SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE ACATA DETERMINAÇÃO E IBAMA LIBERA CAVERNAS DO PETAR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

São Paulo (18/04/2008) - A partir de amanhã, dia 19 de abril, doze cavernas do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - Petar, em SP, poderão reabrir para visitação pública (veja abaixo a lista). A decisão adotada hoje pelo Ibama foi formalizada num Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o instituto, a Fundação Florestal e o Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas).No TAC a Fundação Florestal, órgão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, compromete-se a realizar, dentro de um prazo de dois anos, os planos de manejo espeleológicos necessários para que as cavernas possam receber turistas. A inexistência desses estudos, a visível deterioração de algumas cavidades e o risco à vida dos visitantes levaram o Ibama a interditá-las no dia 20 de fevereiro.

“Felizmente houve o entendimento da Fundação Florestal de que não é possível colocar em risco esse patrimônio natural”, comemorou a superintendente do Ibama em São Paulo, Analice de Novais Pereira. “Os planos de manejo vão garantir ganhos ambientais e sociais para todo o Vale do Ribeira, mas é fundamental que a comunidade ajude na fiscalização e acompanhamento dessas medidas”. A superintendente lembra ainda que o turismo espeleológico tem um papel muito importante na economia da região e não poderia continuar sendo penalizado pela inexistência de regramentos para a atividade.

O documento obriga também a Fundação Florestal a implantar Planos de Ação Emergencial para a visitação das cavernas. Esses planos estabelecem condições mínimas para proteger as cavidades e os turistas durante as visitas. A partir de agora o número de visitantes por dia será limitado. Não será permitida a realização dos percursos sem a presença de um monitor capacitado. Sistemas de comunicação para casos de acidentes ou emergências deverão estar funcionando adequadamente. Os visitantes deverão ser orientados sobre as vestimentas adequadas e sobre o uso de lanternas próprias.

A venda de bebidas alcoólicas e o consumo de lanches no interior das cavidades ficam também terminantemente proibidos. O descumprimento das obrigações assumidas no TAC pode acarretar novas interdições e multas.
As cavernas desinterditadas são as seguintes: Santana, Morro Preto, Couto, Água Suja e Cafezal (no Núcleo Santana); Ouro Grosso e Alambari de Baixo (Núcleo Ouro Grosso); Chapéu, Chapéu Mirim I, Chapéu Mirim II, Aranhas e Temimina II (Núcleo Caboclos). A caverna Casa de Pedra integra o TAC e será contemplada com plano de manejo, mas não será aberta à visitação.

Outras cavernas do Parque Intervales e do Parque Jacupiranga - incluindo a Caverna do Diabo - continuarão interditadas até que um novo Termo de Ajustamento de Conduta seja firmado, desta vez com a participação do Ministério Público Federal.

Entenda o caso:

A exploração turística das cavernas do Vale do Ribeira ocorre há muitos anos, sem os devidos planos de manejo. Desde 2001, Ibama e Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas, antes Ibama e hoje vinculado ao Instituto Chico Mendes) vêm realizando vistorias nas principais cavernas turísticas da região.

Nessas vistorias foram identificados processos de deterioração, falhas na conservação e irregularidades diversas, como intervenções artificiais, iluminação excessiva prejudicando o ambiente natural das cavernas, falta de segurança para visitantes (especialmente crianças) e venda de bebidas alcoólicas. Há o registro também de que pelo menos três pessoas morreram, por afogamento e por queda, em cavernas nas quais a visitação deveria ser proibida.

Todas essas irregularidades vinham sendo informadas à Fundação Florestal desde 2001, mas poucas falhas haviam sido corrigidas. O Ministério Público Federal instaurou Ação Civil Pública cobrando medidas corretivas e planos de manejo para as cavernas dos parques Intervales e Jacupiranga. Em 20 de fevereiro deste ano o Ibama interditou as cavernas e multou a Fundação Florestal por exercer a exploração turística das cavidades sem plano de manejo.
Airton De Grande
Ascom/Ibama/SP

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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