IBAMA PLANEJA MAIS DE 100 OPERAÇÕES PARA COMBATER DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

9 de Junho de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - Para combater o aumento do desmatamento na Amazônia na época da seca, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) pretende realizar, entre junho e julho deste ano, mais de 100 operações em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Exército Brasileiro, o Instituto Chico Mendes, a Fundação Nacional do Índio (Funai), e os orgãos estaduais de meio ambiente.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, como a falta de chuvas facilita a retirada de madeira da floresta, o Ibama já faz um planejamento específico para a época de seca da Amazônia, que se estende de maio até setembro.

Montiel disse que as operações serão orientadas pelas imagens de satélite do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), visando áreas onde aconteceu desmantamento nos últimos 15 dias.

Além das ações para impedir a derrubada de árvores, o Ibama pretende autuar estabelecimentos que comercializam a madeira retirada ilegalmente. “Associado a essa ida a campo para combater o desmatamento na origem, nós vinculamos essa área às madeireiras e serrarias que estão recebendo madeira que vem da floresta”, acrescentou Montiel.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama ressaltou ainda que as ações de combate ao desmantamento estão associadas a medidas que gerem alternativas de renda às populações.

“Associado às operações Arco de Fogo e Guardiões da Amazônia está a operação Arco Verde que inclui um conjunto de medidas de fomento ao desenvolvimento sustentável da região, ao ordenamento territorial e a ações emergenciais de caráter social”, explicou.
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Greenpeace lança campanha contra projeto de lei sobre a Amazônia

9 de Junho de 2008 - Cristiane Santos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A organização não-governamental Greenpeace lançou uma campanha pela internet em protesto ao Projeto de Lei nº 6424/2005, do senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA). Para o Greenpeace, o projeto estimula a degradação ambiental e autoriza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas da Amazônia. A organização pretende colher assinaturas para contestar o projeto e, para isso, lançou o portal Meia Amazônia, não.

O diretor de políticas públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão, diz que o projeto beneficia os grandes ruralistas, comerciantes e industriais. "A intenção da bancada ruralista é liberar metade da Amazônia para ser inteiramente destruída e ser plantada com biocombustível, isto é, vender palmas e outras espécies que vão ser combustíveis para os carros do mundo inteiro rodar."

Para o Greenpeace, o Brasil já desmatou na Amazônia área suficiente para a produção agrícola e de biocombustivel. "O agronegócio não se contenta com aquilo que foi dado. Eles acabam de receber R$ 75 milhões de recursos do governo e perdão de suas dívidas que nunca foram pagas e nunca se comprometeu em dar como resposta, para a população brasileira, um compromisso sério com a questão ambiental.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA), autor do projeto, diz que há equívocos na interpretação do projeto que não prevê o corte de 50% da floresta, mas a recuperação de áreas já alteradas, com a plantação de espécies nativas ou exóticas e que isso não mexe na área de reserva ambiental.

"O meu projeto não permite o plantio de soja, cana, grãos, não permite pecuária nas áreas alteradas a não ser nos 20% permitido hoje. Então não muda em nada o Código Florestal com relação a reserva ambiental", finaliza.

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Governo é contra projeto que reduz reserva legal de florestas na Amazônia, diz Minc

5 de Junho de 2008 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (5) que o governo é contra o projeto de lei que reduz de 80% para 50% a área de reserva legal de florestas na Amazônia. O projeto está sendo analisado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

"Como ministro, eu procuraria os presidentes da Câmara e do Senado para mostrar a inviabilidade, a insustentabilidade desse projeto que pretende reduzir a reserva legal da Amazônia de 80% para 50% e a área desmatada de 20% para 50% ", afirmou o ministro.

Ele disse ainda que vai procurar a Frente Parlamentar Ambientalista para mostrar que o governo é contrário a aprovação do projeto. Minc também disse que já conversou com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que também demonstrou ser contra a proposta.

Minc participou hoje na Câmara de comissão geral para discutir projetos ligados ao meio ambiente e a Amazônia.

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Fundo internacional para preservar Amazônia deve sair em 30 dias

5 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A criação do Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia, que vinha sendo anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, foi adiada por pelo menos mais 30 dias.

O governo decidiu criar um grupo de trabalho interministerial para acertar os detalhes tributários do fundo antes de lançar oficialmente o mecanismo. “O grupo vai afunilar as normas”, justificou Minc.

A idéia do fundo, anunciada em dezembro do ano passado, é da equipe da ex-ministra Marina Silva. O objetivo é captar contribuições voluntárias para investir na redução de desmatamento da Amazônia. Segundo Minc, em um ano, a expectativa é reunir US$ 1 bilhão. Por enquanto, o governo conta com uma doação de R$ 100 milhões da Noruega, que deve ser oficializada em setembro.

De acordo com o ministro, ao contrário de outros mecanismos de colaboração internacional para preservação ambiental, os doadores estrangeiros não terão ingerência sobre a destinação e execução dos recursos arrecadados. “Quem executa é o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e o conselho, que vai ser aprumado nesses 30 dias, a pedido do presidente, e será constituído por membros do governo brasileiro, de governos da Amazônia e da comunidade científica”, detalhou.

Segundo o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, um dos responsáveis pela elaboração do fundo, o grupo de trabalho vai reunir os ministérios do Meio Ambiente, da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Casa Civil.

“Quando você cria um fundo como esse, surgem potenciais implicações tributárias. Por exemplo, é preciso criar um mecanismo para que as doações não sejam tributadas. Além disso, é necessário definir detalhes fiscais, se vai ser orçamentário ou não-orçamentário”, apontou Azevedo.

