PROSSEGUE MONITORAMENTO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

Porto Alegre (08/02/08) - O chefe do escritório regional do Ibama de Rio Grande, analista ambiental Sandro Klippel, esteve ontem (07) na Estação Ecológica do Taim para conversar com os servidores da Unidade de Conservação, sobre as ações de controle e monitoramento na área atingida pelo incêndio. Ele foi acompanhado do biólogo do Centro de Pesquisa e Gestão dos Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuarinos – CEPERG, Ezequiel Pedó.

Segundo Sandro, a prioridade era combater o fogo na Estação Ecológica, “o que já foi feito, agora é necessário monitorar a recuperação da flora, pois o seu retorno nas áreas atingidas pelo fogo é o que vai permitir a volta da fauna”, explica. Ele informa que este monitoramento será feito através de sobrevôos no Taim e do acompanhamento de imagens de satélite, sem prazo definido terminar. Sandro salienta que não há urgência no levantamento da fauna, pois “a prioridade no momento é o controle das áreas não atingidas pelo fogo e do entorno da estação, pois serão estas áreas que irão garantir a recuperação da flora e da fauna na zona atingida”.

Ainda em relação à fauna, Sandro explica que a Estação Ecológica possui uma relação de grupos e entidades que realizam ou realizaram pesquisas sobre a fauna local, e que serão contactados (Universidade e pesquisadores) para então se fazer uma avaliação da fauna atingida e também da recuperação da mesma em toda a Unidade de Conservação. “O importante evitar que pessoas circulem naquele local, a Estação Ecológica do Taim é uma área de preservação. Então agora vamos continuar o monitoramento das áreas do entorno do núcleo do incêndio (dentro e fora da Estação) para evitar que o fogo volte”. Conforme o analista ambiental, um grupo de brigadistas do Prevfogo da Unidade de Conservação deverá permanecer de vigia junto ao acampamento base utilizado no combate ao incêndio para fazer este monitoramento.

O incêndio, que começou na segunda-feira (28) à tarde e só foi controlado na manhã de sábado (02) depois de muito trabalho das cerca de 120 pessoas, entre servidores do Ibama/RS, brigadistas do Prevfogo, bombeiros e voluntários, entre outros. A chuva ocorrida na madrugada de sábado também ajudou a combater o fogo, mas o superintendente Fernando da Costa Marques destaca a importância da presença das aeronaves hércules da Força Área Brasileira além dos helicópteros do Ibama, Marinha e Aeronáutica que “foram decisivos para controlar o incêndio e cujos responsáveis atenderam prontamente a solicitação da Supes/rs “.

A Superintendência está enviando correspondência para as entidades e órgãos que colaboraram no trabalho de controle do incêndio, agradecendo a presença e a dedicação de todos. O Superintendente do Ibama/RS Fernando Marques destaca a colaboração da 5º Distrito Naval da Marinha, do 5º Comando Aéreo da Aeronáutica, do comando da Base Aérea de Santa Maria, do Exército, dos Brigadistas do Prevfogo do Taim, de Estância Velha, Canoas e Vacaria, dos bombeiros de Pelotas e Rio Grande, da Petrobrás e da Votorantim, bem como dos voluntários de Arroio Grande e de vários municípios que se uniram no combate ao maior incêndio ocorrido no Taim. Segundo Fernando Marques, no sobrevôo realizado no sábado à tarde, com uso de GPS, foi constatado que o fogo consumiu 4.1000 hectares da Estação Ecológica, que possui 33 mil e 400 hectares.
Maria Helena Annes
Ascom/Ibama/RS
Foto: Fernando da Costa Marques

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Incêndio no Taim pode acabar hoje

Porto Alegre (01/02) - Depois de cinco dias, pode chegar o fim hoje o incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim. Segundo o Superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, Fernando da Costa Marques, que esteve ontem na Esec, o otimismo se deve tanto à chuva que finalmente chegou à região, quanto ao trabalho realizado no final da quinta-feira pelo avião Hércules da FAB, com capacidade de transportar 13 mil litros de água.

De acordo com a estimativa dele, o foco principal de fogo, com cerca de quatro quilômetros de frente, foi reduzido à metade depois dos lançamentos feitos pelo hércules. A avaliação do chefe da Estação Ecológica, Amauri Motta, é de que, nestes dias de intenso combate às chamas, foram consumidos cerca de sete mil hectares da unidade de conservação. A confirmação ou não do número (e o prejuízo à fauna e flora) será feita em um diagnóstico mais amplo, a ser realizado depois de o fogo ser totalmente extinto. Segundo Amauri Motta, este foi o maior incêndio desde a criação da UC. As causas do incêndio ainda não estão confirmadas.

O combate ao fogo no Taim envolveu a mobilização de dezenas de pessoas, entre bombeiros, brigadistas do Prevfogo, voluntários, servidores do Ibama, além de uma grande logística. Para transportar água, foram usados dois helicópteros da Marinha e do Ibama - ambos equipados com bambi bucket -, aviões agrícolas (a partir da interrupção temporária da BR 471, onde eram abastecidos com água e decolavam) e dois aviões hércules da Aeronáutica.

Soldados do Exército sediados em Pelotas montaram um acampamento para a equipe que trabalhava no combate ao fogo, fornecendo barracas, colchonetes e uma cozinha. Na superintendência foram realizados contatos permitindo a liberação das aeronaves pelo Ministério da Defesa e o monitoramento por satélite dos focos de incêndio pelos analistas José Paulo Fitarrelli e Nei Cezar Dutra de Morais, do NUC.

A prefeitura de Santa Vitória do Palmar doou alimentos e combustível, e no dia 30 decretou estado de emergência, assim com a de Rio Grande ontem (31/01), permitindo aos dois municípios apoiar nas despesas geradas nas atividades de combate ao incêndio.

O fato, que teve repercussão nacional aconteceu uma semana depois que um incêndio atingiu um banhado dentro do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Os técnicos do parque calculam que o fogo tenha atingido cerca de 10 hectares do banhado das Ondinas, dentro do parque, e duas outras áreas fora da unidade de conservação (de 20 hectares e 160 hectares, respectivamente).

A ESEC

A Estação Ecológica do Taim compreende parte dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, tem 33 mil e 400 hectares e seu principal objetivo é preservar um dos ecossistemas mais frágeis do Rio Grande do Sul. A unidade engloba quatro grandes lagoas: Mirim, Jacaré, Nicola e Mangueira, indo até a faixa litorânea do Oceano Atlântico. Um dos principais motivos que levaram à criação da Estação Ecológica do Taim, em 1986, foi o fato de esta área ser um dos locais por onde passam várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia.

A flora e a fauna abrigam grande diversidade e, além de seus habitantes fixos, a região recebe todos os anos aves migratórias vindas da Antártica; já se observaram mais de 210 espécies de aves na região, entre marrecão da Patagônia, garças, marrecos, mergulhões, o tachã, o socó, a perdiz, a ema, o maçarico, as gaivotas, o flamingo, o joão-grande, o cisne-do-pescoço-preto, a capivara, a lontra e entre os répteis, o jacaré-do-papo-amarelo, as tartarugas, os sapos e as cobras e entre, os peixes, a traíra e o jundiá.

A flora é representada pelo junco, que domina a maior parte do banhado, onde destacam-se a táboa e os aguapés. Também sobressaem na paisagem as figueiras e corticeiras, a aroeira , e o gerivá entre outras.
Maria Helena Annes

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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