GOVERNO FEDERAL RECOLHE 12 MIL QUILÔMETROS DE REDES USADAS NA PESCA ILEGAL DA LAGOSTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

Brasília (17/12/07) – O Governo Federal recolheu mais de 12 mil quilômetros de redes - o que equivale a uma vez e meia a extensão da costa brasileira, de 8,5 mil quilômetros. As redes, usadas em 12 estados para capturar ilegalmente lagostas, foram entregues espontaneamente pelos pescadores. Eles receberam R$ 13,115 milhões pelo material e entregaram também 517 compressores de ar, usados como respiradores na pesca submarina do crustáceo. O pagamento serviu para compensar os pescadores, que adquiriram os equipamentos no período em que seu uso era permitido.

A operação de “desarmamento ambiental” foi promovida pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap-PR) em parceria com o Exército, de 20 de outubro a 20 de novembro. Segundo a secretaria, a compra das redes aliviará a pressão sobre a fauna marinha na faixa litorânea do Espírito Santo ao Amapá. A rede, conhecida como caçoeira, é altamente nociva ao meio ambiente e foi proibida no final de 2006, quando o Ibama e a Seap iniciaram o trabalho de re-ordenamento da atividade. “Imaginem o descanso que está sendo dado ao mar”, comemorou o ministro da pesca, Altemir Gregolin.Segundo o ministro, os resultados já estão sendo sentidos. “Os pescadores já capturaram lagostas maiores neste ano e os peixes estão reaparecendo”, complentou ele.

A compras das redes e compressores é apenas uma das medidas adotadas pelo Governo Federal visando o re-ordenamento da pesca da lagosta. Novos critérios para as pescarias foram estabelecidas pelo Ibama, em parceria com a Seap, seguindo orientações do Grupo Gestor da Lagosta, além do recadastramento das embarcações pesqueiras. Havia mais de 5 mil delas em atividade e apenas 1.200 licenciadas. Agora, pelo menos 3 mil estão autorizadas a pescar, graças justamente à troca das redes (proibidas) pelos manzuás (armadilhas), menos danosas ao meio ambiente que as caçoeiras, pois só capturam lagostas adultas e em menor quantidade.

Além de comprar as redes, a Seap também oferece a “Bolsa Capacitação” para 9,5 mil pescadores, que estão sendo direcionados a outras atividades da pesca. Graças a essa ajuda, neste ano eles não pescaram lagosta. Para receberem três parcelas de um salário mínimo, cada pescador tem que comprovar freqüência nos cursos de alfabetização, boas práticas pesqueiras e saúde e segurança do trabalho. Os curso já começaram e vão continuar durante o período de defeso da lagosta, que se inicia em janeiro.

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Fiscalização apreende redes no Rio Amazonas, por desrespeito a Acordos de Pesca

Santarém (18/12/2007) - Fiscais do Ibama em Santarém, em conjunto com a Polícia Militar do Pará e Agentes Ambientais Voluntários, realizaram missão de fiscalização nas regiões do Ituqui e do Maicá, às margens do Rio Amazonas, entre os dias 11 e 14 de dezembro. A equipe apreendeu cerca de 600 metros de redes malhadeiras que estavam sendo utilizadas em desconformidade com determinado nos Acordos de Pesca formalizados nas áreas.

Os pescadores flagrados na atividade irregular terão seus nomes encaminhados ao Ministério do Trabalho, para suspensão do seguro defeso. Também foi notificado o responsável por um desmatamento. A fiscalização ocorreu no âmbito da Unidade Integrada de Defesa Ambiental (UNIDA), que congrega entidades públicas e da sociedade civil no intuito de otimizar o uso dos recursos disponíveis contribuindo para a defesa ambiental nos municípios onde atua.

O Acordo de Pesca é uma legislação emanada do povo; são amplamente discutidos nas comunidades interessadas, até um consenso, onde os próprios comunitários deliberam o que deve ser permitido e proibido em termos de técnicas empregadas, quantidades de pescados, tipos de embarcações utilizadas, entre outros critérios para o exercício da pesca. Após a discussão, as indicações acordadas pelas comunidades abrangidas pelo Acordo de Pesca são publicadas como Instruções Normativas do Ibama, passando a vigorar como regras para a pesca nas localidades que as criaram, devendo ser respeitadas tanto pelos comunitários como por pescadores de outras localidades.

A ação atendeu denúncias de pesca ilegal nas áreas fiscalizadas, feitas pela Linha Verde do IBAMA (0800 618080). Segundo o analista ambiental Marcelo Eickhoff, que coordenou a ação, “a participação dos Agentes Ambientais Voluntários é crucial para o sucesso da fiscalização, pois são eles que sabem exatamente onde estão sendo praticadas as irregularidades, o que possibilita flagrar os infratores”. As fiscalizações referentes ao período defeso da piracema e aos Acordos de Pesca continuam em toda a região.
Christian Dietrich

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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