RASTREAMENTO ATESTA ORIGEM SUSTENTÁVEL DE PEIXE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

Ecologia - 11/07/2008 - O projeto identificou mais de 50 espécies que podem ser comercializadas
Foto: Divulgação da Assessoria de Imprensa do IDSM
Ainda neste ano, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT) lançará um serviço inédito na área de consumo de produtos sustentáveis. O sistema eletrônico permitirá rastrear a origem de peixes ornamentais manejados por população tradicional moradora da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDSA/Amazonas) e que serão vendidos para os mercados interno e externo. O protótipo do sistema já está funcionando. A primeira coleta de peixes ornamentais para venda está prevista para setembro deste ano. A comercialização de peixes ornamentais é uma alternativa de renda para os moradores da Reserva Amanã, cujas principais atividades de subsistência são agricultura, caça e pesca.

Ao rastrear a origem do peixe ornamental vindo da Reserva Amanã, o consumidor terá a garantia de que a coleta ocorreu de acordo com critérios de sustentabilidade, seguidos por comunidades tradicionais de uma unidade de conservação. Outra vantagem é que nesse modelo as populações poderão receber mais pela venda dos peixes. "Pesquisas comprovam que há consumidores dispostos a pagar mais pelo diferencial de compra apresentado por um produto resultado de processo sustentável", observa o diretor técnico-científico do IDSM, Helder Queiroz.

A estimativa é que o sistema esteja disponível a partir de setembro, mês em que está prevista a primeira coleta manejada de peixes ornamentais pelos moradores de comunidades da Reserva Amanã. Para acessar o sistema de rastreamento, o consumidor deverá informar o número do lote ao qual o indivíduo adquirido pertence, dado que deverá ser fornecido pelo vendedor. Dessa forma, o comprador poderá verificar informações como parâmetros físicos-químicos da água e coordenadas geográficas do local da coleta, entre outras. "Ao garantir a origem sustentável do produto e responder pelo produtor, acreditamos que os próximos elos da cadeia produtiva - os importadores, exportadores e vendedores finais – também possam se interessar em atestar que seu modo de produção também é sustentável", afirma Queiroz.

Este protótipo também poderá ser aplicado a outros recursos manejados vindos das reservas Mamirauá e Amanã, como a madeira e o pirarucu. De acordo com Helder Queiroz, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitou ao Mamirauá a realização de um projeto piloto de sistema de rastreamento com os pirarucus neste ano. Caso seja bem-sucedido, o modelo será proposto para outros locais que fazem manejo de pesca.

Estudos e manejo

O Programa de Manejo de Peixes Ornamentais teve início em 1995, quando foi assinado um convênio com a Petrobras para monitorar cinco espécies de peixes ornamentais: Pterophyllum scalare (acará bandeira), Mesonauta insignis (acará boari), Astronotus ocellatus ( acará – açu), Pygocentrus nattereri (piranha caju) e Osteoglossum bicirrhosum (aruanã branca). Dessas cinco espécies, três são consideradas interessantes para comércio (acará-bandeira, acará boari e aruanã branca). "O projeto identificou mais de 50 espécies que podem fazer parte deste comércio. Neste ano, esperamos lançar o plano de manejo para a exploração sustentável das 20 primeiras", explica.

No final de 1995, o Instituto Mamirauá e a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) firmaram cooperação para o projeto "Uso Sustentável de Peixes Ornamentais", financiado pela Darwin Initiative da Inglaterra. O objetivo geral é proteger a biodiversidade de peixes ornamentais das RDS’s Mamirauá e Amanã, ao implantar um programa de manejo participativo.

Para tanto, o IDSM realizou estudos da cadeia produtiva para a venda de peixes ornamentais, bem como elaborou um plano de negócios para a sua venda, além de pesquisas sobre a biologia reprodutiva e ecologia das espécies selecionadas. Também promoveu cursos de capacitação para os moradores da Reserva que participam do programa, e assessorou a criação da Associação de Manejadores de Peixes Ornamentais, formada por representantes de oito comunidades da RDSA.
Assessoria de Imprensa da RNP

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Passagem de Darwin pelo Brasil é tema de debate

60ª Reunião da SBPC - 16/07/2008 - O diretor do MCT Ildeu Moreira destaca que nos relatos de Darwin fica clara a importância da biodiversidade brasileira para a evolução de suas pesquisas
Foto: Gustavo Tilio - Ascom/SBPC
O livro Origem das Espécies, de Charles Darwin, foi um dos temas debatidos por estudantes, representantes de institutos de pesquisa e cientistas, hoje (16), em Campinas (SP). O diretor de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ildeu Moreira, também participou das discussões, que integram a programação da 60ª SBPC.

O professor Ildeu destaca que nos relatos de Darwin fica clara a importância da biodiversidade nacional e do contato com a natureza tropical para a evolução de suas pesquisas. Para Ildeu, o mais impactante são as descrições feitas na obra da natureza brasileira no Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), e a observação de peixes, insetos, aranhas e vespas. Outra curiosidade citada pelo professor é a descrição de um menino, possivelmente filho de escravos, que ajuda Darwin a caçar insetos na mata.

Charles Darwin era jovem, tinha cercade 20 anos quando chegou ao Brasil. Ele desembarcou em Salvador, e depois foi para o Rio de Janeiro, onde ficou quatro meses. "A enorme diversidade de espécies de plantas e de animais que viu no Brasil foi fundamental, e o ajudou a dar partida na teoria da Seleção Natural", diz Ildeu. Darwin também fez observações geográficas no Chile e Argentina. O professor ressalta que todos esses elementos contribuiram para formar a teoria, ao longo de 20 anos.
Deográcia Pinto - Assessoria de Comunicação do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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