MARINA SILVA DEFENDE MODELO SUSTENTÁVEL NA APLICAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

07/05/2008 - Lucia Leão - A ministra Marina Silva destacou nesta quarta-feira (7), em pronunciamento no XXXV Seminário Internacional de Orçamento Público, em Brasília, o papel das pessoas envolvidas nas tomadas de decisão sobre a aplicação dos recursos públicos na efetiva implementação dos novos paradigmas de desenvolvimento. Falando sobre o tema Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas: cenários e efeitos econômicos, sociais e políticos , a ministra disse que o mundo já está vivendo sob o efeito do aquecimento global, mas já há conhecimentos técnico-científicos e acordos internacionais altamente relevantes para enfrentá-lo. O que falta é o compromisso ético de implementá-los.

"É fundamental que passemos dos acordos para as ações concretas", disse a ministra para uma platéia de cerca de duzentos técnicos de orçamento da América Latina. "Boa parte das respostas técnicas já temos. Nosso grande desafio é promover o equilíbrio entre o avanço técnico e o compromisso ético de colocar nosso conhecimento e tecnologia para favorecer processos civilizatórios que vão desde combater as mazelas sociais, que são inaceitáveis, a enfrentar os problemas climáticos que podem comprometer efetivamente a possibilidade de vida na Terra".

A resposta para o enfrentamento desses problemas, segundo Marina Silva, só será possível com a mudança dos paradigmas de desenvolvimento e da adoção de modelos sustentáveis em suas várias dimensões: econômica, social, ambiental, cultural, política e ética. Foi para esse amplo conceito de desenvolvimento sustentável, o qual muitas vezes exige grandes investimentos no presente para evitar perdas futuras ainda mais volumosas, que Marina Silva alertou os participantes do seminário:

"Quando vamos aprovar os orçamentos dos nossos países verificamos se os projetos e ações que estão sendo financiados com recursos públicos incorporam os critérios de sustentabilidade ou continuam nos velhos paradigmas?. Será que os investimentos necessários, que muitas vezes parecem volumosos, são de fato difíceis e pesados ou vão evitar prejuízos ainda maiores?"

Marina Silva também fez um relato dos esforços que o Brasil tem feito, e os resultados já alcançados, na redução da emissão de gases de efeito estufa, especialmente por meio da adoção de matriz energética limpa e do combate ao desmatamento. Ela defendeu o modelo de produção sustentável dos biocombustíveis, que nos últimos 25 anos reduziram em 600 milhões de toneladas a emissão de CO2 no País.
"Nós queremos que os biocombustíveis no Brasil sejam de fato uma contribuição para os aspectos de mitigação e adaptação. E para isso é preciso que a equação feche na idéia do desenvolvimento sustentável. É preciso que se produza sem comprometer a segurança alimentar e ambiental. É uma grande oportunidade para que possamos contribuir com o aspecto de mitigação mas também para a geração de riquezas, de desenvolvimento econômico e social, em forte sinergia com as metas do milênio", disse.

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Cerca de 3 mil pessoas participam da abertura da III CNMA

08/05/2008 - Gisele Teixeira - Cerca de 3 mil pessoas, entre elas 11 ministros de Estado, participaram da abertura da III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), nesta quarta-feira à noite, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A necessidade de institucionalização do processo, para que não haja descontinuidade com futuras alternâncias de poder, bem como a incorporação do viés ambiental pela totalidade do governo, permearam os principais discursos do evento.

O secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que o governo federal já realizou 49 conferências, nos mais diferentes setores desde 2003 - um processo que envolveu mais de 3 milhões de pessoas em todo o Brasil. Ele ressaltou, no entanto, que a Conferência Nacional do Meio Ambiente, ao lado da Conferência Nacional da Saúde, é uma referência para todas as outras pelo rigor temático, abrangência e diálogo interno. "É motivo de orgulho para todos nós", acrescentou.

Dulci afirmou que a democracia participativa não é uma retórica neste governo e que, por isso mesmo, a institucionalização das conferências deve ser consolidada até 2010, para que não haja nenhum retrocesso com as futuras alternâncias de poder. Ele acrescentou, ainda, que as deliberações da CNMA precisam ser um compromisso de governo, e não apenas do Ministério do Meio Ambiente.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi ainda mais além. Ela destacou que a política ambiental brasileira não pode ser mais vista somente como uma questão de governo e sim de país, com uma perspectiva de longo prazo, além do viés transversal e integrado. Isso porque os problemas ambientais ganharam caráter de desafio civilizatório com as mudanças globais do clima. As respostas para esses novos problemas, disse a ministra, podem estar em fóruns como a Conferência Nacional do Meio Ambiente, que reúne governos, setor privado e sociedade civil. "Diferentes saberes talvez seja a única forma de dar uma resposta", disse.

O presidente do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBEDS), Fernando Almeida, também destacou a importância da CNMA como instrumento de diálogo entre os diferentes setores da sociedade e como fórmula de transformar discurso em prática. A conferência, segundo ele, torna-se ainda mais relevante quando o assunto é mudança do clima. "Todos nós fazemos parte do problema. Temos que fazer parte também da solução", disse. Temístocles Marcelos, secretário de Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores, disse que a CNMA tem o desafio de aprofundar o modelo de democracia participativa e defendeu a institucionalização do processo para garantir sua permanência.

A III CNMA, organizada pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, recebeu 5.132 propostas oriundas de todo o Brasil. As sugestões foram colhidas em 751 conferências municipais e estaduais que envolveram mais de 100 mil pessoas desde o final de 2007. O encontro termina no sábado.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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