GAÚCHOS DEBATEM DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

29/05/2008 - Agricultores familiares, quilombolas, pescadores, índios, representantes do poder público e de organizações não-governamentais do Rio Grande do Sul iniciaram nesta quinta-feira (29), em Santa Maria (RS), a discussão dos 178 pontos do documento-base da I Conferência Nacional de Desenvolvimento Sustentável e Solidário, que será realizada de 25 a 28 de junho em Olinda (PE). A Conferência Estadual reúne mais de 200 participantes. Nesta sexta-feira (30), na plenária de encerramento, serão apresentadas as sugestões e eleitos os 97 delegados para a Conferência Nacional, sendo 67 representantes da sociedade civil e 32 e órgãos públicos. A delegação também deve respeitar uma cota mínima de 30% de mulheres.

O texto, elaborado com base em encontros preparatórios realizados em todo o País entre o final de 2007 e o início de 2008, apresenta um diagnóstico do meio rural e propostas para seu desenvolvimento. No Rio Grande do Sul foram cinco encontros territoriais, com a participação de mais de mil pessoas.

Um dos participantes do Seminário, o agricultor Gilberto Kuntz, de Arroio do Tigre, defende que o campo precisa de educação. Aluno do curso de Técnico Agropecuário com ênfase em Agroecologia, no Instituto Educar, em Pontão, Kuntz aplica seus aprendizados no trabalho que realiza junto ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) em seu município. Ele acredita que mais agricultores devem ter acesso a oportunidades como esta. "Deveria ter mais investimentos em cursos como este, porque ensinam a gente dando condições de ficar na lavoura. Trabalha com a realidade do agricultor".

Educação no campo

Para Kuntz, esta demanda está contemplada no documento base, que apontou uma deficiência na educação do campo em relação à urbana, justamente por não estar voltada à vida rural. "As escolas do interior têm que trabalhar mais a agricultura", sugere.

A mesma preocupação tem o representante do poder público municipal da região do Alto Uruguai, Walmir Nougara. Delegado eleito na etapa preparatória, destaca a educação como prioritária para alavancar o desenvolvimento de sua região. "Também temos que ter mais recursos para habitação e investimentos na produção do pequeno agricultor", complementa.

O envolvimento dos participantes desde as etapas preparatórias tem sido intenso. "É muito importante reunir todas estas pessoas ligadas à agricultura familiar no Rio Grande do Sul para debater desenvolvimento sustentável na área rural. Tudo isto servirá de base para políticas públicas", afirma Rubem Wiest, articulador territorial estadual do MDA. Ele lembra que mais de 80% dos municípios do País tem uma influência forte do campo.

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Regularização ambiental de assentamentos em AL

29/05/2008 - O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e o Incra/AL firmaram ontem, em Maceió (AL) convênio que vai possibilitar a regularização ambiental dos assentamentos da reforma agrária em Alagoas. “Se tudo der certo, já estaremos em campo na próxima quarta-feira”, anunciou o presidente do IMA, Adriano Araújo.

O convênio atende a Resolução 387 do Conselho Nacional do Meio-Ambiente (Conama), que define critérios a serem cumpridos pelos assentamentos da reforma agrária em relação ao meio-ambiente. Ele estabelece que, até novembro, os 140 assentamentos do Incra em Alagoas terão a Licença de Instalação e Operação (LIO) regularizada. “Até julho serão liberados 40% das LIOs”, afirmou o superintendente do Incra/AL, Gilberto Coutinho A emissão da licença é uma das principais exigências da resolução do Conama.

O convênio prevê o desembolso de R$ 380 mil pelo Incra, com uma contrapartida de R$ 42 mil do IMA. Ao todo, 30 técnicos do IMA irão trabalhar no convênio, com o apoio de oito servidores do Núcleo Ambiental do Incra, que serão responsáveis por fornecer os dados dos assentamentos. “Teremos cinco equipes para realizar as vistorias, outras cinco para realizar a segunda vistoria, uma espécie de pente fino, e a equipe final que analisará a questão sócio-econômica”, explicou o procurador do IMA, Antônio de Pádua.
O engenheiro agrônomo Eduardo Medeiros, técnico da área ambiental do Incra, destaca a importância do acordo com IMA. “Isso vai nos ajudar para cumprir os condicionamentos no tocante à regularização do passivo ambiental nas áreas que tiverem esse problema”. Nos casos de assentamentos em áreas que incluem unidades federais de conservação, ou no limite com as mesmas, o Ibama será acionado.

A regularização vai possibilitar a liberação de cerca de R$ 90 milhões em recursos federais para Alagoas. O coordenador estadual do movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Valdemir Agustinho, destacou que a solução dos licenciamentos é fundamental para o desenvolvimento dos assentamentos.

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Acordo agiliza licenciamento ambiental no Pará

29/05/2008 - As superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Pará (Incra/PA) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para efetivar o licenciamento ambiental dos projetos de assentamento no estado. Em até 30 dias, as superintendências devem apresentar à Sema planos de ação contendo cronograma com prazos e metas para o licenciamento dos assentamentos, incluindo a previsão orçamentária para a execução dessas ações.

O Incra/PA também deve apresentar, em até um ano, outros planos de ação para a prevenção e recuperação ambiental dos assentamentos. As medidas contidas nesses planos devem estar associadas à assistência técnica e ao financiamento público.

O TAC tem vigência de cinco anos. Ele define que a elaboração de estudos e a implementação de ações para a recuperação do passivo ambiental dos assentamentos poderão ser realizados através de convênios interinstitucionais ou entidades afins. É o caso dos projetos de recuperação ambiental que a Superintendência Regional do Incra em Belém desenvolve no Nordeste paraense através de convênio com o Instituto de Desenvolvimento e Assistência Técnica da Amazônia (Idatam).

Em contrapartida, a Sema vai dar prioridade à análise e concessão da licença ambiental dos projetos de assentamento. A prioridade será estendida à análise dos custos relativos ao licenciamento ambiental, visando a redução e a inclusão das despesas no orçamento do Incra.

Para operacionalizar os compromissos assumidos, o TAC prevê a capacitação de técnicos do Incra/PA e da Sema, além dos beneficiários da reforma agrária. O objetivo é desenvolver um processo de gestão ambiental integrada e o desenvolvimento sustentável dos assentamentos. Outra medida a ser adotada é a integração e atualização das bases de dados ambientais e cartográficas.

Grupo de trabalho

No início de junho, técnicos do Incra/PA e da Sema formarão um grupo de trabalho para definir procedimentos e rotinas a serem adotadas nos processos de licenciamento ambiental, principalmente no que diz respeito à implantação de infra-estrutura mínima essencial às famílias assentadas, como estradas, habitação, abastecimento de água e energia elétrica.

A assinatura do TAC foi realizada na sede da Sema, em Belém, com as presenças dos superintendentes do Incra de Belém, Elielson Silva; de Marabá, Raimundo Oliveira, e de Santarém, Luciano Brunet, e do secretário de Meio Ambiente, Valmir Ortega.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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