ASSEMBLÉIA DISCUTE PREJUÍZOS CAUSADOS POR ESPÉCIES EXÓTICAS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Dezembro de 2007

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, apresenta nesta quarta-feira (12), às 9 horas, no plenarinho da Assembléia Legislativa, o Plano Estadual para Erradicação de Espécies Exóticas - que vem sendo implementado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desde o início da sua gestão.

A apresentação faz parte do Seminário “A ameaça das espécies exóticas invasoras à conservação da biodiversidade e dos recursos naturais”, proposto pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, Luiz Eduardo Cheida (PMDB).

O Paraná é considerado o Estado mais avançado da América Latina no controle destas espécies. De acordo com o secretário Rasca, 156 países já utilizam as portarias do Instituto contendo a primeira lista do país com as espécies exóticas invasoras. “Além disso, o IAP reconheceu o problema oficialmente e editou uma outra portaria, que estabelece a retirada das espécies das Unidades de Conservação”, contou Rasca.

Para a coordenadora do Programa de Espécies Invasoras para a América do Sul da organização não-governamental “The Nature Conservancy” e fundadora do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Silvia Ziller – que também participa do Seminário - o trabalho do IAP é extremamente significativo, pois a lista contendo as espécies é fundamental para respaldar a legislação na sua erradicação. “O artigo 61 da Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605 prevê punição para quem disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar danos à agricultura, à pecuária, à flora e à fauna nativa nacional. Mas, sem saber quais são essas espécies, não há meios de responsabilizar uma pessoa que introduz exóticas no meio ambiente”, explicou Silvia.

As espécies exóticas invasoras - aquelas que não são nativas de um ambiente – já são tidas como a primeira causa de redução da biodiversidade no mundo. “Estas espécies dominam o espaço das nativas, simplificando e diminuindo a multiplicidade da flora e também da fauna no Estado”, explicou o deputado Cheida.

Além disso, estas espécies vêm causando sérios prejuízos econômicos pelo fato de provocarem impactos negativos como a diminuição no rendimento de plantações, degradação de ecossistemas e, principalmente, danos à saúde humana. Doenças como o dengue e a tripanossomíase são causadas por espécies exóticas.

Segundo levantamento do Programa Global de Espécies Invasoras, os Estados Unidos gastam, anualmente, U$ 137 bilhões em ações de erradicação e controle de espécies exóticas. O governo da África do Sul está gastando U$ 40 milhões anuais com a erradicação de uma espécie exótica arbórea, que provocou diminuição do suprimento de água para comunidades próximas.

Durante o Seminário, serão discutidos temas como as Diretrizes da conservação de biodiversidade seguidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Impactos Ambientais e Econômicos de espécies exóticas invasoras e Impactos sobre ecossistemas aquáticos.

Projeto e Lei – Devido à necessidade de uma legislação voltada ao controle e a erradicação das espécies exóticas, órgãos ambientais estaduais e ONGs envolvidas com o tema procuraram o apoio do deputado Luiz Eduardo Cheida, que atuou como secretário do Meio Ambiente até 2006. A discussão na Assembléia tem como objetivo subsidiar o Projeto de Lei.

Estudos já realizados comprovam que, os seres humanos são os principais responsáveis pelo transporte de espécies exóticas para fora das suas regiões de ocorrência natural, visando o desenvolvimento econômico e retorno financeiro. “Isso ocorre sem qualquer controle por parte das autoridades e sem com que as pessoas prevejam os riscos ambientais, o manejo adequado e medidas preventivas contra a invasão”, reforçou o deputado.

Como exemplo de espécies exóticas estão o Caramujo-Africano, Mexilhão-Dourado, Abelha-Africanizada, Tucunaré, Javali, Pinus, Amarelinho, Mamona, Madressilva, Braquiária, entre outras.

Participam do debate o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues; o diretor do Departamento de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, João Batista Campos; a coordenadora do Programa de Espécies Invasoras para a América do Sul da organização não-governamental “The Nature Conservancy” e fundadora do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Silvia Ziller; o engenheiro florestal do The Nature Conservancy, Rafael Zenni e o biólogo da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Antônio Agostinho. O Seminário será aberto ao público.

