ALTA DE ALIMENTOS NÃO ESTÁ RELACIONADA AOS BIOCOMBUSTÍVEIS, DIZ SECRETÁRIO DA UNCTAD

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

25 de Abril de 2008 - Mylena Fiori - Enviada Especial - Acra (Gana) - O secretário-geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), Supachai Panitchpakdi, isentou os biocombustíveis pela alta mundial dos preços dos alimentos. Na sua avaliação, grande parte da crise mundial de abastecimento se deve à má estrutura de distribuição dos produtos agrícolas.

Supachai citou o caso brasileiro como exemplo de compatibilidade entre produção de alimentos e biocombustíveis. "O Brasil provou que isso é possível. Continua como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo e é o maior produtor de etanol", disse ele, hoje (25), durante entrevista coletiva, realizada antes da sessão de encerramento da 12ª Unctad, em Gana.

Na avaliação de Supachai, a maioria dos países africanos ainda tem terras disponíveis para produzir alimentos e biocombustíveis. O seu entusiasmo ficou mais claro durante o discurso na plenária final, quando elogiou o acordo firmado, esta semana, entre Brasil e Gana para a produção de biocombustiveis a partir de transferência de tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Apesar dos comentários positivos, o secretário-geral frisou que a Unctad não prega a adoção do modelo brasileiro em todo mundo. "O exemplo esta aí e devemos aprender com eles [brasileiros]. É bom para os países do Sul aprenderem com as experiências dos outros, mas não penso que os exemplos possam ser simplesmente repetidos em todos os lugares."

Segundo Supachai, a Unctad tem alertado os governos dos países pobres para que definam suas estratégias de desenvolvimento antes de apostar em um programa de biocombustíveis. "Na minha opinião, não são todos os países que podem investir em programas de biocombustíveis. Depende de sua receita, de tecnologia, de capacidade de investimentos. Não se trata apenas de considerar a produção de alimentos. É preciso pensar que as fábricas vão precisar se instalar em algum lugar, é preciso pensar no meio ambiente e na preservação das florestas, é preciso considerar muitas outras coisas", ponderou.

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Rio de Janeiro e São Paulo criam núcleos para apoiar pesca artesanal

28 de Abril de 2008 - Da Agência Brasil - Rio - O primeiro encontro para a implantação do núcleo de pesquisa aplicada na área de pesca e aqüicultura familiar vai discutir, até a quarta-feira (30), uma política para a formação humana na área da pesquisa continental e da aqüicultura continental.

O evento é o resultado do acordo de cooperação técnica celebrado em dezembro de 2006 entre a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), que está implantando cursos técnicos na área da pesca e núcleos de pesquisa em 14 regiões do país.

O encontro também está celebrando a adesão ao programa nacional da região Sudeste II, que inclui os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, por meio de parceria entre o Centro Federal de Educação Tecnológica de Química (Cefeteq), de Nilópolis, e a Cefet, de São Paulo.

Os dois núcleos vão desenvolver projetos de pesquisa, de caráter interdisciplinar, para aprofundar o conhecimento sobre a diversidade biológica e cultural dos ecossistemas nos quais se desenvolvem atividades pesqueiras. Além disso, vão desenvolver programas de gestão para capacitação e assessoramento técnico-científico de colônias de pescadores.

Segundo o coordenador-geral desses núcleos de pesquisa, Edmar Almeida de Moraes, a iniciativa vai incrementar o desenvolvimento econômico local, com o estímulo de organização de cooperativas para o beneficiamento dos produtos da pesca.

“Vamos congregar esses pescadores em cooperativas para que tenham cursos de beneficiamento do produto”, ressaltou. Ele informou ainda que os cursos de formação continuada, além de capacitar os pescadores, vão promover uma melhor conscientização sobre a preservação do ambiente por meio de aulas sobre a educação ambiental.

De acordo com dados da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, em todo o Rio de Janeiro há 25 mil pessoas que vivem de pesca artesanal, de um total de 400 mil em todo o estado.

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Conselho vai propor políticas para lidar com mudanças climáticas

27 de Abril de 2008 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Propor políticas e estratégias para lidar com as mudanças climáticas é um das funções do Conselho Diretor da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais , ligado ao ministério da Ciência e Tecnologia.

De acordo com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro, o conselho também deverá propor formas de financiamento das políticas relativas a mudanças climáticas.

Ele explicou ainda como será a ação do conselho na formulação dessas políticas: “o conselho diretor terá a responsabilidade de elaborar um programa voltado para a questão das mudanças climáticas como base um programa já existente que se chama Meteorologia e Mudanças Climáticas. O conselho diretor vai trabalhar num modelo para que nesse programa possamos ter a dimensão correta da complexidade sobre as questões climáticas”, explicou.

A Rede Clima vai gerar e disseminar conhecimento e tecnologia para que o Brasil possa responder às demandas e aos desafios provocados pelas mudanças climáticas globais. A rede também produzirá dados e informações que apoiarão a diplomacia brasileira nas negociações sobre o regime internacional de mudanças climáticas.

O conselho, instalado no última sexta-feira (25), é composto por integrantes do ministério da Ciência e Tecnologia, dos ministérios do Meio Ambiente, Relações Exteriores, Agricultura e da Saúde. Também integram o conselho representantes da Academia Brasileira de Ciências, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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