CONFERÊNCIA DISCUTE MUDANÇAS NO CLIMA E NÃO LIBERAÇÃO DA MACONHA

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Abril de 2008

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos esclarece que as notícias veiculadas na última sexta-feira (28) sobre a Conferência Estadual do Meio Ambiente não condizem com a realidade do evento. Em nota do blog do colunista Marcus Vinicius (Jornal do Estado) que originou matéria no jornal Gazeta do Povo e outra divulgada na Rede Paranaense de Comunicação (RPC), a conferência foi reduzida a uma discussão sobre a liberação do cultivo da maconha para fins medicinais.

Esta foi apenas uma das mais de 1,3 mil propostas que estão em discussão na Conferência que, segundo os organizadores, tem como tema principal as Mudanças Climáticas, conforme determinação do Ministério do Meio Ambiente.

A divulgação tendenciosa da proposta causou polêmica e revolta entre os participantes do evento estadual. Depois da veiculação das matérias, os participantes registraram junto à organização da Conferência relatos de discriminação e ofensas sofridas pela interpretação maldosa dos fatos.

Mobilizados, estão recolhendo assinaturas e redigindo uma moção de repúdio à forma como a Conferência Estadual do Meio Ambiente vem sendo divulgada na mídia - que foi apresentada neste sábado (29) na Associação Banestado, em Praia de Leste.

COMO FUNCIONA A CONFERÊNCIA:

As propostas que estão em debate na Conferência Estadual do Meio Ambiente foram elaboradas por participantes dos eventos regionais. Ao todo foram realizados 13 conferências regionais, que juntas reuniram mais de 7 mil pessoas.

A redação da proposta polemizada diz: “Promover a sustentabilidade entre comunidades alternativas liberando o cultivo de ervas medicinais incluindo a canabis sativa, entre outras” e sua apresentação não está sequer relacionada ao tema principal da Conferência, que é Mudanças Climáticas.

Afinal, o objetivo principal do evento é reunir sugestões que servirão de diretrizes para políticas visando a redução das emissões dos gases que contribuem para o aumento das temperaturas e colaborar com a elaboração do Plano Estadual de Mudanças Climáticas.

A sugestão foi de Agnaldo Barbosa, participante da Conferência Regional do Meio Ambiente realizada em Antonina (litoral do Estado), em que mais de 700 pessoas compareceram e tiveram oportunidade de fazer suas sugestões de políticas para o combate ao aquecimento global.

Entre os participantes, representantes de instituições públicas e privadas, prefeitos e secretários de meio ambiente do litoral, associações comerciais, universitários, professores, profissionais liberais e comunidade em geral.

Ao fazer sua inscrição no evento, a pessoa definia qual dos cinco grupos de discussão sobre o tema Mudanças Climáticas gostaria de participar: redução das causas, adaptação dos impactos, educação ambiental, pesquisa e controle social ou fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

A proposta em questão surgiu no grupo que discutia redução das causas em Antonina, que contou com 51 integrantes e produziu 94 sugestões.

Depois de elaborada, as propostas do grupo foram aprovadas ‘em bloco’ por falta de tempo hábil – portanto, não foram debatidas ou apreciadas individualmente porque seriam discutidas na plenária estadual.

A sugestão então seguiu para as discussões da Conferência Estadual do Meio Ambiente – onde será avaliada por um grupo de delegados (pessoas eleitas durante os eventos regionais com direito a voz e voto) e, além da necessidade de ser aprovada pelo grupo, será submetida à plenária estadual.

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ainda destaca que a proposta polemizada não representa a opinião da grande maioria dos participantes da Conferência Estadual do Meio Ambiente.

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Secretaria do Meio Ambiente e Apras assinam termo de entendimento

O governador Roberto Requião e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, assinaram ontem (30) termo de entendimento com o presidente da Associação Paranaense de Supermercados Everton Muffato, durante a 27° Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper).

O governador aproveitou para elogiar os supermercados paranaenses e brasileiros, que já estão há tempos se adequando para essa realidade e chamar a atenção das grandes redes multinacionais que insistem em utilizar sacolas de plástico comum.

“Não é possível que, em nome de um custo operacional que é naturalmente absorvido pelos mercados nacionais e paranaenses, não cumpram com as determinações do Estado do Paraná”, enfatizou.

Muffato destacou que a parceria do setor com o Governo do Paraná na questão ambiental vem evoluindo, principalmente na utilização das sacolas oxibiodegradáveis. “Estamos acima da média mundial também no gerenciamento de resíduos. Vários supermercados estão com ação na utilização das sacolas retornáveis e a Apras ainda vai desenvolver o pedágio verde para conscientizar a sociedade”, enumerou.

O documento vem reforçar o compromisso do setor supermercadista na substituição das sacolas feitas com plástico convencional nos estabelecimentos afiliados à associação. Este termo propõe que os supermercados incentivem seus clientes a utilizarem sacolas retornáveis, como as feitas de papel; pano; lona e tecido. Caso os supermercados queiram utilizar sacolas plásticas, que disponibilizem para venda na boca do caixa, sacolas oxibiodegradáveis.

Segundo o Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, cobrar pela sacola que o cliente utiliza pode ser uma boa estratégia. “Se o cliente pagar pela sacola, haverá uma conscientização mais rápida de que se não cuidarmos do meio ambiente hoje, pagaremos cada vez mais caro no futuro” disse o secretário.

Segundo o Coordenador do Programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, a Apras fará com que todos os seus associados tenham conhecimento da assinatura desse termo. Dudas conta ainda que, hoje as redes supermercadistas paranaenses já se adequaram à substituição das sacolas, mas ainda há muito a ser feito. “Mais de 40% das empresas do ramo já estão fazendo uso de sacolas oxibiodegradáveis. Nosso problema agora, são as grandes redes multinacionais que ainda não se adequaram” afirmou.

MULTA – No início de fevereiro o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou as redes de supermercados WMS Supermercados do Brasil (que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama), Companhia Brasileira de Distribuição (do qual fazem parte as lojas Pão de Açúcar e Extra) e Carrefour. Cada rede foi autuada em R$ 70 mil por não apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e ao Ministério Público do Paraná alternativas para a substituição das sacolas plásticas disponibilizadas em suas lojas. Se somadas, as multas totalizam R$ 210 mil.

Em março do ano passado, a Secretaria e o Ministério Público convocaram audiência pública com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) para saber qual o destino das 80 milhões de sacolas disponibilizadas mensalmente. Desde então, a Secretaria vem coordenando ações para que haja uma mudança de atitude e uma maior preocupação ambiental por parte deste setor.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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