GOVERNADOR DE RONDÔNIA DEFENDE CRIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

19 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./Abr - Brasília - O governador de Rondônia, Ivo Cassol, fala sobre desmatamento no estado, em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados
Brasília - O governador de Rondônia, Ivo Cassol, defendeu hoje (19), em audiência pública na Câmara, a criação da Contribuição Social Sustentável, um imposto para financiar a preservação da Amazônia, nos moldes da Contribuição Social para a Saúde (CSS), em tramitação no Congresso Nacional.

“Precisamos de ajuda sim, mas não só de garganta, disso eu já estou cheio. Precisamos de recursos, de dinheiro para investir na Amazônia”, cobrou.

Cassol criticou quem, segundo ele, defende a Amazônia “de dentro de uma sala com ar-condicionado em Brasília” e não conhece de perto a realidade de quem vive na região. “Às vezes parece que os bichos e as árvores são mais importantes que as pessoas”, comparou.

O governador também reclamou da gestão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e da falta de articulação entre órgãos federais e estaduais de meio ambiente. “É preciso cobrar também das multinacionais, dos bacaninhas americanos que reclamam dos desmatamento, mas continuam comprando nossas matérias-primas.”

Ao se dirigir ao governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que também participa da audiência, Cassol disse que os dois “são parceiros de pancada e porrada”, em referência às criticas que vêm recebendo pelos altos índices de desmatamento em seus estados.

Ivo Cassol, que foi madeireiro até 1995, disse que deixou o setor por causa de pressões. O governador argumentou que os madeireiros querem derrubar “árvores maduras” que, segundo ele, “depois de muitos anos, começam a fazer fotossíntese ao contrário, deixam de absorver e passam a liberar gás carbônico”.

A audiência pública prossegue na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. Neste momento, os governadores ouvem perguntas dos deputados.

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Minc descarta criação de imposto para financiar a preservação da Amazônia

20 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, descartou hoje (20) a idéia de se criar um imposto nos moldes da Contribuição Social para a Saúde (CSS) para aumentar os recursos destinados à preservação da Amazônia. A proposta foi apresentada ontem (19) pelo governador de Rondônia, Ivo Cassol, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo Minc, o ideal é que os estados e a União trabalhem juntos, inclusive, com a utilização de batalhões e bombeiros florestais para coibir os danos ao meio ambiente.

“Acho sim que poderíamos usar fundos como o Fundo Amazônia, que vai arrecadar US$ 900 milhões. Desse fundo, sairiam recursos para os estados melhorarem a preservação e não mais novos impostos, porque ninguém agüenta”.

De acordo com o ministro, o fundo será criado daqui a um mês e contará com dinheiro doado por outros países. A Noruega já garantiu a liberação de US$ 100 milhões, informou Carlos Minc.

O ministro participou hoje da divulgação dos dados do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) 2008, na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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Áreas de florestas públicas chegam a 25% do território nacional

20 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal JR/Abr - Brasília - O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, fala sobre o Cadastro Nacional de Florestas Públicas. Segundo o cadastro, o Brasil tem 211 milhões de hectares de florestas, dos quais 185 milhões são florestas protegidas em unidades de conservação federais e terras indígenas
Brasília - Duzentos e onze milhões de hectares, ou 25% do território nacional, é o tamanho do total de florestas públicas cadastradas no Brasil, em 2008. O dado foi divulgado hoje (20) pelo Sistema Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e representa um crescimento de 11,26% em relação ao ano passado, quando foram catalogados 194 milhões de hectares.

Do total de áreas pertencentes ao Cadastro Nacional de Florestas Públicas, 185 milhões de hectares são florestas protegidas em Unidades de Conservação Federal e terras indígenas. Outros 25 milhões de hectares são florestas localizadas em terras sem destinação, ou seja, em áreas que não tiveram nenhuma destinação pública ou privada estabelecida legalmente. A idéia do governo é que todas as áreas de florestas públicas estejam inseridas em planos de conservação.

A maior parte das florestas públicas, cerca de 94%, está na Região Norte. Isso porque, apesar de a Lei de Gestão de Florestas ter sido sancionada em 2006 e obrigado os estados a fazer o cadastro, até o momento, apenas Amapá, Amazonas, Pará e Acre catalogaram suas florestas públicas.

Segundo o diretor-geral do Sistema Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, o principal benefício para que os estados cadastrem suas florestas que estão em áreas públicas é o fato de que elas serão permanentes. Com isso, não podem ser desmatadas e só poderão ser exploradas seguindo cronogramas de manejo florestal.

“É do interesse do estado cadastrar suas florestas públicas, porque essa é a única forma de garantir que as florestas pertencem ao estado e só poderão fazer uso dessas áreas se estiverem cadastradas”, explicou Azevedo.

Segundo ele, a meta é que até 2010 todas as áreas de florestas públicas, estimadas 300 milhões de hectares, estejam cadastradas. Azevedo afirma que a principal dificuldade é encontrar a documentação das áreas. “Precisamos encontrar a documentação das áreas públicas federais e estaduais, porque é com base nelas que vamos fazer o cruzamento de informações das florestas”, afirmou.

Das áreas que ainda não estão protegidas em Unidades de Conservação, o Amazonas detém a maior parte, com 13,6 milhões de hectares, seguido do Pará (5,9 milhões de hectares) e de Roraima (4,7 milhões de hectares).

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Minc quer usar exemplo do Rio para reduzir passivo ambiental em todo o país

20 de Junho de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou hoje (20), no Rio, que pretende usar a experiência adquirida quando esteve à frente da Secretaria do Ambiente do estado do Rio de Janeiro para reduzir o passivo ambiental - áreas degradadas ou poluídas - hoje existente em todo o país.

“Vamos fazer a nível nacional o que a secretaria [do Ambiente] fez aqui no Rio de Janeiro: vamos identificar os principais passivos [ambientais] e estabelecer parcerias com empresas públicas e privadas. Vamos correr atrás desses passivos, seguindo o exemplo do Rio de Janeiro, que identificou, procurou as parcerias, fez as instruções e está avançando na redução do seu passivo ambiental. O que nós queremos é replicar essa experiência a nível naciona.l."

A informação foi dada por Minc ao participar da solenidade de assinatura do termo de cooperação para a retirada de resíduos industriais do Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (Centres), em Queimados, na Baía de Sepetiba, município da Baixada Fluminense.

O local, um depósito desativado de produtos tóxicos, abriga o segundo maior passivo ambiental do estado – atrás apenas da Fábrica Mercantil Ingá e à frente da Cidade dos Meninos -, com cerca de 29 mil metros cúbicos de resíduos tóxicos, como cádmio, ascarel e cianeto, entre outros produtos tóxicos armazenados em valas e em galões enterrados no solo e que podem causar sérios danos à saúde da população vizinha, inclusive câncer.

Minc citou como exemplos de cidades nessas condições no país Cubatão, Campinas e no Costão de Santos, (todas em São Paulo), onde existem grandes passivos ambientais, assim como em áreas de mineração, cujo solo foi completamente avermelhado e contaminado com os subprodutos da bauxita – todos nocivos à saúde.

Ainda na Secretária do Ambiente, o ministro Carlos Minc participou da solenidade de concessão das primeiras licenças ambientais para assentamentos rurais no Rio.

Na ocasião, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), órgão vinculado à Secretaria do Ambiente, liberou licenças prévias para assentamentos rurais nas fazendas Aymoré e Estrela Branca, nos municípios de Piraí e Barra do Piraí, respectivamente. Implementada em atendimento à legislação ambiental, a medida beneficiará 77 famílias.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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