MINC QUER ESTENDER RESTRIÇÃO DE CRÉDITO AGRÍCOLA A OUTROS BIOMAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

4 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fala durante a cerimônia de posse do novo presidente do Ibama, Roberto Messias Franco (D), e da secretária executiva do ministério, Isabela Teixeira
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (4) que pretende negociar com o Conselho Monetário Nacional (CMN) a extensão da restrição de crédito para financiamento agrícola de propriedades irregulares para os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Para os municípios do bioma amazônico, a resolução do CMN entra em vigor a partir de 1° de julho.

“Não é admissível que quem desmatou o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal receba crédito fácil do governo. Brevemente vou propôr ao CMN resoluções equivalentes para os outros biomas. A Amazônia foi o primeiro por razões práticas”, afirmou durante discurso em evento de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco.

O ministro afirmou que pretende fortalecer ações para “separar quem trabalha na legalidade e quem terá que responder à Polícia Federal e à Lei de Crimes Ambientais”, ao anunciar que a partir do próximo dia 15, os fiscais do Ibama vão exigir de siderúrgicas, madeireiras e frigoríficos informações sobre os fornecedores para garantir a criminalização da cadeia produtiva e punir quem utiliza matéria-prima obtida com exploração ilegal da floresta.

Minc também deu posse à nova secretária-executiva do ministério, Izabella Teixeira, e anunciou que a escolha do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pela gestão de unidades de conservação, será feita por um “comitê de busca formado por cinco autoridades nacionais da ciência”. O grupo deverá elaborar uma lista quíntupla e analisar o plano de trabalho dos indicados antes de definir o novo titular do órgão.

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Zoneamento econômico-ecológico da Amazônia deve ser concluído em 2009, diz Minc

10 de Junho de 2008 - Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (10) que o zoneamento econômico e ecológico da Amazônia deve ser concluído em 2009. De acordo com Minc, os estados do Acre e de Rondônia já concluíram os seus zoneamentos. Maranhão, Mato-Grosso e Pará estão na fase final.

"Ter o zoneamento concluído é um bom canal de negociação com o agronegócio, que quer regras claras e definidas: o que pode, onde pode e como pode”, afirmou o ministro na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para Minc, a Amazônia não é um lugar apropriado para a produção de cana-de-açúcar para o etanol, em razão de estar longe dos grandes centros e não ter solo adequado.

Questionado sobre a formação da Guarda Nacional Ambiental, o ministro disse que já há disponibilidade de 500 homens, cedidos pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.

Entretanto, Minc afirmou que só depois de uma nova reunião com Tarso é que serão definidas a data em que a guarda deve começar a atuar e a sua composição.

“A idéia é ter um núcleo concursado para trabalhar junto com batalhões florestais de cada estado”, disse.

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Zoneamento deve restringir plantio de cana-de-açúcar em áreas amazônicas, diz ministro

16 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr - Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante reunião com técnicos do ministério sobre o zoneamento agrícola da cana-de-açúcar
Brasília - O bioma amazônico deverá ser uma das áreas de restrição total para expansão da cana-de-açúcar, que serão definidas pelo zoneamento agroecológico da cultura. A informação foi dada hoje (16) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que anunciou para 31 de julho a apresentação do mapeamento.

“Como princípio inicial, a Amazônia está fora”, afirmou Stephanes, após participar de reunião para discutir o zoneamento. No entanto, disse ele, o acordo final sobre a possibilidade de utilização de áreas de floresta para plantio de cana-de-açúcar será “uma decisão de governo”, e não só do ministério.

O zoneamento agroecológico definirá em que áreas a cana-de-açúcar poderá ser produzida. O mapa valerá apenas para expansão da cultura, sem afetar os atuais produtores.

O Ministério da Agricultura já concluiu o mapeamento das áreas aptas a produzir cana-de-açúcar, o das áreas proibidas, como unidades de conservação e reservas indígenas, e o das áreas degradas e de pastagem, que, de acordo com Stephanes, serão utilizadas preferencialmente. Somente na Região Centro-Oeste, foram identificadas mais de 50 milhões de hectares de áreas aptas.

“Falta definir os critérios para estabelecer outras áreas de restrição. Por exemplo, se o bioma amazônico será todo ou não-todo [restrito], definir eventuais exceções”, afirmou.

Atualmente, a produção de cana-de-açúcar no bioma amazônico (que não inclui estados como Mato Grosso e Maranhão, que fazem parte da Amazônia Legal) está restrita a poucos núcleos – cerca de cinco – segundo Stephanes, entre eles áreas de usinas já desativadas no Amazonas e no Acre.

O ministro ressaltou que outras culturas poderão ser substituídas pela da cana-de-açúcar “se o planejamento envolver essa necessidade”. “Em principio, não se deseja a substituição de cultura. Mas se você tem uma usina com uma área de pastagem ao lado, e logo em seguida, uma de [outra] cultura e novamente uma de pastagem, não se poderá ‘pular’ a área de cultura [diferente da cana].”

Após a apresentação em julho, o zoneamento da cana-de-açúcar “vai ser entregue ao governo, que vai tomar decisões de governo”, afirmou Stephanes. Depois de finalizada pelo Executivo, a proposta deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional.

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Minc evita polemizar sobre indicação de Kátia Abreu para relatar orçamento do Meio Ambiente

11 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, evitou polemizar sobre a indicação da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) para a relatoria de Integração Nacional e Meio Ambiente no Orçamento de 2009. Parlamentares da Frente Ambientalista argumentam que a senadora é ligada a interesses do agronegócio.

Minc disse que pretende ter uma “conversa institucional” com a senadora, mas não acredita que o orçamento da área ambiental venha a ser prejudicado pela escolha da relatora.

“Não vejo esse problema. Ontem, eu recebi a visita do senador Delcídio Amaral, que vai ser o relator geral do Orçamento. Ele nos disse que o orçamento do meio ambiente estará garantido. E o que vai a voto é o relatório dele”, ponderou o ministro, hoje (11), após participar de reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro.

A Frente Parlamentar Ambientalista está recolhendo assinaturas para encaminhar um abaixo-assinado pedindo ao DEM, partido ao qual cabe a indicação para a relatoria em questão, a substituição de Kátia Abreu, de acordo com a assessoria do deputado Sarney Filho (PV-MA), presidente da Frente. O documento deve ser entregue ainda hoje ao presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e ao líder do partido no Senado, José Agripino Maia (RN).

Kátia Abreu é autora de um projeto que retira poderes do Executivo referentes ao monitoramento e ao controle do desmatamento em terras na Amazônia. A proposta deve ser analisada esta semana pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.

Minc afirmou que, apesar de possíveis divergências, não acredita que qualquer pessoa seja contra a preservação de parques, dos recursos hídricos e da qualidade do ar. “Não vejo hoje em dia, independente de uma divergência aqui, outra ali, que alguém vá suprimir, deletar recursos do Meio Ambiente. Vou conversar com a senadora Kátia, e tenho certeza que teremos um diálogo”, disse o ministro.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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