CONTINGENCIAMENTO INTERFERIU NA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

8 de Janeiro de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O bloqueio de recursos do governo federal interferiu nos gastos do Ministério do Meio Ambiente em 2007, diminuindo a proporção de autorizações de despesas de investimentos em relação ao orçamento para a pasta. A explicação é do secretário-executivo substituto do ministério, Mauro Pires.

Um levantamento feito pela Agência Brasil com base em dados do Ministério do Planejamento aponta que o Ministério do Meio Ambiente foi o que menos empenhou (autorizou) recursos de investimento do orçamento do ano passado. Dos R$ 77 milhões destinados inicialmente à pasta para investimentos, foram empenhados R$ 35 milhões – 45% do total.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, com o contingenciamento (bloqueio de recursos pela equipe econômica), a quantia disponível para investimentos na pasta foi reduzida para R$ 36 milhões. Desse total, teriam sido empenhados R$ 34 milhões (94,4%).

Pires explica que a natureza do trabalho do Ministério do Meio Ambiente, com despesas mais voltadas para o pagamento e capacitação de pessoal e a manutenção das autarquias ligadas à pasta, fez com que os investimentos do ministério em 2007 fossem baixos, em comparação com o orçamento total da pasta.

“As demandas ambientais, em geral, não precisam da construção de obras, que são consideradas investimentos. Nós investimos também, mas em outras despesas consideradas de manutenção, de custeio”, explica o secretário.

Segundo Pires, se forem levados em conta os recursos de toda a pasta, incluindo as autarquias ligadas a ela, o percentual de empenho é de 98%, se comparado ao valor que foi liberado para gastar pelo Ministério do Planejamento.

No ano passado, o Orçamento-Geral da União destinou R$ 702 milhões ao Ministério do Meio Ambiente. Desse total, R$ 582 milhões foram liberados, após o contingenciamento do governo federal, dos quais R$ 576 milhões foram empenhados (o que inclui as despesas de custeio e manutenção).

Pires também ressalta que, nas cinco autarquias ligadas ao ministério, a execução orçamentária foi satisfatória. Segundo ele, o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) empenhou 99,9% dos R$ 169,6 milhões disponíveis. Na Agência Nacional de Águas (ANA), os empenhos chegaram a 100% dos recursos.

O empenho é uma espécie de autorização em que o Estado se compromete a pagar os recursos previstos no orçamento. No entanto, mesmo com a verba empenhada, não há obrigação de efetuar o pagamento.

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Licenças ambientais cresceram 14% em 2007

5 de Janeiro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em 2007, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu 317 licenças ambientais, entre autorizações prévias de instalação e de operação. Os números apontam um aumento de 14% em relação ao ano interior. A autorização prévia para as obras da usina de Santo Antônio, parte do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira (RO), e a licença de instalação para a transposição de águas do Rio São Francisco foram algumas das mais importantes e polêmicas.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor de licenciamento ambiental do órgão, Roberto Messias Franco, disse que no Ibama há uma “diretriz especial para obras estruturantes” – incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Em 2007 houve uma quantidade grande de demandas e a dificuldade é trabalhar com licenças [ambientais] em uma economia aquecida, com o país crescendo muito, com empresas e o próprio governo precisando ter o desenvolvimento acelerado, mas sem perda de qualidade nas análises”.

O coordenador de políticas públicas da organização não-governamental Greenpeace, Sérgio Leitão, criticou a pressão sobre as autorizações ambientais em 2007 e disse que isso gerou uma “deslegitimação” dos técnicos responsáveis pelos processos. Segundo ele, apesar da legislação ambiental que vigora no país, os órgãos ligados à área evitam se opor às determinações do governo.

“Há obras, que devido ao seu impacto, não podem ser licenciadas na velocidade do desejo do presidente da República; elas precisam ter a velocidade da resposta satisfatória que a sociedade demanda”, apontou.

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Ibama quer acelerar licenças ambientais em 2008

5 de Janeiro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pretende reduzir em até 70% o tempo de tramitação dos pedidos de licenciamento ambiental neste ano. A informação é do diretor de licenciamento ambiental do órgão, Roberto Messias Franco. “O que durava 100, vai durar 30 dias; o que durava 1000, vai ser feito em 300”, explica.

O diretor afirma que o aumento na velocidade de avaliação vai se dar por meio da integração e treinamento das superintendências regionais do Ibama e de parcerias com universidades, o que, segundo ele, não comprometerá a qualidade dos processos.

Na avaliação do coordenador de políticas públicas da organização não-governamental Greenpeace, Sérgio Leitão, “a via rápida” de aprovação de licenças ambientais responde a interesses desenvolvimentistas do governo federal, mas deixa a desejar no atendimento de interesses da sociedade.

"Não consigo partilhar do otimismo do diretor de licenciamento do Ibama porque eu estou preocupado com a resposta que o órgão deve dar à sociedade”, avaliou.

A usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, a Ferrovia Transnordestina e mais de 100 áreas para exploração de gás e petróleo pela Petrobrás deverão receber licença ambiental em 2008, de acordo com o Ibama. Segundo o órgão, em 2007 foram concedidas 317 licenças ambientais, um crescimento de 14% em relação ao ano interior.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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