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

Especialistas debatem em Recife estratégias para conter desmatamento da caatinga

21 de Novembro de 2007 - Marcia Wonghon - Repórter da Agência Brasil - Recife - Representantes de universidades públicas e de instituições ligadas ao meio ambiente debatem até sexta-feira (23), na capital pernambucana, alternativas para barrar o desmatamento na Floresta da Caatinga, por meio do incentivo a práticas de manejo florestal. O evento é promovido pelo Programa Nacional de Florestas, do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Rede de Manejo Florestal da Caatinga.

Segundo o diretor do programa, Leonel Pereira, uma das preocupações é que 35% das indústrias da região utilizam a lenha da caatinga como matriz energética nos processos de produção, sem se preocupar com a recuperação da vegetação degradada. Ele informou que mais de 90% do material consumido é obtido de forma ilegal, por meio de desmatamento, na maioria das vezes não autorizado. “Esse tipo de procedimento associado à pastagem intensiva acaba ameaçando a existência do bioma”, disse.

Leonel Pereira destacou que no encontro estão sendo apresentadas experiências bem-sucedidas adotadas em alguns estados sobre o uso sustentável da lenha da caatinga e de outros produtos não madeireiros, a exemplo de polpa de umbu, fibras, óleos, plantas medicinais e raízes comestíveis. Segundo ele, falta capacitação para que as pessoas possam valorizar a caatinga e conservar os recursos naturais.

De acordo com Pereira, o seminário é importante para que se estabeleça um programa de treinamento de pessoal, que apoiará o manejo sustentável do bioma. “O desafio é conseguir agilidade na aprovação de planos de manejo dos recursos florestais e ter pessoas treinadas no campo, para disseminar conhecimentos, pondo em prática os projetos”, observou.

O superintendente regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Arnaldo Novaes, afirmou que a expectativa é de que os participantes do seminário possam apontar propostas para garantir que o manejo florestal da caatinga seja efetivado com maior eficiência.

“Esperamos que, a partir das conclusões desse evento, possam ser implementadas políticas públicas que irão resultar no uso sustentável da caatinga, gerando mais emprego, renda e desenvolvimento na economia do Nordeste”.

Segundo Francisco Campelo, do Programa de Conservação do Uso Sustentável da Caatinga, uma alternativa para compatibilizar a conservação da biodiversidade da caatinga com a necessidade de fontes energéticas é o uso sustentável dos recursos florestais, por meio de planos de manejo.

"Engenheiros florestais que disponibilizam assistência técnica nos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, em Pernambuco, vão receber, para depois repassar, orientações sobre potencial de utilização dos recursos florestais com base na geração de renda, visando atender ao mercado energético", disse.

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Brasil quer reduzir desmatamento e emissões de gás carbônico, diz ministro interino do Meio Ambiente

21 de Novembro de 2007 - Gislene Nogueira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro interino do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse hoje (21) que o governo pretende criar metas internas para reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera. E antecipou que o desmatamento na Amazônia, medido até julho de 2007, terá o menor índice desde 1988, quando começou o monitoramento.

Nos últimos meses, admitiu, houve um aumento no desmatamento, mas Capobianco assegurou, após participar do encontro do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, no Palácio do Planalto, que serão implementadas medidas emergenciais para reverter a tendência.

"O Brasil está disposto a fazer um esforço adicional para aumentar a contribuição [na redução de emissão de gás carbônico]. Entendemos que o Brasil pode definir políticas, estratégias e metas para estimular a redução do desmatamento", disse.

Segundo Capobianco, o Brasil deixou de emitir 500 milhões de toneladas de gás carbônico entre os anos de 2004 e 2006. O volume equivale a 14% do que os países desenvolvidos deveriam reduzir em emissão nos quatro primeiros anos do Protocolo de Quioto.

Na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças no clima, prevista para o início de dezembro em Bali, na Indonésia, o governo brasileiro pedirá aos países desenvolvidos que cumpram a meta de redução nas emissões, acrescentou o ministro interino.

"O Brasil vai insistir em um maior compromisso desses países, no sentido de apoiar as ações dos países em desenvolvimento na redução do desmatamento. Não se trata de pagar para não desmatar, mas sim de reconhecer que mudar o padrão de produção implica investir", explicou.

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Plano Amazônia Sustentável prevê obras de infra-estrutura e preservação da floresta

21 de Novembro de 2007 - Leandro Martins - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente pretende investir em ações de infra-estrutura para melhorar a região Amazônica. Os projetos estão propostos no Plano Amazônia Sustentável (PAS) que, de acordo o secretário-executivo do Ministério do Meio ambiente, João Paulo Capobianco, é um "pacto" pela região.

"O PAS não é um plano federal. Ele é um plano para a Amazônia que envolve o governo federal, os governos estaduais e também outros entes da sociedade e o setor empresarial. Portanto, é um pacto pela Amazônia, que deve contar com investimentos, atividades, projetos e ações dos governos federal, estaduais, municipais e de toda a sociedade", avaliou Capobianco que participou hoje (21) do Simpósio Amazônia e Desenvolvimento Nacional, promovido pela Câmara dos Deputados.

Entre as ações previstas para melhorar a infra-estrutura da região, está o investimento nas rodovias BR-163 e BR-230, a ampliação da ferrovia norte-sul e a implantação do gasoduto Urucu-Porto Velho. Em relação à regularização fundiária, o PAS irá legitimar as posses rurais em áreas de até 100 hectares. A coordenação do plano envolve a Casa Civil e os ministérios da Integração Nacional, do Meio Ambiente e do Planejamento.

Segundo dados do ministério, o desmatamento de área florestal na Amazônia em 2006 registrou o menor índice desde 1988, ano em que o controle foi implantado.

O intuito é fazer com que as taxas de desmatamento continuem caindo, graças ao aumento de áreas protegidas, como as zonas de preservação florestal, terras indígenas, quilombos e zonas de domínio militar. Essas áreas correspondem atualmente a 40% do território da Amazônia.

O Simpósio Amazônia e Desenvolvimento Nacional será realizado até a próxima sexta-feira (23), em Brasília.

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País não pode abrir mão da exploração mineral em terras indígenas, diz deputado

25 de Novembro de 2007 - Tatiana Matos - Da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Comissão Especial Temporária, criada no dia 7, que estuda a regulamentação da mineração em terras indígenas, deputado Edio Lopes (PMDB-RR), diz que “o país não pode abrir mão, não pode adiar, não pode prescindir da exploração” dos recursos minerais que estão em áreas indígenas.

“Temos consciência que devemos ser rigorosos no disciplinamento quanto à questão ambiental e [é importante] assegurarmos a participação econômica das comunidades indígenas envolvidas nesse processo”, explicou.

A comissão se reuniu na semana passada para discutir sobre a sistemática de trabalho adotados. De acordo com Edio Lopes, o relator da comissão, deputado Eduardo Valverde (PT-RO), apresentou uma sugestão de roteiro que foi discutida e aprovada com alterações feitas por membros da comissão.

O roteiro prevê a convocação de audiências públicas com a participação de lideranças indígenas e indigenistas, autoridades do governo e autoridades do setor de mineração. Na reunião foi aprovada a realização de uma audiência pública com data a ser definida.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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