SECRETÁRIO DE RONDÔNIA INTIMIDA FISCAIS DO IBAMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

Brasília (25/03/2008) - Na véspera da Páscoa, o secretário de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia, Augustinho Pastore, saiu de Porto Velho e foi parar na barreira do Ibama montada no chamado Portal da Amazônia, em Vilhena, para reclamar das apreensões de madeira. Por vinte minutos, o secretário intimidou os fiscais do Ibama, conforme relatos prestados por eles na delegacia de Polícia Federal em Vilhena, onde registraram queixa.No depoimento à PF, os fiscais contaram que o secretário, assim que chegou por volta das 17h30, dirigiu-se a eles e, em voz alta, perguntou: “Cadê o Paraguassú (em referência ao gerente executivo do Ibama em Ji-Paraná/RO, Alberto Chaves Paraguassú)? Ouvi dizer que ele é homem bravo, e eu gosto de peitar gente assim!”. E, logo em seguida, o secretário que estava acompanhado por mais três pessoas deu um tapa na mesa.

Segundo os fiscais, o secretário ordenou que os servidores do Ibama parassem com a fiscalização que estavam realizando e liberassem todos os caminhões carregados de madeira já apreendidos. A ordem, de acordo com os fiscais, foi dada em tom “ameaçador e desrespeitador”.

Os servidores responderam que, se eles estivessem cometendo alguma ilegalidade, então, que o secretário determinasse aos policiais militares presentes que os prendessem. E acrescentaram que somente suspenderiam a fiscalização em caso de ordem superior do Ibama.

Na delegacia da PF, eles contaram que o secretário também reclamou que os fiscais estariam apreendendo todos os caminhões e se prendendo a “detalhes pequenos”. Um dos fiscais chegou a mostrar a Pastore uma guia florestal da Sedam autorizando o transporte de essência conhecida comercialmente como oitisica, mas, no entanto, a carga continha efetivamente angelim e cedro mara. Prova de irregularidade ambiental gravíssima. Por isso, a carga foi apreendida.

Operação “Águas de Março” apreende 14 toneladas de pescado e distribui à população carente do Juruá
Cruzeiro do Sul (24/03/2008) - Fiscais do Ibama em Cruzeiro do Sul (Acre) apreenderam 13 toneladas e 925 quilos de peixe na Operação Águas de Março, que acontece durante todo mês na região do vale do Juruá. Foi a maior apreensão já realizada em toda região Norte. A pescaria, segundo duas testemunhas, aconteceu no período do Defeso entre os dias 12 e 15.

O peixe foi pescado no município de Itamarati/AM no baixo Juruá. O pescado estava em dois batelões, um com 6.377 toneladas e o outro com 7.548 toneladas. Nos barcos haviam várias espécies de peixes ameaçadas como: pirapitinga, matrinxã e tambaqui, pescados ainda dentro do período de proibição. A pesca está proibida desde o mês de novembro de 2007 em função do Defeso. Durante esse período o Governo Federal paga um salário mínimo mensal aos pescadores para garantir a reprodução do pescado na região amazônica.

A infração cometida pelos pescadores rendeu uma farta distribuição de peixes em 10 bairros de Cruzeiro do Sul. O Ibama confiscou e distribuiu gratuitamente para a população as mais de 13 toneladas de peixes. O 61° Batalhão de Infantaria de Selva foi o fiel depositário do produto, que em parceria com a Polícia Militar ajudaram na distribuição às famílias carentes do Município.

Uma operação especial planejada pelos militares foi montada para não tumultuar a distribuição. Instituições beneficentes e filantrópicas também receberam o pescado apreendido. Dona Sonia da Silva, 58 anos e sua filha Jéssica de 12 anos, não deixaram de transparecer a alegria por ganharem o alimento que elas não tinham condições de comprar. “O quilo desse peixe ia chegar aqui por uns R$15, não temos condições de comprar, estávamos pensando em passar a semana santa só no mucunsar”, disse dona Sonia.

Dona Maria Ferreira, 79 anos, também recebeu do pescado e ficou satisfeita com a decisão do Ibama de doar à comunidade. “Nesta época o peixe sobe de preço e nós não temos condições de comprar, peixes bonitos como esses só os ricos consomem. Graças ao Ibama vamos comer um peixe de boa qualidade e sem pagar nada”, falou.

Os dois pescadores, além de perderem todo o pescado, foram multados em R$ 65.mil e R$ 77,5 mil.
Ascom/Ibama/CzS

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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