SIMPÓSIOS DISCUTEM GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE URBANO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2007

30/11/2007 - “Temos motivos de sobra para comemorar os 10 anos de aprovação da Lei de Recursos Hídricos, porém faz-se necessário avançar sobretudo face à degradação dos recursos hídricos. Deveríamos ter feito mais e melhor”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, no 17º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos e 8º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países da Língua Portuguesa, que foi aberto no último domingo e terminou nesta quinta-feira (29/11), em São Paulo.

Durante os cinco dias do evento - aberto no domingo (25/11), na Sala São Paulo, no Complexo Cultural Júlio Prestes, e com continuidade, nos dias seguintes, no Hotel Maksoud Plaza - , foram debatidas questões como “O impacto das mudanças climáticas nas bacias hidrográficas brasileiras”, “Cobrança pelo uso da água”, “Avanços e dificuldades da Lei nº 9433/97 e sua interface com a Lei de Saneamento”, “Proteção e vulnerabilidade das águas subterrâneas”, “Os desafios da expansão da capacidade da matriz de geração de energia elétrica” e “O uso múltiplo das águas”.

“O evento traduz o que de melhor a sociedade brasileira pode produzir na busca da integração entre o desenvolvimento social e a sustentabilidade do ambiente”, disse Graziano na solenidade de abertura do evento. Segundo ele, as novas perspectivas de gestão de recursos hídricos nos comitês de bacias, a cobrança pelo uso da água e a aplicação de pagamentos por serviços ambientais ao setor rural traz reflexões sobre um sistema inovador para o gerenciamento de recursos hídricos.

“Os Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Comitês PCJ), através do aperfeiçoamento da composição de seu Plano de Bacias, permitiu a implementação de programas de conservação ambiental, contemplando Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). Utilizando-se de recursos financeiros provenientes da cobrança pelo uso da água bruta, estes programas passam a justificar um dos principais objetivos da própria cobrança, ou seja, promover o uso racional da água e a conservação do solo”, destacou.

Já no segundo dia do simpósio, o secretário do Meio Ambiente do Estado ressaltou que “é por essa visão de trabalho que o gerenciamento de recursos hídricos foi trazido para o meio ambiente como ponto crucial da política ambiental de São Paulo”. Complementou, dizendo que é preciso “trabalhar nessa matéria com criteriosa avaliação de resultados, uma vez que as políticas públicas em geral não são avaliadas”, lembrando que São Paulo lidera o movimento de cobrança pelo uso d’água.

Quanto aos aqüiferos, que agora passam a ser integrados à política de recursos hídricos, Graziano prevê maior integração de gerenciamento e resultados, em função de critérios mais rigorosos, com o objetivo de promover a proteção dos aqüiferos do Estado de São Paulo, identificando as áreas críticas e sensíveis em termos de qualidade e quantidade, além de criar mecanismos de controle e restrição, para propiciar condições de uso sustentável da água subterrânea, em especial nas áreas de afloramento dos Aqüiferos Guarani e Bauru.

O evento, promovido pela ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos, APRH- Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, INGRH- Instituto Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, AMCT- Associação Moçambicana de Ciência e Tecnologia, com a participação de órgãos de fomento à pesquisa como UNESCO - Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura, CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, São Paulo Conventions & Visitors Bureau, e patrocínio da ANA- Agência Nacional de Águas, SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, DAEE- Departamento de Águas e Energia Elétrica, CT Hidro-Fundo Setorial de Recursos Hídricos, CESP-Companhia Energética de São Paulo, COPEL – Companhia Paranaense de Energia, Itaipu Binacional, instituições financeiras, empresas do setor petrolífero, e indústria privada, teve por objetivo discutir e divulgar experiências inovadoras no âmbito de gestão de recursos hídricos.

Rui Carlos Vieira da Silva, presidente da ABRH, lembrou que durante os últimos trinta anos, os simpósios realizados pela instituição vêm destacando a importância da história dos recursos hídricos no país, particularmente neste ano, em que o evento brasileiro é realizado em conjunto com o 8º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos da Língua Oficial Portuguesa. “Ele acontece 30 anos após o histórico simpósio de outubro de 1977 no Rio de Janeiro, quando foi aprovada a criação de nossa Associação”, frisando que a Associação Portuguesa de Recursos Hídricos, “com a qual temos caminhado juntos, completa trinta anos em 2007, ano em que se comemora, também, uma década da aprovação da Lei Nacional de Recursos Hídricos, de 8 de janeiro de 1997”.

O presidente da ABRH classificou o tema do simpósio, “Gestão de Recursos Hídricos, Integração de Políticas e Sustentabilidade do Meio Ambiente Urbano”, como bastante atual, sobretudo diante da realidade das principais regiões metropolitanas. “Com 838 trabalhos de caráter técnico-científicos aprovados, dos quais 377 foram selecionados para apresentação oral e 461 em pôster, representando todos os países envolvidos, estes dois simpósios reúnem todas as condições para se constituírem em um dos mais importantes eventos na área de recursos hídricos no país”, concluiu.

Para Marcos Antonio Palermo, presidente do Comitê Organizador do Simpósio, merece registro o fato de um evento com mais de 900 contribuições temáticas e, aproximadamente, 1.400 participantes, “antes tido como circunscrito ao ambiente dos cientistas, ter alcançado dimensão internacional e visibilidade institucional marcante, evidenciado pela presença de dirigentes de renomadas organizações internacionais, de importantes pesquisadores e dos principais representantes dos usuários da água”.

A 17a. edição do Simpósio Brasileiro de Recursos hídricos teve uma programação formada por 15 mesas-redondas, uma conferência internacional, 63 sessões técnicas e quatro sessões painéis. “A cada dois anos temos, com o simpósio da ABRH, um debate mais aberto e intenso entre os órgãos gestores, órgãos ambientais, formadores de políticas públicas, setores usuários, técnicos, pesquisadores e estudantes, empresas e especialistas do setor”, garante Palermo

Na avaliação da engenheira Rosa Helena de Oliveira Martins, integrante do Comitê Científico, “a importância desse fórum deve-se a uma Associação que sempre teve em mente a gestão de recursos hídricos, a integração de políticas e a sustentabilidade do meio ambiente, tema central desse evento, que estimulou a participação significativa de especialistas do Brasil e do exterior. Por outro lado, o apoio que a ABRH vem recebendo de importantes instituições públicas e privadas do país demonstra a existência de um nível de conscientização em toda sociedade brasileira, sobre a necessidade de debater e promover importante evolução no setor da gestão dos recursos hídricos”, disse.
Texto: Wanda Carrilho
Foto: Pedro Calado e José Jorge

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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