Federação de Bodyboard contribui com ações ambientais do governo no litoral

Veranistas, competidores e, até mesmo, vendedores ambulantes que acompanharam a 3ª e última etapa do Circuito Paranaense de Bodyboard 2007 - realizado no último final de semana (08 e 09), no balneário de Praia de Leste, Pontal do Paraná – foram informados sobre a importância da regularização dos esgotos domésticos para melhoria da qualidade da água no litoral paranaense e preservação ambiental.

O vendedor de coco, Luiz Carlos de Oliveira, que há quatro anos trabalha nas areias das praias do Paraná, não sabia que muitos esgotos eram emitidos, de maneira irregular, em rios e canais.

“Estou sabendo disso agora. Muito bacana os surfistas estarem nos informando”, declarou o vendedor completando “Sempre fui uma pessoa preocupada com o meio ambiente e adoraria poder entregar uma sacolinha desta para cada freguês que compra coco comigo. Assim, estaríamos evitando que o resíduo seja deixado na praia”, comentou Luiz Carlos referindo-se as sacolas oxi-biodegradáveis, produzidas pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e distribuídas pela comissão organizadora do campeonato durante o evento.

AÇÕES - Além das três mil sacolas oxi-biodegradáveis para disposição do lixo, foram entregues ao público cartilhas sobre coleta seletiva, divulgação da Campanha “Se Ligue Na Rede”, da Sanepar e promovidas atividades e gincanas com cunho ambiental. A iniciativa se deve a uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), Sanepar e Federação Paranaense de Bodyboard.

A atleta Lorraine Lima (PR), campeã mundial de bodyboard na categoria amador, fez questão de ajudar na ação ambiental e distribuiu sacolas biodegradáveis nos intervalos das competições. “A conscientização ambiental não só dos atletas, como também do público que estava na praia, é muito importante para a proteção dos ecossistemas. A poluição prejudica o visual da praia e traz mau cheiro, mais um grande motivo para ajudarmos a juntar o lixo”, ressaltou. Ela ainda disse, os paranaenses devem ajudar a manter a qualidade da água das praias. “Temos que cuidar da orla e da água também. No Paraná, a água é muito mais limpa, se comparado com as praias do Rio de Janeiro, onde moro atualmente”, finalizou.

CORPO DE BOMBEIROS – Além do trabalho voltado à educação ambiental, a Federação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros de Pontal do Paraná, que fez uma demonstração sobre primeiros socorros após um afogamento.

A ação, coordenada pelo tenente Romeu Tadashi Yagui, serve para auxiliar caso não haja posto de salva-vidas perto do local da ocorrência.

“O bom atendimento é de extrema importância, já que os primeiros segundos após o afogamento são cruciais para a vida do ser humano em questão”, disse o tenente Yagui. Segundo ele, a maior incidência de casos de afogamento acontece no período diurno, com homens entre 18 e 25 anos, normalmente na temporada de verão quando há maior concentração de turistas na região. No município de Pontal do Paraná, a maior incidência acontece no Balneário de Ipanema devido a quantidade de pessoas que freqüentam as praias.

PARCERIA - O presidente da Federação Paranaense de Bodyboarding (FPB), Stéfano Triska, a parceria contribuiu com a qualidade do campeonato. “Foi muito importante para os familiares dos atletas e para o público em geral ver que eles estão inseridos em um meio onde há preocupação sócio-ambiental. Esporte é qualidade de vida, assim como, meio ambiente e saneamento”, declarou Stéfano. Ele ainda reforçou, que a Federação estará abrindo espaço para divulgação de todos os programas e projetos que tenham a intenção de criar novas perspectivas para a população do litoral.

O evento recebeu 80 (oitenta) atletas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os atletas participaram de categorias como: Open Masculino, Open Feminino, Amador Masculino, Iniciante Masculino, Iniciante Feminino, Mirim (até 16 anos), Máster (acima de 28 anos) e Drop Knee (de joelho na prancha).

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.meioambiente.pr.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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