RIO MADEIRA VAI GANHAR SENSORES PARA MONITORAR QUALIDADE DA ÁGUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

23 de Dezembro de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - A partir de 2008, o monitoramento da qualidade das águas do Rio Madeira, em Rondônia, ganhará reforço em função de um trabalho conjunto entre o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que teve início neste mês. Serão instalados sensores capazes de fazer o acompanhamento permanente de indicadores relativos à poluição das águas, à quantidade de sedimentos e à variação de qualidade ao longo das estações secas e chuvosas.

Ambientalistas estão preocupados com a qualidade das águas do Madeira, após o anúncio das empreiteiras que ficarão responsáveis pela construção da primeira usina do complexo hidrelétrico do rio - Santo Antônio - que deve gerar 3,15 mil megawatts a partir de 2016.

De acordo com o especialista em Recursos Hídricos da ANA, Maurrem Ramon Vieira, a ação conjunta compreende uma segunda etapa, onde os dados coletados irão alimentar o banco de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) da agência, que ficará disponível na internet para atender órgãos de defesa do meio ambiente, de fiscalização, instituições de pesquisa e usuários das águas do Madeira. A estimativa é de que os dados estejam liberados para consulta pública a partir do segundo semestre de 2008.

"A idéia é instalar duas sondas de monitoramento automático de qualidade de água, que vai nos dar informações sobre temperatura, PH, turvidez, condutividade elétrica junto às águas do Madeira, em dois pontos. Essas informações vão permitir o acompanhamento das alterações que poderão vir a ocorrer após o início da construção da hidrelétrica. No Brasil, existem poucas iniciativas com esse nível de informação sobre a qualidade das águas e isso significa que ela é inédita para a região e que vai fornecer um nível e uma densidade de informação sem precedentes para a população", afirmou.

A chefe da Divisão de Análise Ambiental do Sipam em Porto Velho, Ana Strava, explicou que as águas do Madeira são utilizadas para o abastecimento da cidade e de outras comunidades ribeirinhas. O monitoramento permitirá a ação imediata dos órgãos públicos para proteção da saúde dessa população, estimada em aproximadamente 400 mil habitantes.

"No caso específico do Madeira, há expectativa de que haja uma alteração em todo o fluxo de sedimentos, o que possivelmente vai alterar a formação de ilhas, os processos erosivos e os nutrientes. É importantíssimo que seja feito o acompanhamento anterior e posterior à instalação dos empreendimentos para verificar tais alterações. A intenção do Sipam é desenvolver esses estudos em parceria com a ANA e depois disponibilizar os resultados para os que decidem e para a sociedade em geral", acrescentou.

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Comitê vai executar Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da BR-163

30 de Dezembro de 2007 - Verônica Soares - da Rádio Nacional - Brasília - A BR-163, rodovia que liga as cidades de Cuiabá, em Mato Grosso, e Santarém, no Pará, vai ganhar atenção especial do governo. Um decreto presidencial, assinado no dia 6 de dezembro, criou o Comitê Executivo do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da BR-163.

O Plano foi criado para levar políticas de desenvolvimento sustentável, ordenamento territorial, conservação ambiental, gestão florestal, inclusão social e cidadania às comunidades que vivem às margens da rodovia.

O Comitê será composto por representantes dos governos federal e estaduais, e também por representantes de municípios situados ao longo do eixo da rodovia. Eles acompanharão e articularão o desenvolvimento das ações previstas no Plano.

Segundo André Lima, diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia, do Ministério do Meio Ambiente, a criação do Comitê marca a presença do Estado na região. "A gente sabe que a região é historicamente carente da presença do Estado em projetos e programas públicos, e o propósito do Plano é justamente atender a essas demandas das populações locais", afirmou.

Má conservação de pontes, falta de asfaltamento, garimpo ilegal, pobreza, apropriação de terras e extração de madeira irregular são problemas encontrados ao longo da estrada. André Lima acrescentou que o problema do desmatamento também se agravou nos últimos meses e requer medidas de contenção por parte do Estado.

"Nos últimos três a quatro meses nós temos verificado uma pressão maior, uma certa tendência de retomada do ritmo de desmatamento, principalmente em algumas regiões de abrangência da BR-163, o que demanda ações rápidas do governo não apenas no sentido do controle, mas também no sentido de levar recursos para estimular alternativas econômicas adequadas e sustentáveis para a região", explicou o diretor.

A BR-163 foi construída na década de 70 e tem aproximadamente 1,8 mil quilômetros de extensão. Com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está previsto investimento de R$ 1,45 bilhão para a pavimentação da rodovia, trabalho que deverá ser concluído em 2010.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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