LIDERADO PELO MATO GROSSO, DESMATAMENTO VOLTA A SUBIR NA AMAZÔNIA, AFIRMA MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

21 de Maio de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Um novo estudo que será divulgado na próxima segunda-feira (26) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) constata que o desmatamento voltou a subir na Amazônia – liderado pelo estado de Mato Grosso, responsável por mais de 60% do desmatamento na região.

A informação foi dada hoje (21) pelo novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao participar da solenidade na qual apresentou a nova secretária do Ambiente do Rio, Marilene Ramos.

Minc antecipou que o estudo irá apontar a continuidade do aumento da derrubada de árvores na região.

“Segunda-feira agora o Inpe vai divulgar uma nova estatística de desmatamento de terra na Amazônia – aquele que detecta o desmatamento em tempo real – e serão dados ruins que indicam aumento do desmatamento e, para variar, mais de 60% ocorreu em qual estado, quem sabe? No Mato Grosso”, afirmou o ex-secretário do Ambiente do Rio.

Sobre a posição do governador do estado, Blairo Maggi, de que não cederá soldados da Polícia Militar para a Guarda Nacional Ambiental , Minc afirmou que as pessoas, principalmente as que ocupam cargos públicos, têm que assumir suas responsabilidades. A Guarda Nacional Ambiental, nos moldes da Força Nacional de Segurança, é uma das propostas de Minc apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira (19).

“O governador Blairo Maggi é um homem público e como tal tem que assumir responsabilidades. Eu não quero impor nada a ninguém, estou chegando agora, ainda nem tomei posse. Agora eu acho curiosa essa posição, porque o Blairo, na entrevista dele, até se disse favorável à idéia.”

O novo ministro do Meio Ambiente garantiu que a sua gestão adotará algumas estratégias para dialogar com o setor do agronegócio: uma delas será o zoneamento econômico ecológico.

“Nós estamos concluindo [este zoneamento] até o final do ano no Rio de Janeiro e vamos estendê-lo ao resto do país. Há pessoas do setor mais avançado do agronegócio que concordam com esse zoneamento. Ele estabelece regras claras: aqui pode, aqui não. E isto já é meio canal de diálogo com o setor.”

“Mas tem também um setor que é atrasadíssimo. Que está convertendo a Amazônia em pasto: primeiro tira a árvore, depois põem o gado e em seguida vão pondo a sua ‘sojinha’ por aqui e por ali”, criticou.

Para Carlos Minc desenvolver a pecuária extensiva na Amazônia não é opor a ecologia ao desenvolvimento, “é opor a tecnologia do futuro, da biogenética e da biotecnologia ao atraso e à regressão que é transformar a Amazônia em pasto".

"Então se você trata todo o setor como um só, você acaba jogando o avançado nos braços do setor atrasado. Nós vamos procurar dialogar com o setor avançado do agronegócio”, garantiu.

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Minc quer Forças Armadas na defesa de parques e reservas da Amazônia

18 de Maio de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, informou hoje (18), ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro, proveniente de Paris, que vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a participação das Forças Armadas na defesa dos parques nacionais e das reservas indígenas e extrativistas da Amazônia.

Minc será recebido amanhã, no Palácio do Planalto, pelo presidente Lula, quando vai ser formalizado o convite para assumir o Ministério do Meio Ambiente.

Ao admitir que considera a região o principal desafio de sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, Minc explicou que a intenção é “replicar” uma das medidas adotadas durante sua gestão à frente do meio ambiente no estado do Rio de Janeiro.

“Aqui no Rio nós criamos os guardas-parque. Ou seja, diante da insuficiência de fiscais, colocamos destacamentos do Corpo de Bombeiros em nossos parques e áreas de proteção ambiental. Então eu vou propor ao presidente que se crie destacamentos, ou que se aloque alguns regimentos das Forças Armadas para funcionar dentro dos grandes parques nacionais, tomando conta do entorno deles e também das reservas extrativistas, replicando, com as adequações necessárias, o que fizemos aqui no estado”, disse.

O secretário do Ambiente ressaltou, porém, que a sugestão ainda terá que ser negociada entre o presidente as Forças Armadas, “pois este é um papel que não me cabe, mas sim ao presidente, que é o comandante supremo das Forças Armadas. Regimentos podem vir a se integrar na defesa das unidades de conservação, das reservas extrativistas e dos seus entorno”.

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Minc garante que licenciamento ambiental será agilizado, mas com rigor

21 de Maio de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro indicado para assumir a pasta do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu hoje (21) que o novo presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, aceitou o cargo sabendo das condições determinadas pelo governo federal de acelerar o licenciamento ambiental no país.

“É claro que a orientação é essa. Ele sabe que o convite foi feito desta forma e aceito nestes termos e assim será feito: o licenciamento será agilizado, mas com todo o rigor necessário. Essa não é só uma orientação minha, mas também do presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]”, afirmou.

Na avaliação de Carlos Minc, o problema hoje é que há uma pilha enorme de licenças ambientais e 75% do tempo para a concessão é perdido com entraves burocráticos.

"Nós vamos tentar fazer com os estados o mesmo que fizemos com 31 prefeituras do município. Transferir para eles licenciamentos ambientais de pequeno é médio portes. O que significa apressar a regulamentação do artigo 23 da Constituição Federal que define exatamente as responsabilidades de cada um dos entes federativos no caso das concessões do licenciamento.”

Para Minc, a agilização no tempo de concessão de licenças ambientais em nada diminui ou aumenta a qualidade da licença concedida.

“Porque se você passa três quartos do tempo analisando papéis – se o solicitante tem propriedade, se tem alvará, se tem fotocópia da certidão do proprietário - e depois sobra apenas 25% do tempo para analisar a qualidade do projeto: se polui o rio ou acaba com o pulmão da população, há algo de errado no processo.”

“Você tem que ficar 10% do tempo analisando a burocracia e focar os outros 90% no que interessa, que é realmente o impacto do projeto (ou das suas implicações) na qualidade da água do rio ou no pulmão da população. Podemos fazer as duas coisas simultaneamente: sermos mais rápidos e ágeis e, ao mesmo tempo, termos mais qualidade e rigor na concessão da licença", garantiu.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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