UM ANO DE LEI DA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

21/12/2007 - Grace Perpetuo - Neste sábado, dia 22 de dezembro, comemora-se o primeiro aniversário da Lei da Mata Atlântica, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias de 2006. A lei garante a conservação da vegetação nativa remanescente ao determinar critérios para sua utilização e proteção, além de impor parâmetros e restrições de uso diferenciados do bioma - considerando a vegetação primária e os estágios secundário inicial, médio e avançado de regeneração.

"A lei abriu caminho para que se protegesse o que resta desse bioma e se iniciasse um processo de recuperação de áreas degradadas principalmente nesse momento em que o mundo acordou para a questão do clima, já que na Mata Atlântica há tantas áreas que podem e devem ser recuperadas", afirma Wigold Schäffer, coordenador do Núcleo dos Biomas Mata Atlântica e Pampa (Napma) do Ministério do Meio Ambiente.

O coordenador informa que, a pedido do MMA, e com apoio do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (ProBio) da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do ministério, a Universidade Federal do Rio de Janeiro fez um mapeamento dos remanescentes da vegetação nativa. "Nele, detectou-se que há aproximadamente 27% de Mata Atlântica nativa, incluindo campos naturais, restingas, manguezais e vegetação em estágio inicial e médio de recuperação", diz Schäffer. "Desse total, cerca de 7% estão em estágio primário ou avançado de regeneração. A meta é atingir de 35% a 40% de cobertura vegetal nativa no bioma."

Para atingir a meta, o coordenador cita - além da Lei da Mata Atlântica - instrumentos como o Código Florestal (para a recuperação das Áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais, de propriedade privada) e a criação e implementação de novas unidades de conservação.

Entre outras iniciativas do MMA previstas para a proteção ao bioma no ano que vem está a elaboração de um Programa Nacional de Mata Atlântica, a fim de ampliar os mecanismos de conservação dos remanescentes e intensificar o processo de recuperação do bioma. Além disso, segundo Schäffer, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) está fazendo a regulamentação que identifica a vegetação primária e os estágios de vegetação secundária dos campos de altitude. "O conselho iniciou a discussão para a regulamentação das restingas que vão do litoral do Piauí ao Rio Grande do Sul - pois, sem ela, não há como fazer licenciamentos para supressão ou intervenção na vegetação nativa nessas áreas", observa o coordenador. Ele explica que, nesse quesito, os estados de São Paulo e Santa Catarina são exceções, já que possuem regulamentação anterior também feita pelo Conama.

O trabalho em prol da Mata Atlântica - um dos mais ricos em biodiversidade do mundo - não é recente. O valor do bioma passou a ser oficialmente reconhecido a partir de 1988, quando foi declarada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal. Alguns anos depois, o Conama apresentou uma minuta de decreto que definia legalmente o domínio da Mata Atlântica e a proteção de seus remanescentes florestais e matas em regeneração. Formulou-se, então - a partir das diretrizes do Decreto Federal 1000/93 - o Projeto de Lei da Mata Atlântica, apresentado em 1992 pelo ex-deputado Fábio Feldmann. O PL, que gerou muitas discussões entre ambientalistas e ruralistas, tramitou no Congresso Nacional durante 14 anos até sua aprovação e sanção em 22 de dezembro de 2006, sob o número 11.428.

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DEA divulga relatório de conferência de Ahmedabad

21/12/2007 - Grace Perpetuo - O Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta sexta-feira (21) o relatório elaborado a partir da participação do MMA na IV Conferência Internacional de Educação Ambiental Tbilisi +30, realizada entre os dias 26 e 28 de novembro na cidade de Ahmedabad, na Índia. Participaram do evento 1.200 pessoas, representando 78 países. Em resultado da conferência, foi aprovada a Declaração de Ahmedabad 2007: uma chamada para ação, com o subtítulo Educação para a Vida: a Vida pela Educação.

No contexto da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável período entre 2005 e 2014 instituído pela Assembléia Geral da ONU, em 2002 , a conferência teve como tema central a Educação Ambiental para um Futuro Sustentável Parceiros para a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. O evento marcou os 30 anos da realização (em Tbilisi, na Geórgia, em 1977) da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, cuja declaração final contém princípios e objetivos que servem de referência até hoje.

Na conferência, o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) apresentou duas pautas: a realização da 2ª Jornada do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global; e a proposta da Conferência Internacional Infanto-Juvenil pelo Meio-Ambiente: Vamos Cuidar do Planeta Brasil 2010 . O Órgão Gestor atuou também em debates dos GTs e dos grupos de redação da Declaração de Ahmedabad, contribuindo para suas recomendações que incluem a proposta de criação de um Fundo Planetário para grandes campanhas e ações de comunicação e educação ambiental.

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A3P comemora ano de êxitos

27/12/2007 - Grace Perpetuo - O ano de 2007 foi um período de êxito para a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Nos últimos 12 meses, 94 órgãos aderiram ao programa, comemora Patrícia Grazinoli, coordenadora da Comissão Gestora, instituída em 2004 pelo MMA para implementar a A3P em órgãos da administração pública. Ela informa que atualmente já são mais de 300 casos de adesão ao programa.

A Agenda A3P foi criada em 1999, pelo MMA, para - por meio de novos padrões de produção e consumo - estimular a sustentabilidade socioambiental na administração pública. Sua premissa básica é minimizar os impactos das práticas administrativas e operacionais sobre o meio ambiente, promovendo o uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos e o manejo adequado do lixo gerado. Cinco anos (e muitas adesões) depois, viu-se o surgimento da Rede A3P, feita de parceiros que, com base no programa original, passaram a trocar experiências e criar suas próprias iniciativas bem-sucedidas.

"Essas idéias inovadoras serão reunidas em um novo manual de boas práticas em A3P", revela Patrícia, ao enumerar algumas ações do programa para 2008 - entre elas a criação de uma "certificação A3P" para marcar adesões; a instituição de um prêmio nacional para exemplos exitosos de implementação da A3P; e a elaboração de um novo vídeo para estimular a formação de servidores. "Além disso, procuramos manter nosso site sempre atualizado", afirma Patrícia.

A coordenadora lembra que a adesão ao A3P é voluntária, mas que - com oficinas de capacitação, palestras, fóruns e manuais, por exemplo - o MMA oferece toda a assistência técnica a quem quiser implementar o programa. "E, por ser muito aberto, o programa pode até ser adotado também pela iniciativa privada", observa.

No momento, integram a Rede A3P órgãos e instituições tão diferentes quanto o Banco Central, o Tribunal Superior do Trabalho e a Imprensa Nacional, em Brasília; o Jardim Botânico e a Casa da Moeda, no Rio de Janeiro; e as prefeitura de Recife e de Caruaru, em Pernambuco, para citar apenas alguns parceiros.
Em novembro, Patrícia Grazinoli representou a ministra Marina Silva na cerimônia de entrega do 2º Prêmio Agenda Ambiental na Administração Pública, concurso promovido pela Prefeitura de Rio Branco, no Acre, para estimular as boas práticas ambientais na gestão municipal. O primeiro lugar ficou com a Secretaria Municipal de Saúde, que, ao longo do ano, soube implementar a coleta seletiva de lixo, a economia de energia e a reutilização do papel, por exemplo.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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