ENTIDADES ASSOCIAM SUICÍDIO DE ÍNDIOS TIKUNA A PROBLEMAS SOCIAIS E CULTURAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

20 de Março de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O crescimento do número de suicídios entre os Tikuna, conforme relatos de lideranças indígenas da região de Tabatinga, envolve a vulnerabilidade social provocada pela ausência do Estado e questões culturais de relacionamento com a sociedade dos municípios vizinhos às aldeias.

Este foi o diagnóstico de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) ouvidos pela Agência Brasil sobre as causas das mortes.

O coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral, lembrou que falta de políticas de desenvolvimento sustentável nas aldeias compromete a perspectiva de vida dos jovens. Mas ressaltou o impacto cultural dos índios ao frequentarem a cidade: “Eles sofrem discriminação na escola, nas ruas e perdem a auto-estima”.

Cabral ressalvou a necessidade das autoridades promoverem inicialmente um levantamento qualitativo e quantitativo confiável sobre os casos de suicídios indígenas. Há, segundo ele, imprecisão nos números, mas trata-se de um questão de “consequências gravíssimas”.

O diretor de Assistência da Funai, Aloysio Guapindaia, reconhece a carência de alternativas de renda enfrentada nas aldeias e defende uma atuação em duas frentes para se combater adequadamente os atentados do índios contra suas próprias vidas. “Temos que atuar na preservação cultural, mas também na sociedade envolvente, no sentido de que possa compreender e aceitar melhor os índios. Ainda existe muito preconceito, que decorre da falta de conhecimento”, afirmou.

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Polícia Federal determina investigação sobre uso de cocaína em aldeias do Amazonas

20 de Março de 2008 - Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Tabatinga (AM) - O delegado da Polícia Federal de Tabatinga (AM), Giovani Vicente Fontes Lopes, determinou nesta quinta (20) a abertura de uma investigação sobre o uso de cocaína nas aldeias indígenas do Alto Solimões (AM). Ao tomar conhecimento das denúncias do cacique Manoel Nery Tikuna e da Fundação Nacional do Índio (Funai), feitas à Agência Brasil e TV Brasil, o delegado se disse surpreso.

“Esse é um fato novo, que vai ser investigado a fundo, pois é uma informação gravíssima, de consumo e venda de substância entorpecente em comunidades indígenas”, afirmou Lopes. Ele adiantou que serão determinadas operações e diligências para confirmar as informações, investigar e prender quem estiver traficando para os indígenas nas aldeias.O delegado geral de Polícia Civil do Amazonas, Vinícius Diniz, apresentou o resultado de uma série de ações desencadeadas nos últimos dias para reprimir quadrilhas de traficantes que agem na região do Alto Solimões, principalmente em Tabatinga.

Segundo ele, a operação deflagrada nos municípios de Benjamin Constant e Tabatinga foi o desdobramento da ação que levou à descoberta de plantações de coca, na semana passada, junto ao rio Javari.

Na operação, foram apreendidas 10 armas, drogas, dinheiro, cinco computadores e livros-caixa com a movimentação do tráfico. Para Diniz, o mais importante são as informações levantadas, como as vendas de grandes quantidades de cocaína, em lotes que chegavam a 250 quilogramas da droga.

“O nosso principal objetivo era o plantio e o laboratório onde era processada a droga. Mas mais importante foram os documentos apreendidos, pois consegue-se desenvolver um trabalho muito maior em cima dos narcotraficantes”.

Segundo o delegado, o tráfico na região da tríplice fronteira está passando por um processo de concentração e organização de forças com grupos maiores liquidando quadrilhas mais fracas.

Atualmente, a maior preocupação das forças de segurança, de acordo com o delegado da Polícia Civil, é a fronteira com o Peru, que é de acesso mais difícil e com menor efetivo de policiamento.

“Na fronteira com Letícia, na Colômbia, existe uma fiscalização muito grande. Hoje a calha do rio Javari [entre Brasil e Peru] é um dos grandes problemas”, disse Diniz.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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