SEM CONSENSO NO CHILE, COMISSÃO INTERNACIONAL BALEEIRA ADIA DISCUSSÕES

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2008

Em Maio de 1998, a delegação do Governo Brasileiro presente à 50ª Reunião Anual da CBI manifestou interesse na criação de um Santuário de Baleias no Atlântico Sul.
Santiago, Chile — Países conservacionistas decidem evitar constrangimentos diplomáticos e adiam votações sobre moratória e Santuário.

Depois de uma semana de reuniões em Santiago, no Chile, os integrantes da Comissão Internacional Baleeira (CIB) decidiram evitar constrangimentos diplomáticos entre países baleeiros e países conservacionistas, e adiaram as principais discussões e votações do encontro - como a manutenção da moratória à caça comercial de baleias e a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. Um grupo de trabalho foi criado para, em um ano, tentar chegar a um consenso.

Mesmo com a decisão de adiar as votações, a Dinamarca resolveu colocar na mesa uma votação para conseguir caçar mais 10 baleias jubartes, animais ameaçados de extinção, para sua caça aborígene. A votação veio a tona e a Dinamarca perdeu por 29 contra 36 votos.

Apesar do constrangimento, os países conservacionistas - como o Brasil - decidiram não partir para o confronto e mantiveram a decisão de não colocar novos temas para votação.

"O Santuário de Baleias do Atlântico Sul deveria ser adotado esse ano", afirma Leandra, coordenadora da campanha de Baleias do Greenpeace Brasil que participou do encontro em Santiago.

"No entanto, os países conservacionistas demonstraram boa-fé no processo de modernização da CIB ao concordarem em esperar mais um ano para a sua adoção. Esse gesto deveria ser acompanhado pelos países que caçam, por meio de um compromisso de não caçar no Oceano Antártico. Esperamos que o Santuário de Baleias do Atlântico Sul seja adotado na reunião do ano que vem", afirma Leandra, acrescentando que o Greenpeace acompanhará as gestões diplomáticas que serão feitas para conseguir mais países votando a favor das baleias. "Queremos alcançar esse objetivo na próxima reunião da CIB, marcada para a Ilha da Madeira, em 2009."

Para Karen Sack, do Greenpeace Internacional, também presente ao encontro, o acordo dos governos para estabelecer um processo que apoiará a discussão do futuro da CIB foi bom, "mas os países não podem esquecer que sua responsabilidade imediata é com a proteção e o futuro de todas as espécies de baleias do mundo.

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Ativistas do Greenpeace ficarão mais 10 dias presos no Japão

01 de Julho de 2008 Carne de baleia obtida pelo Greenpeace no Japão, durante uma investigação que revelou o contrabando do produto do navio-fábrica Nisshin Maru, que participa do programa baleeiro no Santuário da Antártica.
Aomori, Japão — Enquanto isso, o contrabando de carne de baleia do programa baleeiro japonês denunciado por eles continua sem ser investigado.

Uma corte em Aomori, no Japão, decidiu que os ativistas do Greenpeace que denunciaram o contrabando de carne de baleia do programa baleeiro japonês permanecerão sob custódia sem acusações formais pelo prazo máximo permitido pela lei - 23 dias.

Junichi Sato e Toru Suzuki foram presos no dia 20 de junho depois de denunciarem o contrabando, apesar de terem se oferecido para cooperar com qualquer investigação policial e terem submetido comunicados escritos e assinados sobre a investigação sigilosa que promoveram para revevar a irregularidade.

Clique aqui e participe da nossa cyberação pela libertação dos ativistas. Acesse a seção de Oceanos e envie uma carta para autoridades japonesas.

Cerca de 190 mil pessoas enviaram cartas ao governo japonês exigindo a libertação de Junichi e Toru, e também uma investigação completa sobre o escândalo denunciado. Protestos foram realizados em frente a embaixadas japonesas em 33 cidades em 29 países de todo o mundo.

"Com essa prorrogação da detenção, Junichi e Toru ficarão 23 dias presos sem acusação formal, apesar de terem dado à polícia toda a informação que precisavam. É mais tempo do que o promotor público de Tóquio levou investigando a evidência apresentada pelo Greenpeace de irregularidades no programa baleeiros japonês", afirma Gerd Leipold, diretor executivo do Greenpeace Internacional. "As autoridades no Japão têm que redirecionar sua energia para investigar os crimes acobertados pela indústria baleeira e setores do governo, não o método para expor a evidência disso."

Em uma mensagem enviada por meio de seus advogados, Junichi e Toru agradeceram o apoio recebido.

"Ainda precisamos de sua ajuda. Ficaremos detidos por mais 10 dias, sem acusações. Por favor encoragem seus amigos a enviarem cartas ao governo japonês e continuem acompanhando as notícias do Greenpeace sobre quais outras ações que você pode tomar para assegurar que o contrabando de carne de baleia seja investigado pelas autoridades."

Os ativistas fazem parte da equipe do Greenpeace que, ao longo de quatro meses, investigou denúncias sobre ilegalidades no programa científico, que estaria sendo usado como disfarce para a caça comercial. As investigações resultaram em um dossiê detalhado, entregue a Procuradoria Pública de Tóquio no dia 15 de maio, juntamente com uma peça chave da evidência: a caixa de carne de baleia interceptada pelos ativistas.

No dia da prisão de Sato e Suzuki, o escritório do Greenpeace no Japão foi revistado por mais de 10 horas. Nesse período, ninguém foi autorizado a usar o telefone e as conversas entre os funcionários do escritório foram proibidas. A operação policial realizada às vésperas da reunião anual da Comissão Internacional Baleeira (CIB), que aconteceu no Chile, foi absolutamente desproporcional à acusação.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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