ÍNDIOS NEGAM CRIME E DIZEM QUE ADOLESCENTES PODE TER MORRIDO POR COMER ALGO QUE LHE FEZ MAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

2 de Julho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr - Brasília - Conjunto da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), vistoriado por integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
Brasília - O delegado Antônio José Romeiro, responsável pela investigação da morte da índia Jaiya Xavante, ouviu hoje (2) quatro indígenas no local onde ela vivia desde 28 de maio, a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e afirmou que os depoimentos “não esclareceram nada de relevante” no caso.

“Passamos a manhã hoje lá na Casai, ouvimos quatro índios, e a situação ficou na mesma: eles não esclareceram nada de relevante; não há nenhuma informação que seja de vital importância para elucidar o crime”, disse Romeiro.

De acordo com o delegado, os índios negam que a adolescente tenha sido vítima de violência sexual e acreditam que a morte foi provocada por algum alimento que fez mal a ela. “Negam a versão [da perfuração do órgão genital por um objeto de 40 centímetros] e falam que ela ingeriu alguma coisa que lhe fez mal e causou a morte. As informações oficiais são essas: eles não viram nada, negam agressão à vítima, e, em razão disso, nós ainda não temos um suspeito de autoria”, completou.

Romeiro adiantou que equipes da Polícia Civil e da Polícia Federal, que instaurou inquérito hoje (2) para apurar o caso, deverão ir à aldeia xavante em Campinápolis, Mato Grosso, para ouvir depoimentos de parentes da adolescente, entre eles, a mãe e a tia de Jaya, que a acompanhavam na estadia na Casai.

“Com a PF no caso, vamos ter um apoio no sentido de traçar ações conjuntas para ir a Mato Grosso ouvir pessoas importantes no caso”, disse o delegado.

A adolescente de 16 anos morreu durante uma cirurgia no Hospital Universitário de Brasília. após sofrer perfuração no órgão genital. Segundo o delegado, o crime aconteceu dentro da Casai.

A menina, que tinha lesão neurológica – não falava e precisava de uma cadeira de rodas para se locomover – estava em Brasília para tratamento médico desde o dia 28 de maio.

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Deputado propõe que participação de índios seja decisória para permitir extração de minérios

1 de Julho de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Fazer com que a opinião dos índios seja decisória, para permitir a exploração de minerais em terras indígenas e ampliar a participação do Congresso Nacional na condução e fiscalização desse processo, foram as propostas defendidas hoje (1º) pelo deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO), ao apresentar, como relator, substitutivo ao projeto que regulamenta a extração de minérios nessas áreas.

O parlamentar explica que, no projeto original (PL 1610, de 1996), a consulta aos indígenas era prevista apenas com o caráter consultivo. Pelo substitutivo de Valverde, depois de ser aprovada por uma comissão mista do Congresso Nacional, a proposta de exploração deverá ser levada para debate com a comunidade indígena potencialmente afetada.

Os índios deverão ter conhecimento das implicações dessa atividade em sua comunidade e as reuniões deverão ser realizadas na própria terra indígena, com a presença da Funai e do Ministério Público Federal. “Se os índios não quiserem, isso tem que ser respeitado, porque a Constituição Federal estabelece que eles devem viver de acordo com seus usos e costumes. Eles não são obrigados a viver do nosso modo”, explicou Valverde.

O deputado também sugeriu que sejam realizadas licitações para definir quem poderá fazer a exploração de minérios nas áreas indígenas. Segundo ele, o objetivo é escolher a melhor proposta, não só no aspecto econômico, mas também no aspecto sócio-ambiental. “Não é uma mineração em uma área comum, é uma área indígena, onde o processo minerário pode causar danos ao meio ambiente ou ao modo de vida tradicional desses povos. Então, esse processo tem que ser cauteloso”, afirmou.

Apesar dos avanços do projeto, Valverde admite que ele ainda é um instrumento insuficiente, por tratar de apenas um aspecto da relação entre a sociedade brasileira e os povos indígenas. “Esse projeto atende só uma parte do problema. O Estatuto dos Povos Indígenas, que tramita no Congresso Nacional, seria o instrumento mais abrangente”, diz.

Os parlamentares da Comissão Especial de Exploração de Recursos em Terras Indígenas têm o prazo de cinco sessões para apresentar emendas ao substitutivo.

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Polícia ouve familiares e funcionários da Funasa no inquérito sobre a morte de jovem índia

27 de Junho de 2008 - Karina Cardoso - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - A Polícia Civil da capital federal está em busca do responsável pela suposta violência sexual que causou a morte de uma índia xavante de 16 anos, informou o delegado-chefe da 2ª DP do Distrito Federal, Antônio José Romeiro. Ela estava na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no DF, onde teria sido violentada. A adolescente morreu na última quarta-feira (25), durante uma cirurgia no Hospital Universitário de Brasíla (HUB), após sofrer duas paradas cardíacas.

Ao todo, revelou o delegado, seis pessoas, entre familiares e funcionários da Casai, já foram ouvidas. “Estamos trabalhando para chegar ao autor do crime o mais rápido possível”, disse o policial. Segundo ele, várias pessoas deverão ser interrogadas na próxima semana.

Peritos do Instituto de Criminalística estiveram na Casai, onde recolheram os lençóis e a cadeira de rodas usadas pela jovem índia. “O que se comprova é que algum instrumento com pelo menos 40 centímetros foi introduzido nela. E esse instrumento perfurou o reto, o baço, o estômago e o diafragma. Essas lesões é que causaram possivelmente a hemorragia, depois a infecção e, em conseqüência, a morte”, comentou o delegado.

A jovem índia morava na aldeia São Pedro, no município de Campinápolis, em Mato Grosso. Ela realizava tratamento médico em Brasília desde o dia 28 de maio último e estava parando na Casai. A vítima sofria de lesão neurológica: não falava e se locomovia por meio de cadeira de rodas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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