MINISTRO DO MEIO AMBIENTE SINALIZA COMPROMISSO COM ÁREAS PROTEGIDAS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

16 May 2008 - O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em entrevista coletiva em Paris ontem (15.06.08) anunciou que pretende fortalecer o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e obter mais de 150 milhões de euros de financiamento de ONGs e da comunidade internacional, segundo o jornal Folha de São Paulo.

Ainda segundo o jornal, Minc defendeu a ampliação de áreas de preservação ambiental no Brasil e os sistemas de defesa das unidades de conservação, com guardas parques na Amazônia. Disse, ainda, que pretende reforçar o Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia). "A expectativa é obter, a curto prazo, mais de 150 milhões de euros de financiamento de ONGs e da comunidade internacional para instalação e ampliação das unidades protegidas da Amazônia", afirmou Carlos Minc.

Para o WWF-Brasil a citação de Carlos Minc ao maior programa de proteção de florestas tropicais demonstra a sensibilidade do novo ministro para a importância das áreas protegidas na Amazônia e para a manutenção da biodiversidade e manutenção do clima do planeta.

O WWF-Brasil tem a expectativa que as políticas voltadas para a conservação e o desenvolvimento sustentável, já em andamento sejam fortalecidas e ampliadas. “Nossa expectativa é que o ministro apresente uma postura de construir soluções baseadas no diálogo entre governo, organizações não-governamentais, movimento social e setor privado”, declarou Denise Hamú, Secretária-Geral do WWF-Brasil.

Para o WWF-Brasil, um dos grandes desafios do novo ministro será o de fazer com que as questões ambientais ampliem seus espaços de prestígio dentro da agenda política do governo federal. O objetivo é que a nova equipe consiga desenvolver, além de programas próprios do MMA, ações integradas com outros ministérios, como uma das formas de conseguir maiores e melhores resultados e o conseqüente respaldo político dentro do governo, evitando a repetição de fatos que contribuíram para a saída de Marina Silva.

Uma preocupação do WWF-Brasil é que o período de transição da nova equipe possa promover algum atraso numa série de medidas que estão em andamento ou naquelas em vias de serem implementadas. “É essencial que a segunda fase do Arpa (Programa Áreas Protegidas da Amazônia) seja lançada e que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade seja fortalecido”, opina Denise Hamú.

Acredita também o WWF-Brasil que será garantida a continuidade de ações voltadas para a produção sustentável de alimentos e energia, inibindo possíveis práticas ilegais e predatórias. Adicionalmente, é esperada a adoção de metas de redução do desmatamento e de políticas de compensação por serviços ambientais.

Considerado no meio político como hábil negociador, Carlos Minc foi um dos fundadores do Partido Verde, sendo eleito em 2006 para seu sexto mandato como Deputado Estadual, desta vez pelo PT. Assumiu em 2007 o posto de Secretário Estadual do Ambiente, tendo como uma das suas principais metas dobrar as áreas protegidas do Estado do Rio de Janeiro.

A Secretária-Geral do WWF - Brasil reforçou a convicção de continuar mantendo um amplo diálogo com o MMA, como uma das formas de contribuir para o processo de transição e para a formatação de uma agenda comum com aquela Pasta.

Denise Hamú acredita que a experiência de Carlos Minc no movimento ambientalista e nos poderes Legislativo e Executivo certamente

contribuirá para uma gestão equilibrada e empreendedora. “Sabemos que Carlos Minc possui um genuíno comprometimento com a questão ambiental e acreditamos que isso possa contribuir para que o novo ministro construa os necessários e inadiáveis consensos dentro do governo federal”, concluiu Denise Hamú.

O nome de Carlos Minc, que vinha ocupando a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, foi anunciado pelo Palácio do Planalto na quarta-feira (14 de maio), após pedido de demissão da então ministra Marina Silva.

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WWF-Brasil lamenta pedido de demissão da ministra Marina Silva

13 May 2008 - O WWF-Brasil lamenta que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tenha pedido demissão. O anúncio, feito nesta terça-feira (13 de maio) pela assessoria de imprensa do MMA, é considerado um retrocesso. “Trata-se de uma clara demonstração de que a área ambiental não tem espaço no atual governo”, critica Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Em diversas oportunidades desde que assumiu a Pasta, em janeiro de 2003, a ministra foi contrariada e desautorizada pelo governo federal. Exemplos desses conflitos ocorreram nos debates sobre organismos geneticamente modificados (OGMs), alternativas para o agronegócio e, de forma mais contundente, no polêmico processo de licenciamento das usinas hidrelétricas do Rio Madeira.

Para o WWF-Brasil, houve inúmeros avanços na área ambiental durante a gestão de Marina Silva. Dentre essas realizações, destacam-se a política florestal, com um inovador sistema de concessões de florestas públicas, as medidas de monitoramento, prevenção e combate ao desmatamento, a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a gestão de unidades de conservação federais, os esforços para a aprovação da Lei da Mata Atlântica no Congresso e a criação do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

De acordo com Denise Hamú, a saída da ministra gera uma grande insegurança em relação ao futuro. “Ela tentou, em vão, construir uma política transversal de desenvolvimento sustentável, que envolvesse todos os ministérios e não apenas o MMA. Provavelmente, as seguidas frustrações nesse sentido motivaram seu pedido de demissão”, avalia.

Outro fator que deve ter contribuído para a saída de Marina Silva teria sido a recente decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não delegar ao Ministério do Meio Ambiente a coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado na última quinta-feira (8 de maio).

A secretária-geral do WWF-Brasil acrescentou que a saída de uma ministra com a trajetória de Marina Silva, nascida em uma vila de seringueiros no interior da Amazônia, ligada ao movimento social e com carreira política atuante em defesa do meio ambiente, é uma grande perda para o país. “Não bastassem as implicações internas dessa decisão, o pedido de demissão de Marina Silva terá uma repercussão muito negativa para o Brasil no exterior. O único lado positivo é que ganharemos de volta uma excelente senadora”, concluiu Denise Hamú.

Marina Silva pediu demissão no exato dia (13 de maio) em que cerca de 200 agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos e pescadores participaram de uma Audiência Pública no Plenário 2 da Câmara dos Deputados para discutir a situação das Reservas Extrativistas (RESEX), em virtude do atraso na definição da situação das unidades de conservação. No mesmo dia aconteceu uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, com o objetivo pressionar o Governo Federal a acelerar os processos de criação, ampliação e retificação do decreto de nove reservas extrativistas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O WWF-Brasil aguarda o posicionamento de Marina Silva para avaliar as reais motivações do pedido de demissão e conseqüências desta decisão para as questões ambientais do país.

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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