PROCURADOR RECOMENDA AO PRESIDENTE A RETIRADA DE NÃO-INDÍGENAS DA RAPOSA SERRA DO SOL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

26 de Março de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, enviou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro, uma recomendação para que promovam a imediata retirada dos ocupantes não-indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, área de 1,7 milhão de hectares, em Roraima.

A medida, de acordo com o Ministério Público Federal no estado, que pediu a recomendação, pretende reduzir a violência entre indígenas e não-indígenas no interior da reserva.

A recomendação pede que os representantes do Executivo promovam a imediata e efetiva "desintrusão da área indígena". O procurador-geral pede também que o diretor-geral da Polícia Federal mantenha fiscalização permanente e ostensiva no local, a fim de garantir a segurança e ordem públicas e os direitos reconhecidos às comunidades indígenas da região.

Antonio Fernando também enviou recomendação ao deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR) para não entrar ou realizar filmagens em terras indígenas, sem a devida autorização das comunidades interessadas. O pedido foi feito com base em representação do Conselho Indígena de Roraima (CIR).

O acatamento das recomendações não é obrigatório, mas, de acordo com a PGR, os destinatários poderão responder pelas conseqüências da inobservância do documento, em especial, por danos morais coletivos causados às comunidades indígenas no estado de Roraima.

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Área de Itaipu invadida por Ñandeva é imprópria para abrigar indígenas, diz técnico

28 de Março de 2008 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Curitiba (PR) Curitiba (PR) - O coordenador do Programa de Sustentabilidade das Comunidades Indígenas de Itaipu, Gilmar Secco, avaliou hoje (28), a situação de 17 famílias da tribo de índios Ñandeva (cerca de 60 pessoas) que ocuparam, no último dia 17, uma faixa de preservação ambiental localizada à margem de reservatório da hidrelétrica binacional .

“Eles estão numa área imprópria para abrigar indígenas, sem terras disponíveis para o plantio e vulneráveis a questões de segurança. Como a região fronteiriça tem problemas ligados ao contrabando, além de problemas de saúde, eles estão expostos a doenças como dengue, malária e febre amarela.”

Esta é a segunda vez que os Ñandeva ocupam a área. De acordo com Secco, em outubro do ano passado, a Justiça Federal havia dado ganho de causa a Itaipu, que realocou os índios para a Terra Indígena de Marrecas, uma área com 18 mil hectares, no município de Turvo. “Isso significa que eles têm onde ficar. Lá, a Funai [Fundação Nacional do Índio] vinha assistindo as famílias com o fornecimento de cestas básicas e atendimento à saúde.”

De acordo com Secco, a volta dessas famílias à região de Guaíra "foi uma desobediência à ordem judicial”. Ele informou que a hidrelétrica vai pedir novamente à Justiça Federal a reintegração de posse da área.

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Estatal quer manter consórcio para disputar leilão de usina no Rio Madeira

27 de Março de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Paulo Conde, disse hoje (27) que não pretende alterar o consórcio Madeira Energia, com o grupo Odebrecht e outros parceiros, para participação no leilão da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). O leilão está marcado para 9 de maio.

Em dezembro passado, o consórcio venceu o leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a construção da usina de Santo Antonio, também no Rio Madeira, ao apresentar a menor tarifa para venda de energia, no valor de R$ 78,87 por megawatt-hora.

“O consórcio fica mantido, mas poderão entrar outras empresas, como a Cemig, a Eletronorte. O espírito é que haja uma concorrência”, destacou Conde, durante assinatura de contrato de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 1 bilhão, para a usina de Simplício, de Furnas, localizada no Rio Paraíba do Sul, entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

A licitação que será realizada atende a determinação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, “no sentido de estabelecer uma competição”, explicou Conde. Segundo o diretor da Área de Engenharia de Furnas, Mário Rogar, a tendência é manter o mesmo consórcio nos dois empreendimentos porque, “com isso, consegue-se baratear a estrutura da empresa que vai administrar e construir” as usinas.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou que o pedido de financiamento de Furnas para a usina de Santo Antonio já está enquadrado e que a participação máxima da instituição no investimento será de 75% – seria de 80% se participasse do projeto como acionista. O contrato, acrescentou, deverá ser assinado até agosto para as obras começarem em setembro, dentro da previsão inicial. “Estamos dentro do cronograma”, disse.

Segundo Luiz Paulo Conde, existe o comprometimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de conceder a licença ambiental para a usina de Santo Antonio até o final do mês e, com isso, as obras poderão começar em agosto.

Conde adiantou que em maio a estatal fará uma oferta pública a fim de buscar parceiros para o desenvolvimento de seis pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que deverão operar inicialmente no estado do Rio de Janeiro e gerar até 80 megawatts de energia.
Mário Roger explicou que a estatal procura escolher PCHs nas áreas em que atua, “porque se temos outras subestações, outras instalações, fica muito mais barato manter essas PCHs, que normalmente já estão no centro de carga". E informou que Furnas já identificou outras destas centrais em Goiás e em Minas Gerais, mas deverá ser feito um estudo prévio de viabilidade, pois às vezes a central, mesmo bem posicionada, apresenta custo mais caro, problemas ambientais e compensações mais elevadas".

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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