CONSCIENTIZAÇÃO CONTRA DESMATAMENTO INCLUI
EMPRESAS E VAI ALÉM DO PARÁ, DIZ ANA JÚLIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

26 de Fevereiro de 2008 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, disse hoje (26) à Agência Brasil que a meta da Operação Arco de Fogo, encabeçada pela Polícia Federal em parceria com outros órgãos dos governos federal e estadual, é conscientizar aqueles que trabalham na atividade de exploração de madeira de que a atividade econômica não pode colaborar para a destruição do meio ambiente. E essa tarefa, acrescentou, estende-se às outras regiões e às empresas que usam a matéria-prima.

Ana Júlia estava no município de Tailândia (PA), a 248 quilômetros de Belém, onde concedeu entrevista coletiva com a Polícia Federal para falar sobre outra operação, a Guardiões da Amazônia, que resultou na apreensão de 13,5 mil metros cúbicos de madeira ilegal.

“É importante essa conscientização, não só no nosso estado, mas no Brasil, porque foi apreendida madeira vinda de Tailândia no Rio de Janeiro. Então, por exemplo, as empresas da construção civil da região centro-sul do país utilizam madeira do estado do Pará. É preciso que elas exijam o certificado da origem dessa madeira porque, aí sim, elas contribuirão com o desenvolvimento sustentável da região”, comentou.

A a governadora afirmou, ainda, que as madeireiras que insistirem em trabalhar de forma ilegal terão as portas fechadas: “Aqueles que não quiserem entrar na legalidade não vão ter condições de trabalhar”.

Já para o secretário estadual do Meio Ambiente, Valmir Ortega, fechar empresas não é o foco da operação. “O desejo nosso é não fechar nenhuma empresa, mas se elas estiverem operando na ilegalidade, com certeza, terão bloqueada a sua atividade econômica”, disse.

Ortega completou que, em paralelo à operação – uma vez que a Operação Guardiões da Amazônia, segundo as autoridades, passa agora a integrar a Arco de Fogo –, está sendo feito um mutirão com os técnicos da secretaria para regularizar as madeireiras ilegais que quiserem a mudança.

“Vamos agilizar os processos de licenciamento e liberação de licença de operação, de plano de manejo, aqueles que cumpram os requisitos legais, justamente para que, ao mesmo tempo, a gente combata a ilegalidade e que, para aquelas empresas que estão buscando trabalhar na legalidade, o estado seja capaz de dar uma resposta ágil”, afirmou.

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Plano do governo na Amazônia é tornar o desmatamento atividade antieconômica

25 de Fevereiro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou hoje (25) que a operação de combate ao desmatamento na Amazônia terá efeitos imediatos sobre a derrubada da floresta. “A diminuição [do desmatamento] começa imediatamente, porque lá, de certa forma, havia um vácuo da presença do Estado”.

O ministro admitiu, porém, que a redução da atividade de extração de madeira ilegal é sempre lenta. “Lastimavelmente isso é uma atividade econômica que se comunica com determinada necessidade de sobrevivência da população da região”, disse, acrescentando que o governo do estado deve desenvolver políticas públicas que ofereçam uma saída para a população.

Genro garantiu que a Polícia Federal vai permanecer na área, e que o governo tem um plano de estabelecer naquela região dez ou 12 postos permanentes da Polícia Federal para estrangular as vias de transporte da madeira colhida ilegalmente.

A intenção do governo, segundo o ministro, é que a ação da Polícia Federal torne o desmatamento uma atividade antieconômica. “Não adianta eles abaterem porque não vão poder transportar. Nós estamos presentes naqueles pontos-chave, através dos quais as madeiras passariam para sua comercialização”, afirmou.

O ministro disse que espera implantar os primeiros postos da PF na Amazônia para coibir a ação das madeireiras ilegais ainda este ano. Genro disse que os postos irão combinar uma ação permanente, articulada com os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e se necessário com cobertura da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança.

“Serão postos bem equipados, com capacidade de intervir fortemente na região. E sob o comando da Polícia Federal, que é a polícia da União destinada a coibir esse tipo de delito”.

