CANA-DE-AÇÚCAR NÃO PODERÁ SER PLANTADA NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

04/08/2008 - Gisele Teixeira - Nenhum novo projeto de plantio ou instalação de usina de cana-de-açúcar no Bioma Amazônia será autorizado pelo governo daqui para frente. Este é um dos principais resultados da reunião entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, realizada nesta segunda-feira (4), no Ministério do Meio Ambiente.

Eles discutiram o zoneamento agroecológico da expansão da cana-de-açúcar para produção de etanol. O Bioma Pantanal foi excluído parcialmente. A decisão final depende agora do Palácio do Planalto.

De acordo com Minc, o levantamento que está sendo executado pela Embrapa, em parceria com instituições do Consórcio ZEE-Brasil como o IBGE e o Inpe, retira as áreas sem aptidão de solo, clima e declividade de 12%, e ainda as com vegetação nativa. No caso do Bioma Amazônia, exclui a possibilidade de qualquer novo projeto, mas mantém as usinas já licenciadas, em número de três.

No caso do Pantanal, o zoneamento exclui totalmente a planície pantaneira, porém mantém a possibilidade de cultivo no planalto, onde já existem áreas consolidadas de produção há mais de dez anos. Nesse caso, a determinação é que migrem para o sistema de plantio direto, menos agressivo ao solo. "Ao preservar a Amazônia e o Pantanal, neste último caso definindo claramente as zonas de plantio, e não quebrando a produção já existente, me parece que o acordo é bom para todo mundo", disse Minc.
De acordo com o zoneamento, há áreas mais que suficientes para expansão da produção em outros biomas sem que seja necessário derrubar nenhuma árvore. É estimada em 30 milhões de hectares a área que poderá ser destinada para o plantio da cana exclusivamente para produção de etanol.

Para dobrar a produção atual de etanol, que hoje é de 20 bilhões de litros/ano, são necessários 7 milhões de hectares, o que garante uma margem confortável para o aumento da produção.

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Diesel brasileiro pode ter redução de enxofre a 10 partes por milhão em 2011

05/08/2008 - Aida Feitosa - O diesel brasileiro poderá ter 10 partes por milhão (S 10) em 2011. Essa possibilidade foi sugerida pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, aos representantes da Anfavea, da Petrobras, da Fecombustíveis e do Sindicom, durante reunião nesta terça-feira (4) no MMA. Também participaram do encontro o secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, e representantes da sociedade civil, do Ministério Público, da ANP e dos ministérios de Minas e Energia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Durante a reunião foram discutidas também medidas de compensação ambiental para o cumprimento da resolução Conama 315/02, que determina a redução de emissões dos veículos movidos a diesel a partir de janeiro de 2009. Enquadram-se nessa norma cerca de 200 mil veículos novos que sairão da fábrica no próximo ano. "Um caminhão desregulado emite 30% de poluentes do que um novo", disse o ministro.

Além da regulagem de caminhões, o ministro sugeriu que as frotas de ônibus das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba utilizem o diesel S-50 (com 50 partes por milhão de enxofre) a partir de janeiro de 2009.

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Minc discute com dirigentes da SBPC autorização para pesquisas científicas em UC

05/08/2008 - Daniela Mendes - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou nesta terça-feira (5) a representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) uma proposta para facilitar e agilizar a autorização para realização de pesquisas científicas nas unidades de conservação federais (UCs).

Nos próximos dias o ministro deverá assinar uma portaria que vai reestruturar o Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio) e permitirá ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) transferir para as instituições de pesquisas nacionais, após a assinatura de um Termo de Responsabilidade, a atribuição de aprovar a realização de pesquisas nas UCs.

Participaram do encontro o presidente da SBPC, Marco Antônio Raupp, e os vice-presidentes da entidade, Helena Nader e Otávio Velho; além do presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, da secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, da diretora do Departamento do Patrimônio Genético do MMA, Maria Celeste Emerick e do secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias.

Segundo Minc, a portaria vai facilitar o acesso à biodiversidade das unidades de conservação na medida em que transfere para as universidades a responsabilidade pelas ações dos pesquisadores.

"Com esse sistema vai ficar mais fácil. O pesquisador que for pesquisar em área que não é protegida ou espécie que não é protegida ele vai se cadastrar no sistema e terá a autorização imediata. Se for em área protegida ou espécie protegida, as entidades farão conosco um termo de responsabilidade e a universidade vai se responsabilizar pelo seu cientista", explicou o ministro.

A proposta foi bem recebida pelos representantes da SBPC. "Queremos que a ciência contribua para a preservação do patrimônio e o desenvolvimento sustentável", disse Marco Antônio Raupp.

Ele felicitou o ministro pela iniciativa e disse acreditar que essa portaria vai trazer grandes avanços e melhorar a parceria entre a academia e o governo no desenvolvimento de pesquisas científicas.

Conhecimentos Tradicionais - O ministro também anunciou na reunião mudanças no texto do anteprojeto de lei sobre Acesso a Recursos Genéticos, Conhecimentos Tradicionais e Repartição de Benefícios.

Segundo Minc, a idéia é reduzir o número de artigos da proposta e renegociar com os ministérios da Agricultura e da Cultura uma redação mais enxuta para maior aplicabilidade da lei.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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