ESGOTOS AMEAÇAM QUALIDADE DAS ÁGUAS DA REPESA DO BROA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2008

28/03/2008 - As águas da Represa do Broa ainda apresentam condições de balneabilidade, o que quer dizer que estão próprias para banho e recreação, dois fortes atrativos desse reservatório localizado nos municípios de Itirapina, Brotas e São Carlos. Mas sua qualidade está ameaçada por lançamentos de esgoto e assoreamento do seu leito, provocados pelo desmatamento de alguns trechos e pelo parcelamento irregular do solo no seu entorno.

Estes problemas foram apontados pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, em reunião realizada na Pousada do Broa, nesta sexta-feira (28/3), com a participação de representantes da comunidade local. O secretário também observou a prática da pesca predatória na represa, além da coleta ineficiente do lixo em alguns pontos que visitou, o que incluiu dois condomínios – um na Fazenda do Pinhal, com lotes compatíveis com as exigências de ocupação das áreas próximas aos corpos d’água, e outro no bairro de Santo Antônio, onde é visível o parcelamento irregular, com áreas menores do que o previsto na legislação.

Além do desmembramento, a área apresenta ainda problemas de ocupação nas margens da represa, o que contribui para o seu assoreamento, e lançamento de esgoto “in natura”, o que pode comprometer o seu uso para fins de recreação.

Muitos dos problemas apontados, segundo Graziano, deveriam ser tratados diretamente pelo município, mas como a represa está inserida na Área de Proteção Ambiental do Corumbataí, encontra-se também na esfera de atuação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

O secretário enfatiza a necessidade de envolvimento do poder público local e da comunidade, pedindo ainda a participação direta do poder legislativo estadual e federal, representado pelos deputados Aldo De Marcchi e Loeb Neto, que atuam na região e se encontravam presentes no encontro. Para Graziano, a somatória dos esforços pode ser o instrumento para agilizar a adoção de medidas que envolvem a construção e operação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, cujo projeto já foi iniciado pela Prefeitura de Itirapina e que conta com recursos do programa Água Limpa, do Governo do Estado.

O prefeito Arnoldo Luis de Moraes justificou o atraso nas obras em razão da necessidade de redimensionamento do projeto, que deverá incluir um interceptor, um emissário e uma estação de tratamento dos esgotos coletados no loteamento Santo Antônio. Moraes conta ainda com o apoio da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental que, desde 2005, deixou de emitir licenças para desmembramento de lotes na região, assim como da Polícia Militar Ambiental e do Ministério Público, para coibir a venda irregular de terrenos no entorno da represa e impedir a ocupação em áreas localizadas a menos de 100 metros das margens do corpo d’água.

Embora, a proposta inicial fosse de lotes de 5 mil m2, são encontrados atualmente terrenos com apenas 250 m2, resultantes de processos irregulares de desmembramento e comercialização similares aos que ocorrem nas áreas de mananciais da Região Metropolitana de São Paulo.

Represa do Broa

Segundo relatório preparado pela Agência Unificada Ambiental de Araraquara, a Represa do Lobo, nome oficial da represa conhecida como “Broa”, é utilizada por um grande número de turistas, chegando a receber cerca de 30 mil pessoas nos feriados. Isso tem contribuído para a alteração da qualidade de suas águas, onde são lançados os efluentes da ETE – Estação de Tratamento de Esgotos de Itirapina, onde se localizam duas penitenciárias estaduais e reside uma população fixa estimada em quase 14 mil habitantes. Segundo José Jorge Guimarães, gerente da agência ambiental, a situação é agravada pela falta de rede de esgotos no loteamento Santo Antônio, onde os efluentes sanitários são lançados em fossas sépticas e sumidouros ou diretamente na represa.

No segundo semestre de 2007, a CETESB autuou a Prefeitura de Itirapina pelo lançamento de esgotos no Córrego Água Branca, um dos tributários da represa, em razão da operação ineficiente da ETE municipal. Análises realizadas em novembro do ano passado, porém, demonstraram que a estação voltou a atender os padrões legais.

Contemplado com verbas do projeto Água Limpa, o município deve concluir as obras da nova ETE, para a qual já recebeu Licença Prévia e de Instalação da CETESB, assim como parecer favorável do DAIA – Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente. O projeto prevê o lançamento final do efluente tratado em uma plantação de eucalipto, reduzindo os impactos sobre a Represa do Broa.
Texto: Eli Serenza
Foto: Zé Jorge

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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