REQUIÃO DIZ QUE SAÍDA DE MARINA SILVA É UMA PERDA PARA O PARANÁ E PARA O PAÍS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Maio de 2008

Para o governador Roberto Requião, a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente representa uma perda para o Paraná, para o país e para o mundo. Por meio de nota oficial divulgada no dia 14, Requião falou sobre os avanços conquistados por Marina Silva à frente do Ministério e a importância do seu apoio nos posicionamentos e na implementação da política ambiental do Paraná.

“Marina Silva é símbolo da resistência e de persistência na luta sócio-ambiental. Aqui e internacionalmente”, afirmou o governador Requião em nota oficial. Segundo ele, durante o período em que foram companheiros de Senado, aprendeu a admirá-la e respeitá-la por seu comprometimento com as causas populares e com a preservação da natureza.

Requião foi enfático em dizer que, nos últimos anos, a política ambiental do Governo do Paraná tem caminhado em consonância com as diretrizes implantadas por Marina da Silva no Ministério do Meio Ambiente.

O governador lembrou o importante apoio de Marina ao Paraná, durante a 8ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP8) e a 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3), realizadas em Curitiba em 2006, quando o Governo Federal não havia definido se apoiava ou não a rotulagem e identificação de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Naquele momento, o Paraná posicionava-se como o primeiro Estado brasileiro a ter uma lei própria de rotulagem.

“Nesse período, graças à Marina, a posição brasileira em relação aos transgênicos avançou, em que pesem as fortíssimas resistências de setores do Governo Federal. Deixamos a incômoda posição de defesa dos interesses das transnacionais para alinhar o nosso País ao lado dos que se preocupam com a defesa do meio ambiente, da saúde e da soberania das sementes”, destacou Requião. Ele lamenta a falta que Marina fará na próxima semana, quando será realizada a COP9, na Alemanha. “O mundo sentirá falta de sua corajosa e eficiente participação”, reforçou.

Requião citou ainda, as boas marcas deixadas por Marina Silva na política ambiental do Paraná, como o fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama); a política estadual de recursos hídricos, as Conferências de Meio Ambiente e a criação das Unidades de Conservação Federais, para a preservação da biodiversidade.

“O Paraná lamenta a saída da amiga e companheira Marina Silva. Que isso não represente o atraso, que uma política ambiental consistente, contemporânea e preventiva não ceda espaço à voracidade do capital predatório”, finalizou o governador.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a saída de Marina Silva representa um verdadeiro desastre ambiental. “Dificilmente teremos tempo de corrigir as conseqüências que a saída de Marina trarão para o meio ambiente do Brasil e do mundo”, ressaltou Rasca.

A diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa disse que Marina representava uma fronteira de resistência e de avanços para o setor. “A saída dela é lamentável porque Marina representava uma fronteira a tudo que é realmente importante para a garantia da qualidade de vida das gerações futuras, em especial a proteção da água”, afirmou.

A coordenadora de Meio Ambiente da Copel, Marlene Zanin, afirmou que a saída da ministra Marina Silva é preocupante. “Marina Silva conseguiu colocar no governo federal o pensamento majoritário da sociedade a respeito das questões ambientais. Além disso, era uma grande parceria do Paraná. Agora se inicia um novo momento em que espero que haja continuidade da política que vinha sendo colocada em prática”, disse.

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (Iap), Vítor Hugo Burko, espera que a saída de Marina não aumente a tolerância a crimes ambientais. “O trabalho da ministra foi um marco na história da política ambiental do País, pois ela conseguiu mostrar para a sociedade a importância de preservar o meio ambiente. Espero que sua mudança não interfira na condução desta política e que, em nome do desenvolvimento, não sejam cometidos crimes ambientais oficiais e legalizados”, disse.

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Cheida garante reconhecimento da Assembléia Legislativa ao trabalho de Marina Silva

O deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, Luiz Eduardo Cheida (PMDB), garantiu no dia 14 de maio, o reconhecimento público dos deputados estaduais, por meio de requerimento, ao brilhante trabalho desenvolvido por Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente. “É uma demonstração de solidariedade e reconhecimento público a quem sempre trabalhou pelo Brasil. Mesmo aqueles que discordam dela concordam que o Brasil ficará menor politicamente com a sua saída do Ministério do Meio Ambiente”, afirmou Cheida.

Em seu pronunciamento, o deputado citou trechos da nota oficial divulgada pelo governador Roberto Requião e disse que a saída de Marina Silva representa a vitória do mercado. “Marina Silva sempre defendeu que a política ambiental também deveria ser social e que o progresso não deveria vir a qualquer custo”.

Ela fez da política ambiental do Paraná a sua política. Bateu de frente com o Ministério da Agricultura em relação aos transgênicos, ao plantio desordenado de cana-de-açúcar no Pantanal e ao Ministério das Minas de Energia, contra a instalação de hidrelétricas no Rio Madeira “, destacou Cheida”.

