AQUECIMENTO GLOBAL JÁ CRIOU “REFUGIADOS DO CLIMA”, APONTA REPRESENTANTE DA ONU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

24 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As mudanças climáticas estão forçando pessoas ao redor do mundo a deixar suas comunidades e até mesmo seus países por causa do aumento da frequência de enchentes, secas e epidemias, de acordo com o presidente da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, Srgjan Kerim. As informações são da agência de notícias da ONU, UNNews.

“O problema dos refugiados do clima não é mais apenas um conceito, é um fato”, apontou Kerim hoje (24) durante o 1º encontro anual do Fórum Humanitário Global, em Genova (Suíça).

Kerim afirmou que o impacto do aquecimento global já é tão intenso que está alterando a vida das populações mais vulneráveis do planeta e defendeu uma aliança global para elaborar soluções para os problemas causados pelas mudanças climáticas.

“Cada nação, cada cidade, cada comunidade e indivíduo tem um papel”, afirmou. Kerim argumentou que as mudanças climáticas afetam quase todos os aspectos da atividade humana, incluindo meio ambiente, saúde, migração, energia, governança, segurança e desenvolvimento econômico.

Ainda durante sua apresentação no fórum, Kerim destacou o trabalho dos 192 países-membros da Assembléia Geral da ONU em relação às mudanças climáticas este ano, inclusive o debate realizado no início do mês entre representantes de países e instituições financeiras sobre como investimentos privados podem contribuir para enfrentar o problema.

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Congresso aprova recomendações para evitar impactos do aquecimento global

18 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas do Congresso aprovou hoje (18) o relatório final com 51 recomendações gerais para conter os efeitos do aquecimento global. Entre elas, estão sugestões de financiamento de tecnologias limpas, mudanças na matriz energética e adoção de hábitos de consumo consciente.

O texto, aprovado por unanimidade, sugere a criação de um fundo mundial ambiental com recursos de impostos sobre o comércio internacional para financiar projetos ambientais e iniciativas sustentáveis nos países em desenvolvimento. Outra proposta é elevar a Tarifa Externa Comum (TEC) para alimentar um fundo semelhante no âmbito do Mercosul.

“É preciso ter uma fonte de recursos para financiar serviços ambientais. A idéia do fundo mundial é utilizar um percentual pequeno sobre as importações dos países para esse fim. Vamos levar a idéia ao Itamaraty [representante do governo em negociações globais sobre o clima] para que o Brasil discuta a proposta nos fóruns internacionais ”, argumenta o senador Renato Casagrande (PSB-ES), autor do relatório aprovado hoje.

O relatório também trata da adoção de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e defende que o Brasil estipule compromissos setoriais voluntários de controle de emissões como base para a estruturação de um mercado doméstico de créditos de carbono. No atual regime global de mudanças climáticas, regulamentado pelo Protocolo de Quioto, apenas os países ricos têm metas obrigatórias de redução de emissões. "O Brasil também precisa assumir compromissos internacionais em relação ao combate ao desmatamento na Amazônia", acresenta Casagrande.

Os parlamentares também querem incluir a discussão sobre mudanças climáticas “nas estratégias de desenvolvimento para o país”, como os Planos Plurianuais, os zoneamentos ecológico-econômicos e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Licenciamentos ambientais de empreendimentos com “horizonte de projeto superior a 25 anos” também deverão estar sujeitos a critérios que considerem o possível impacto das obras para o aquecimento do planeta, de acordo com o relatório.

Programas que desestimulem o uso individual de veículos automotivos e incentivem o uso do transporte público e políticas de estímulo à construção de edificações e equipamentos de infra-estrutura urbana com adoção de práticas sustentáveis também estão entre as recomendações do relatório.

As recomendações serão encaminhadas a representastes dos governos federal, estaduais e municipais e deverão orientar a atividade legislativa em relação ao tema. O trabalho da comissão mista deve ser prorrogado por mais seis meses.

