USO DE MOIRÃO VIVO PARA CONSTRUÇÃO DE CERCAS ECOLÓGICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

(21/01/2008) A divisão de pastos e a demarcação dos limites das pro-priedades representam alto custo tanto para os pequenos, médios ou grandes empreendimentos rurais. Antigamente, quando madeira de lei era abundante, o custo do arame pesava mais.

Hoje, o custo maior é do moirão, que gera impacto ambiental negativo, através do estímulo ao desmatamento acarretando o desaparecimento de diversas espécies de madeiras de lei, como a aroeira e a braúna, que já estão na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Como última alternativa o uso de madeiras menos nobres, como o eucalipto tratado com produtos químicos vem sendo amplamente difundido, a custos ainda bastante elevados.

As cercas permanentes podem ter seus moirões substituídos por estacas de gliricídia ou eritrina que têm a capacidade de enraizar e brotar, formando uma árvore que servirá de moirão-vivo, substituindo os convencionais. Assim, essa tecnologia, que será apresentada no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR) a ser realizado de 28 de janeiro a 2 de fevereiro, permite uma mudança de atitude: para fazer uma cerca você pode plantar uma árvore, ao invés de derrubá-la.

Além da redução da pressão sobre as florestas para a obtenção de moirões, as espécies utilizadas nesta tecnologia, apresentam vantagens como a adubação do solo a partir da introdução de nitrogênio proveniente do ar pela queda das folhas dessas árvores, forragem e sombra para o gado, néctar e pólen para as abelhas, “quebra-vento”, além do embelezamento estético da paisagem.

Apesar de ser uma idéia bastante antiga, a formação de cercas com moirões vivos tornou-se mais atrativa, recentemente, dentro do cenário agropecuário de escassez de madeira de boa qualidade. Levantamento de custos de implantação de cercas, realizados na Embrapa Agrobiologia, mostram reduções da ordem de 2 a 6 vezes, quando se compara a cerca de moirão vivo com outros materiais, tomando como base um período de 25 anos de vida útil previsto para a gliricídia quando empregada em cercas.

Distribuição de sementes - Por tratar-se de material vivo, o que dificulta seu transporte para grandes distâncias criou-se um programa de atendimento baseado no envio, via correio, de kit composto de sementes de Gliricidia sepium e Eritrina spp., inoculantes específicos e instruções aos agricultores interessados.

Desta forma, foram atendidos, até hoje, mais de 500 agricultores, que estão fornecendo informações importantes para a validação desta tecnologia em todo o país. O material tem tido excelente adaptação em quase todas as regiões do Brasil.
Ana Lucia Ferreira (MTB 16913/RJ)

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Girassol é alternativa para produção de biocombustível

(18/01/2008) O girassol é uma das opções para produção de biocombustível, porque apresenta elevado teor de óleo nos grãos (38% a 53%) e ampla adaptação às diversas regiões brasileiras, além disso, e seu cultivo deve ganhar força com o lançamento do zoneamento de risco climático para a cultura.

Na palestra Caracterização dos riscos climáticos para o cultivo do girassol no sistema de produção de agroenergia a ser ministrada entre os dias 28 de janeiro e 01 de fevereiro, sempre das 14h às 15h, no mini-auditório, da Casa da Embrapa, no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR) os pesquisadores César de Castro e Fábio Álvares, da Embrapa Soja, irão abordar as principais características que possibilitam o cultivo do girassol no Brasil.

Segundo eles, com o lançamento do zoneamento de risco climático para a cultura, em 2007, (disponível em www.agritempo.gov.br), foi possível delimitar as áreas e épocas de semeadura com maior aptidão climática para o desenvolvimento da cultura do girassol. “O zoneamento é um aliado do produtor, pois permite escolher a melhor época de cultivo – para cada região – considerando o risco hídrico”, explica Castro.

Atualmente, o girassol ocupa cerca de 100 mil hectares no País. No Cerrado, o girassol é uma opção preferencial como segundo cultivo no verão (safrinha). Segundo os pesquisadores da Embrapa, há perspectivas de crescimento da área cultivada com girassol no País, por causa da produção de biocumbustível e para atender ao mercado de óleos comestíveis nobres, confeitaria, alimentação de pássaros, produção de silagem, farelo e torta para alimentação animal, produção ornamental, produção de mel, bem como a possibilidade de exportação de grãos e óleo.
Jornalista Lebna Landgraf

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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