Para representantes da sociedade civil, o próximo passo é discutir quem serão os beneficiários dos recursos.

“Precisamos agora discutir os critérios de quem deve receber esses recursos, com base em que atividades e para fazer o quê. Segundo os anúncios anteriores que vinham sendo feitos, a gente entende que deverão ser apoiadas as atividades que já demonstraram uma redução do desmatamento”, apontou o coordenador de áreas protegidas da organização não-governamental (ONG) WWF Brasil, Cláudio Maretti.

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Coordenador do Greenpeace se preocupa com o projeto de lei do senador Flexa Ribeiro

5 de Junho de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - No Dia Mundial do Meio Ambiente, o coordenador de Campanha de Florestas do Greenpeace, Marcio Astrini, criticou o projeto de Lei 6.425, de 2005, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que permite a derrubada de 50% da vegetação nativa de propriedades privadas na Amazônia.

“Na minha opinião essa proposta é absurda, principalmente quando o mundo enxerga a Amazônia como um santuário a ser preservado. Ao meu ver o Congresso dá um sinal claro de que não tem nenhuma preocupação com a preservação da floresta”, alegou Astrini.

O ambientalista mostrou preocupação também com a Medida Provisória 422, de 2008, que aumenta de 500 para 1.500 hectares, o limite de terras passível de regularização fundiária sem licitação pública. Mas demonstrou confiança na declaração, feita pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se compromete a realizar o veto do projeto de conversão da MP, caso ele venha a ser aprovado pelo Congresso Nacional.

“A gente espera que isso seja verdade, e se isso acontecer é uma sinalização muito boa do governo federal de preocupação com o combate ao desmatamento”, afirmou Astrini, em entrevista hoje (5) ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional. O ambientalista disse que, infelizmente não tem motivos para comemorar a data de hoje (Dia Mundial do Meio Ambiente), devido os últimos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que revelaram a tendência de aumento no desmatamento da floresta Amazônica.

Na opinião do coordenador do Greepeace, deveria existir um plano nacional de combate ao desmatamento, pois 80% da devastação da floresta é ilegal e as conseqüências são prejudiciais ao meio ambiente e ao desenvolvimento do país.

“O Brasil não tem projeto, que vise desestimular ou combater o desmatamento. As chuvas da Amazônia são essencias para a geração de energia, essenciais para agricultura e pecuária, que são os carros-chefes da nossa economia. Cada vez que a gente desmata uma árvore da Amazônia, a gente perde essa incrível vantagem competitiva que o Brasil tem no setor agropecuário, e de grande produtor de alimentos para o mundo”, afirmou Astrini.

O ambientalista parabenizou o presidente Lula pela assinatura do decreto, que cria três novas unidades de conservação ambiental na Amazônia Legal e também pela mensagem, que será encaminhada ao Congresso, de projeto de lei que institui a Política Nacional sobre Mudanças do Clima.

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Ministério vai realizar ação conjunta contra crimes ambientais

8 de Junho de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Ministério do Meio Ambiente vai realizar seminários com a Justiça dos estados da Amazônia para acelerar a produção de provas e o acompanhamento dos inquéritos de crimes ambientais. O objetivo, segundo revelou hoje (8) no Rio de Janeiro o ministro Carlos Minc, é permitir que, além das apreensões, haja a responsabilização daqueles que degradam o meio ambiente na região.

Amanhã (9) pela manhã, Minc participará de reunião ministerial, quando explica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o custo das operações definidas por sua pasta para ampliar a defesa da Amazônia. Ele informou que o custo é pequeno, “face à questão nacional e internacional de impedir a destruição da Amazônia”.

Minc adiantou, porém, que a operação será centrada em alguns casos exemplares. Ele lembrou que no último dia 5, o presidente indicou a necessidade de “pegar casos exemplares, autuar e botar na prisão, de tal forma que não se tenha genéricas acusações”, disse.

O ministro acredita que mais de 70% a 80% dos produtores que se encontram na Amazônia querem se legalizar. “E nós vamos dar margem a isso”. Ele disse que a meta não é tratar genericamente a soja, a pecuária ou a madeira, por exemplo. “Nós vamos distinguir em cada caso quem está na linha, quem quer estar na legalidade. Vamos separar o joio da soja”, afirma.

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Madeireira multada pelo Ibama tem 20 dias para recorrer

6 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A madeireira Gethal Amazonas S.A., do sueco Johan Eliasch, multada em R$ 381 milhões pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terá 20 dias para apresentar defesa e recorrer da multa. De acordo com o chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama, Adilson Cordeiro, a notificação foi enviada hoje (6) à empresa.

O valor da multa, segundo Cordeiro, levou em conta a quantidade de madeira extraída e comercializada ilegalmente – 699.809 metros cúbicos. “É uma quantidade equivalente a 230 mil árvores da Amazônia. A maior parte da madeira foi destinada à exportação”, disse.

O Ibama também determinou embargo federal nas áreas do plano de manejo da empresa estrangeira. “Não fazemos distinção entre empresas estrangeiras e nacionais. As providências são adotadas de acordo com a legislação”, afirmou Cordeiro.

A regularidade das propriedades do empresário sueco também serão alvo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que estuda pedir o cancelamento de registros de terras supostamente adquiridas por Eliasch, na Amazônia.

De acordo com o agente do Ibama, se a empresa quitar o débito no prazo de 20 dias, terá desconto de 30% sobre o valor total.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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