Para o deputado, Marina não foi forçada a pedir demissão por suas falhas e sim por suas qualidades. “Marino é um ícone. Sempre entendeu que o planeta é um só e o mundo, o seu país. Às vésperas da 9ªConferência das Partes sobre Biodiversidade (COP9) o Brasil está só”, disse.

Cheida contou que conhece Marina Silva há 20 anos, quando ambos eram vereadores pelo PT. “Eu em Londrina e ela em Rio Branco. Desde então, conheci sua debilidade física e tive a honra de conhecer a força do seu caráter. A sua demissão sangra a nossa esperança”, lamentou.

O presidente da Comissão de Ecologia da Assembléia do Paraná finalizou seu pronunciamento avaliando o comentário do presidente Lula durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS) de “que o Brasil está vendo que ele está fazendo do uma nova China”. Devemos alertar o presidente de que não queremos o crescimento a qualquer custo. Não queremos e não podemos pagar um alto preço, caso tentemos este caminho. Temos outras alternativas viáveis e o grande desafio hoje é crescer de maneira sustentável. Espero que o Brasil supere este momento”, finalizou.

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Paraná Biodiversidade lançou cartilha sobre a fauna para público infantil

O “Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Estado do Paraná”, publicação do projeto Paraná Biodiversidade, que relacionou 344 espécies em risco de desaparecer do território paranaense, foi adaptado para o público infantil. O resultado é a cartilha “Fauna do Paraná em Extinção”, mais de 10 mil exemplares, distribuídos às escolas públicas do Estado. Com linguagem acessível, fotos e ilustrações, a cartilha traz capítulos sobre mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, abelhas e borboletas.

PÚBLICO NFANTIL - O “Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Estado do Paraná”, publicação do projeto Paraná Biodiversidade, que relacionou 344 espécies em risco de desaparecer do território paranaense, foi adaptado para o público infantil. O resultado é a cartilha “Fauna do Paraná em Extinção”, que já teve mais de 10 mil exemplares, distribuídos às escolas públicas do Estado. O projeto Paraná Biodiversidade é coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e desenvolvido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Com linguagem acessível, fotos e ilustrações, a cartilha é dividida em sete capítulos: mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, abelhas e borboletas. Cada um deles informa as características, habitat, comportamento, hábitos alimentares, reprodução e as principais ameaças à espécie.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, explicou que a cartilha tem como objetivo conscientizar as crianças sobre a importância da fauna para o equilíbrio do ambiente natural. “Junto com a flora, há união de relações que mantém vários dos ecossistemas únicos, e, se há um desequilíbrio em um grupo da fauna, a percepção na flora é notável. Por isso a cartilha deseja mostrar o quanto da fauna ainda há para compreender e reservar”, disse.

AULAS – A cartilha traz informações sobre 121 espécies. No capítulo dedicado aos mamíferos, por exemplo, constam 28 animais. Segundo a coordenadora do projeto pelo Paraná Biodiversidade no IAP, Márcia de Guadalupe Pires Tossulino, a idéia é que o material seja utilizado em sala de aula, para que professores trabalhem a importância da preservação da fauna.

“A adaptação do Livro Vermelho contribui para que as informações sejam repassadas de forma clara e objetiva para o público infantil. As crianças precisam compreender a importância da fauna para todo o meio ambiente e ao perceber isso, elas se tornam guardiãs destas espécies”, concluiu Márcia.

Livro Vermelho – O Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Estado do Paraná teve sua primeira edição publicada em 1995, contendo informações sobre 167 espécies. Em 2004, uma nova versão mais completa, com 344 espécies, foi lançada pelo IAP.

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Paraná em Ação em Guaraqueçaba atende 80 pessoas na área de terras


O Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) é o mais novo parceiro do programa Paraná em Ação e sua primeira participação em Guaraqueçaba (litoral do Estado), onde 80 pessoas foram atendidas e orientadas sobre os serviços da entidade, sobretudo da importância da regularização fundiária de suas propriedades. Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, além da oportunidade de moradores dos mais distantes municípios entrarem em contato com o Instituto, o programa também colabora com a divulgação dos trabalhos do ITCG.

Rasca exemplificou que com esse programa chega nas localidades em que os serviços são necessários, especialmente porque muitos de seus moradores não têm condições de arcar com as despesas, tanto do deslocamento para resolver seu problema, como dos custos para os procedimentos de regularização fundiária”, exemplificou.

Identificar áreas - O presidente do Instituto, José Antônio Peres Gediel, explicou que o processo de regularização fundiária tem como objetivo identificar áreas de terras públicas ou de posse e detalhar sua ocupação por meio do cadastramento das famílias que ocupam estes imóveis. “O cadastramento é feito a partir de uma ação discriminatória, com a participação de técnicos do (ITCG) que, em entrevistas com as famílias atualizam dados como, por exemplo, há quanto tempo ocupa a área”, detalhou.

Neste processo, os moradores contam com toda a ajuda do governo. “Desde as medições realizadas por técnicos do Instituto até advogados para regulamentar todos os processos para que saiam as escrituras e a comprovação de que a terra tem dono”, concluiu o chefe de departamento de regularização fundiária, Roberto Gomes, que representa o ITCG no Paraná em Ação.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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