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Governo do Pará vai leiloar madeira apreendida em Tailândia

25 de Fevereiro de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os 15 mil metros cúbicos de madeira irregular que foram apreendidos no município de Tailândia, no Pará, durante a operação Guardiões da Amazônia, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), serão repassados ao governo do estado, que irá leiloar a madeira. A informação foi dada hoje (25) pela governadora do estado, Ana Júlia Carepa, ao participar da solenidade de lançamento do Programa Territórios da Cidadania, no Palácio do Planalto.

Segundo a governadora, os recursos arrecadados com o leilão da madeira serão utilizados para aparelhar o estado e para investir nos municípios atingidos pelo desmatamento ilegal. “Eles [os madeireiros] estavam acostumados a ser os fiéis depositários e acabavam utilizando a madeira. Agora, não vão mais utilizar a madeira que vem de origem ilegal”, disse.

De acordo com a assessoria de imprensa do governo do estado, o mesmo procedimento deve ser adotado em relação à madeira ilegal apreendida em futuras operações. No ano passado, o governo do estado e o Ibama firmaram um termo de compromisso determinando que toda a madeira e demais subprodutos florestais apreendidos no Pará fossem doados à Secretaria de Meio Ambiente, que deve promover leilões administrativos. O dinheiro deve ser usado para o aparelhamento da fiscalização ambiental dos dois órgãos.

Na última terça-feira (19), trabalhadores de serrarias e carvoarias e populares fizeram uma manifestação contra a apreensão de madeira, o que determinou a paralisação da Operação Guardiões da Amazônia. A operação foi retomada no último sábado (23), com a apreensão de mais de 200 metros cúbicos de madeira apreendidos por não apresentarem licença comprovando ser de origem legal. A madeira foi transportada em 16 carretas e guardada em um pátio na região metropolitana de Belém (PA).

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Operação para combater desmatamento deverá ter mais de mil agentes

25 de Fevereiro de 2008 - Paula Laboissière e Juliana Cézar Nunes - Repórteres da Agência Brasil - Brasília - Diversos órgãos do governo federal iniciaram a Operação Arco de Fogo, que tem como objetivo patrulhar a Amazônia e deter o desmatamento na região. O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, estima em mais de mil o número de agentes na força-tarefa, que começará efetivamente as ações amanhã (26), por Tailândia (PA), cidade onde madeireiros organizaram manifestações contra o combate ao desmatamento.

O Operação Arco de Fogo terá ainda a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Polícia Rodoviária Federal. Segundo a Polícia Federal, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa disponibilizou 200 policiais do estado para apoiar a operação.

“Passa de mil homens, com certeza, o projeto na sua totalidade. Mas hoje estamos com um esforço concentrado em razão daqueles eventos ocorrido em Tailândia. Tem lá em torno de 150 homens da Força Nacional, uns 300 agentes federais e mais a força local e mais a participação do Ibama na região. Uma vez instalados, começa esse processo em parceira com o Ibama de fiscalização das serrarias”, explica o diretor-geral da Polícia Federal.

“A expectativa é o enfrentamento constante, ou seja, vamos fazer esse pronto-atendimento agora, mas contrariando o que muitos pensam, o fato novo é a permanência, e não uma operação episódica. Esse é o diferencial. O que combater, isso está na rotina da PF. O diferencial foi construir um planejamento que permitisse uma permanência mais prolongada naquela região.”

Segundo Luiz Fernando Corrêa, a fiscalização começará pelas serrarias e depois será direcionada às ações de combate ao transporte e corte ilegal de madeira. "Com certeza vamos ter capacidade de enfrentar e apoiar as forças estaduais em outras criminalidades que decorrem dessa atividade nessas localidades.”

A Polícia Federal já estuda a destinação que será dada à madeira apreendida. Uma das possibilidades em avaliação é a realização de leilões. Os recursos arrecadados seriam revertidos para o financiamento das ações de combate ao desmatamento.

“As madeireiras que trabalharem dentro da legalidade estarão até mais confortáveis depois da operação, porque terão segurança e a certeza de que não está havendo nenhuma concorrência desleal ao seu trabalho”, prevê o diretor-geral da Polícia Federal.

“Vamos enfrentar o desmatamento e toda a criminalidade correlata à isso. Isso pode refletir até na criminalidade mais comum possível, como fraude, corrupção, e aí ninguém está livre, instituição nenhuma.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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