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Governo marroquino demonstra interesse na produção de etanol

24 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra da Energia, das Minas, da Água e do Meio Ambiente do Marrocos, Amina Benkhadra, demonstrou hoje (24), durante encontro com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, interesse do governo de seu país na produção de etanol, apesar de ser produtor de petróleo. Amina pediu a cooperação do Brasil, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para estudar que plantas seriam mais adequadas para a produção de etanol em Marrocos.

Na ocasião, Amorim convidou Amina para participar de uma conferência ministerial que o Brasil está organizando para novembro, em São Paulo, justamente para tratar do etanol brasileiro. O objetivo é esclarecer dúvidas da comunidade internacional sobre a viabilidade da produção brasileira desse biocombustível.

O chanceler aproveitou o encontro com a ministra na capital marroquina, Rabat, para explicar detalhes do programa brasileiro de etanol e a convidou para fazer uma visita ao do Brasil.

Amina Benkhadra demonstrou também interesse em firmar acordo de cooperação com a Petrobras para exploração de petróleo offshore (explorado em águas profundas, de onde vem cerca de 80% da produção brasileira) no Marrocos e no aprofundamento da cooperação com a estatal para produção de xisto betuminoso. Atualmente, o Brasil é o maior produtor desse mineral.

Celso Amorim está desde domingo em viagem por países africanos. Amanhã (25), o ministro deve assinar oito acordos com o governo marroquino, nas áreas de meio ambiente, saúde, cooperação agrícola e inspeção animal.

Também hoje ele se reuniu com o primeiro-ministro de Marrocos, Abbas El Fassi, e com o ministro da Economia e das Finanças, Salahedinne Mezouar, que demonstrou interesse no modelo do Bolsa Família e levantou a necessidade de se aprofundar o acordo de preferência tarifária que Marrocos tem com o Mercosul.

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Petrobras vai recuperar segunda maior área com danos ambientais no Rio de Janeiro

20 de Junho de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Petrobras e a Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro assinaram convênio hoje (20) com objetivo de resolver os problemas do segundo maior passivo ambiental do estado: o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (Centres), em Queimados, município da Baixada Fluminense.

O Centres só fica atrás do passivo ambiental da Ingá Mercantil, em Itaguaí, na região da Baía de Sepetiba, contaminada com metais pesados originários de uma falida fábrica de zinco metálico.

O passivo ambiental é formado por danos causados ao meio ambiente e que possam representar riscos à saúde humana, a partir da contaminação por metais e produtos químicos. Uma empresa tem passivo ambiental quando agride, de algum modo, o meio ambiente e não dispõe de nenhum projeto para sua recuperação.

Segundo a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, no local – uma área de 72 mil metros quadrados, em Queimados - estão armazenados cerca de 29 mil metros cúbicos de resíduos tóxicos, como cádmio, ascarel e cianeto, entre outros produtos tóxicos. O material está em valas e em galões enterrados no solo.

O acordo firmada com a Secretaria do Ambiente é o resultado de um trabalho iniciado pela Petrobras em 2002, quando foi feita a primeira descontaminação do solo da região.

A secretária falou sobre a importância do convênio. “É o primeiro passo para que se possa resolver o segundo maior passivo ambiental do estado. É um convênio no qual a Petrobras vai investir mais de 20 milhões de reais, contando com toda a assistência técnica da Fundação Estadual do Meio Ambiente.”

O processo de transferência dos resíduos será feito por empresa terceirizada. A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feema) vai acompanhar e fiscalizar o processo de retirada e de destinação final desses resíduos, que serão levados para um local devidamente licenciado, evitando impactos ao meio ambiente.

Marilene disse que o governo estadual pretende acabar com todos os passivos existentes no Rio. “O nosso objetivo é solucionar todos os passivos ambientais do estado: o primeiro e mais grave passivo ambiental é o terreno da Ingá Mercantil. A área, que está em processo de descontaminação, será leiloada no próximo dia 27 de junho”, disse a secretária.

A solenidade contou também com as presenças do ministro do Meio do Meio Ambiente, Carlos Minc, do presidente da Feema, Axel Grael, e do gerente-executivo de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Petrobras, Ricardo Azevedo.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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