MARINA DIZ QUE GOVERNO BUSCA IDENTIFICAR OS
150 QUE MAIS DESMATAM ILEGALMENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

11 de Fevereiro de 2008 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - José Cruz/Abr - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, concedem entrevista coletiva após encontro com presidente Lula no Palácio do Planalto.

Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou hoje (11) que o governo está elaborando uma lista que identificará os 150 empresários que mais desmatam ilegalmente no país.

“O presidente da República criou um grupo de responsabilização criminal onde estamos trabalhando os 150 maiores contraventores, para que possamos fazer um processo exemplar de criminalização”, explicou a ministra, sem informar quando a lista ficará pronta.

Segundo Marina Silva, o governo já definiu que só receberá financiamento público quem cumprir a legislação ambiental, a fim de impedir que os empresários que desmatam ilegalmente tenham acesso a crédito.

O assunto foi discutido hoje em reunião com ministros da área econômica e presidentes de bancos oficiais.

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Extração de madeira desmata menos a Amazônia que agropecuária, apontam ONGs

12 de Fevereiro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Enquanto autoridades do setor agrícola responsabilizam a extração ilegal de madeira pela maior parte dos desmatamentos recentes na Amazônia, representantes de organizações não-governamentais (ONGs) que atuam na região repudiam a tese, apesar de admitirem os efeitos danosos da atividade madeireira.

“Não vamos ser inocentes em falar que o setor madeireiro não tem culpa, mas o desmatamento é fruto, sobretudo, do setor agrícola e pecuário. Não há dúvida nisso”, afirmou hoje (12) o coordenador do programa de apoio ao desenvolvimento sustentável da WWF, Mauro Armelin.

Segundo ele, a extração ilegal de madeira é responsável pela degradação de algumas áreas, ao retirar da floresta toras de alto valor econômico, como o mogno, em um processo chamado de garimpagem florestal. “A floresta perde interesse para manejo e, em seguida, vêm a pecuária, a devastação total, a retirada da floresta e o corte raso”, explicou.

O diretor do programa Amazônia da ONG Conservação Internacional do Brasil, Adrian Garda, também descreve um ciclo de desmatamento no norte de Mato Grosso e no sul do Pará, que começaria pela exploração de madeira, ilegal ou não, e seguiria com a pecuária e o plantio de soja.

Garda ressaltou, entretanto, que nas regiões onde mais aumentou o desmatamento em 2007 já existem fronteiras consolidadas de exploração madeireira. E a pecuária, ao contrário, estaria em ritmo de expansão no Pará , assim como o cultivo de soja, em Mato Grosso, ambos impulsionados por preços internacionais favoráveis.

“Não houve mudança no mercado mundial de madeira, mas houve no mercado de commodities para soja e pecuária, o que leva a crer que a principal causa [do desmatamento recente] é essa”, argumentou.

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Qualquer novo desmatamento na Amazônia deve ser evitado, propõe Greenpeace

11 de Fevereiro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Mesmo os fazendeiros que legalmente ainda poderiam desmatar até 20% de suas propriedades na Amazônia deveriam ser estimulados pelo governo a não exercer este direito. A tese faz parte de proposta do Greenpeace para que o Brasil consiga zerar o desmatamento na região até 2015.

E prevê o estabelecimento de mecanismos financeiros que fortaleçam a capacidade do Estado de fiscalizar e monitorar, mas também de pagar compensação aos produtores legítimos que renunciem ao desmatamento.

“O desmatamento na Amazônia tem papel muito grande nas mudanças climáticas. É preciso parar”, afirmou o coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. Segundo ele, já existem 700 mil quilômetros quadrados desmatados na Amazônia Legal, em floresta e cerrado.

Adário disse considerar positiva a intenção já manifestada pelo governo federal de cortar financiamentos para quem desmatou além do permitido pela lei. Mas ressalvou ser necessário um esforço de conscientização dos representantes bancários no interior: “Quem toma a decisão de conceder ou não financiamento não é o presidente de banco oficial, mas o gerente de agência em cidades do interior da Amazônia. Ele vai receber a visita de um fazendeiro pedindo empréstimo e, se não estiver bem informado, vai dar o financiamento – até porque precisa cumprir metas”.

Para o coordenador do Greenpeace, é "inegável" o envolvimento direto de órgãos de financiamento oficiais no fomento de atividades que destroem o meio ambiente: “Se o governo analisar a fundo, uma boa parte das atividades da Amazônia vai estar fora do alcance dos bancos e terá que ser cancelada.”

Adário disse ainda que o governo deveria apoiar atividades que levem em consideração a preservação da floresta, como a pesca de base familiar, que gera emprego e renda para muitas comunidades da Amazônia e hoje não recebe ajuda oficial.

“Os ribeirinhos precisam de condições de refrigeração adequada, de barcos, de tecnologia e treinamento ambiental, porque têm um índice de perda grande e competem com a escala industrial”, defendeu.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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