RIO DE JANEIRO LANÇA PLANO PARA COMBATER
INCÊNDIOS FLORESTAIS NO ESTADO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

6 de Maio de 2008 - 11h17 - Última modificação em 6 de Maio de 2008 - 11h17
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma parceria entre o governo federal, municípios, Corpo de Bombeiros e Forças Armadas vai permitir o reforço da fiscalização para evitar queimadas e desmatamento em parques e reservas ecológicas do Rio de Janeiro. Com a medida, também será possível impedir o sugimento de favelas em áreas de mata.

As ações fazem parte do primeiro plano para combater incêndios e queimadas em parques, lançado hoje (6) pela Secretaria Estadual do Ambiente. Em dez anos, o estado perdeu 13 mil hectares de florestas com incêndios, o correspondente a três vezes o tamanho da Floresta da Tijuca.

O Rio de Janeiro concentra oito parques estaduais e três reservas ecológicas que, segundo a secretaria, serão monitorados 24 horas.

De acordo com o órgão, serão gastos cerca de R$ 15 milhões com a compra de equipamentos tecnológicos, entre eles um avião de combate a incêndios, para o Corpo de Bombeiros, e um helicóptero, para a Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais.
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o objetivo é realizar um plano preventivo de ação conjunta para impedir o desmatamento.

"Nós estamos lançando o primeiro plano preventivo que cria uma série de mecanismos de defesa e impede queimadas, sobretudo, na estiagem. Esse mecanismo de defesa vai contar com os guarda-parques, bombeiros que vão atuar dentro dos parques", afirmou Minc.
A iniciativa, segundo o secretário, vai integrar órgãos municipais e estaduais em defesa do meio ambiente, o Corpo de Bombeiros, a Marinha e a Aeronáutica.

"Vamos, pela primeira vez, trabalhar integrados. Antes [o trabalho] era feito muito na base do improviso. Conseguimos recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano e essa integração vai impedir que esses incêndios consumam um esforço enorme de reflorestamento e preservem o que restou da Mata Atlântica", ressaltou.

De acordo com a secretaria, outra medida que será implantada ainda neste semestre é o Disque-Denúncia Verde, um número de telefone com ligação gratuita para que a população possa denunciar crimes contra o meio ambiente.

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Rio de Janeiro quer rever legislação sobre licenciamentos ambientais

4 de Maio de 2008 - 08h51 - Última modificação em 4 de Maio de 2008 - 08h50
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo do Rio deve enviar à Assembléia Legislativa, até junho deste ano, projeto de lei propondo a revisão dos procedimentos de legislação ambiental no estado, com o objetivo de melhorar e agilizar os processos. Para isso, está sendo preparado, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, um diagnóstico sobre o setor.

Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o levantamento já encontrou pelo menos 51 gargalos na legislação de licenciamento ambiental fluminense. O estudo também propôs 31 ações para agilizar os licenciamentos e tornar o procedimento mais rigoroso.

Entre as propostas a serem incluídas no projeto de lei, estão a digitalização de procedimentos de licenciamento com consultas online de cada etapa, a criação de postos regionais dos órgãos ambientais do estado e a simplificação ou dispensa de licenciamento nos casos de atividades de pequeno potencial poluidor.

“Isso vai simplificar. Por exemplo, alguns empreendimentos, em vez de ter três licenças (prévia, de instalação e de operação), vão ter uma só. O objetivo da secretaria é fazer com que o licenciamento ambiental seja o mais simples possível, mais rápido, mas também muito rigoroso. Atualmente há 15 mil licenças. E, onde há burocracia, há corrupção. E isso acaba desestimulando o empresário”, afirmou Minc.

Mesmo antes da revisão da legislação, a Secretaria do Ambiente já adotou medidas para agilizar o processo de licenciamento ambiental, como a delegação a 21 municípios fluminenses do direito de fazer os licenciamentos ambientais para pequenos e médios empreendimentos. Isso, segundo a secretaria, ajudou a desafogar os órgãos ambientais do estado.

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Pescadores denunciam siderúrgica por crime ambiental e contra os direitos humanos

9 de Maio de 2008 - 17h03 - Última modificação em 9 de Maio de 2008 - 17h03
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pescadores da Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, vão denunciar internacionalmente a empresa alemã Thyssen-Krupp por danos ao meio ambiente e violação aos direitos humanos. Controladora da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), a empresa está sendo acusada de inviabilizar a pesca na região, prejudicando mais de oito mil famílas. Por causa das obras do complexo siderúrgico, orçado em R$ 8 bilhões e que deve ser inaugurado no próximo ano, os peixes teriam praticamente desaparecido da área e os que restaram estariam contaminados.

A denúncia foi feita durante uma reunião de organizações não governamentais, realizada ontem (8), no Rio de Janeiro, como preparação ao Tribunal Permanente dos Povos (TPP), que acontece na próxima semana em Lima, no Peru, com a participação de entidades de direitos humanos de vários países.

Ivo Siqueira Soares, que preside a Associação de Aqüicultores e Pescadores de Pedra de Guaratiba, reclamou das obras da siderúrgica. “A empresa está se instalando em uma área que é um criadouro natural, dentro de uma reserva. Devastou quatro mil metros quadrados de manguezal e está causando degradação no mar, revolvendo todo o lodo contaminado pela Ingá Mercantil [empresa mineradora já desativada, que deixou uma grande área poluída com metais pesados]”.

Segundo o pescador, a dragagem que está sendo feita, para permitir a entrada de grandes embarcações, está provocando a liberação de sedimentos contaminados, que se encontravam no fundo do oceano e passam a ser levados pela correnteza, justamente para uma área de reserva biológica e arqueológica. “Isso afugenta e contamina os peixes com cádmio e zinco”, disse Soares

O presidente da associação também reclamou da exclusão que está havendo por conta da construção de um píer de quatro quilômetros, para servir de atracadouro para os navios da futura siderúrgica. “Essa área é onde nós tínhamos o nosso melhor ponto de pesca e não mais poderá ser utilizado. Fora a questão de segurança, pois ali vão transitar navios e os riscos aos barcos pesqueiros são enormes. Recentemente, perdemos um companheiro, atingido por uma balsa da CSA”.

Para o advogado da Federação das Associações de Pescadores Artesanais do Rio de Janeiro (Fapesca), Victor Mucare, a CSA está causando degradação ambiental e social na região, além de descumprir leis federais e não possuir licenças ambientais. “Nós já estamos tomando medidas legais, com ações reparatórias, ação civil pública para embargar a obra, e já existe um inquérito criminal, que corre no Ministério Público Federal”.

Também participou do encontro a alemã Kathrin Buhl, diretora do Instituto Rosa Luxemburg Stiftung. Ela disse que, a partir das denúncias apresentadas pelos pescadores, o assunto será levado ao conhecimento da imprensa e dos partidos políticos da Alemanha, país sede da siderúrgica.

“É importante divulgar as informações e acessar as mídias, para receber um respaldo público. Se uma empresa como a Thyssen-Krupp está violando os direitos humanos aqui no Brasil, está destruindo o meio ambiente, é importante que os sindicatos, os movimentos sociais, os partidos lá na Alemanha saibam disso e façam pressão”, disse Kathrin Buhl.

A Thyssen Krupp foi procurada, mas sua assessoria de comunicação informou que não iria comentar as acusações.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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