PROCURADOR PEDIRÁ À PF QUE FIQUE ALERTA SOBRE CONFLITOS EM ÁREA DE DEMARCAÇÃO INDÍGENA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

2 de Agosto de 2008 - Vinicius Konchinski - Repórter da Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr -
Aldeia indígena Sassoró, Tacurí/MS - O procurador da República em Dourados, Marco Antônio Delfino de Almeida, participa do Aty Guassu (Grande Reunião) que marca o início dos trabalhos para demarcação das terras indígenas Guarani-Kaiowá, na região sul do estado.

Tacuru (MS) - O procurador da República de Dourados, Marco Antônio Delfino de Almeida, afirmou que pedirá à Polícia Federal que redobre a atenção sobre a região sul de Mato Grosso do Sul. Lá, pesquisadores contratados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) identificam áreas que, futuramente, devem ser transformadas em reservas indígenas.

O anúncio foi feito ontem (1º) durante o Aty Guassu (Grande Reunião, em Guarani) aos mais de cem índios presente no encontro, realizado na aldeia de Sassoró, em Tacuru (MS). O evento marcou o início das atividades de identificação das áreas tradicionalmente ocupadas por indígenas da etnia Guarani-Kaiowá.

“Pedirei para que a Polícia Federal fique de sobreaviso, para que possa agir nos casos de confronto e oposição violenta aos trabalhos de demarcação”, ressaltou Almeida, se referindo aos produtores de terras da região, que são declaradamente contrários às demarcações.

A expectativa do procurador é de que não ocorram confrontos durante os cerca de oito meses pelos quais as equipes da Funai permanecerão na região. Segundo ele, a maioria dos produtores rurais sul-mato-grossenses respeita a lei e não criará problemas. Contudo, Almeida afirmou, que caso algum fazendeiro, ou mesmo índio, cometa algum ato violento, a PF agirá.

Na solenidade, Almeida também pediu para que os índios evitem qualquer tipo de confronto ou provocação a fim de facilitar o diálogo com os produtores e agilizar a demarcação.

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Ibama aplica mais de R$ 11 milhões em multas em Rondônia

7 de Agosto de 2008 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Mais de R$ 11 milhões em multas, cerca de 2,6 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendida e 81 autos de infração. Esses foram os resultados da Operação São Francisco, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que atuou em Rondônia durante 24 dias, na região da rodovia federal BR-429, que liga o município de Alvorada do Oeste a Costa Marques.

A operação em Rondônia faz parte de um grupo de operações estaduais previstas para acontecerem no conjunto da Operação Guardiães da Amazônia, que faz parte do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Os dados foram apresentados hoje (7), pelo chefe da divisão de Fiscalização da Gerência Executiva do Ibama em Ji-Paraná (RO), Renê Oliveira.

“É uma região muito conflituosa, com muitas madeireiras. Existem ainda algumas áreas preservadas, especialmente unidades de conservação, que merecem uma atenção maior por parte dos órgãos de fiscalização”, disse Renê.

O Exército e a Polícia Militar Ambiental deram reforço ao Ibama na fiscalização. Foram embargadas e autuadas áreas, que somam mais de 8,6 mil hectares – o que corresponde a 8,6 mil campos de futebol profissional.

Segundo Renê, parte da madeira encontrada é “excelente para a indústria moveleira, como as cerejeiras”, e o Ibama investiga a origem do material – sem descartar a hipótese de ser extraída de áreas indígenas e unidades de conservação. Ele informou que ela deve ficar em depósitos da região e poderá vir a ser requisitada por instituições sem fins lucrativos que precisem do material.

“A gente já vai a campo com uma visão e um foco para determinadas áreas e determinadas empresas. Logicamente nós, durante a operação, acabamos detectando outros problemas que, anteriormente, não sabíamos”, revelou o representante do Ibama. Parte do planejamento anterior à operação foi feito com sobrevôos pela região, em que foi possível levantar pontos de desmatamento. Também foi utilizado o Sistema de Detecção Via Satélite de Áreas Desmatadas, fornecido pelo Ibama.

“Conseguimos identificar diversos crimes que visavam burlar a fiscalização, como empresas que esconderam madeira por baixo de serragem ou no vizinho. Só que hoje em dia, com aeronaves, já é possível que consigamos detectar os infratores”, detalha Renê Oliveira.

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Funasa diz que governo garantirá autonomia para saúde indígena

5 de Agosto de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte, disse hoje (5) à Agência Brasil que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá assinar, até o fim de agosto, decreto que garante autonomia administrativa e financeira aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), além de autorizar a contratação de 802 servidores, por meio de concurso público, para atuarem nas unidades.

“Essa decisão do governo já está tomada. O decreto presidencial está na Casa Civil, para ser assinado pelo presidente da República. É uma luta antiga do movimento social indígena que a Funasa encampou, porque com isso vamos estar mais próximos das comunidades. No Amazonas, por exemplo, podemos ter um distrito no Vale do Javari, no município de Tabatinga, para atender toda a demanda da região de forma muito mais rápida”, ressaltou Forte, antes de iniciar sua participação em reunião com coordenadores regionais, para tratar das diretrizes da Funasa no segundo semestre de 2008.

“Está marcada para o final deste mês uma nova reunião da CNPI [Comissão Nacional de Política Indigenista], onde o presidente Lula vai assinar e autorizar a Funasa a contratar, por meio de concurso, mais 802 servidores para trabalhar na saúde indígena. Parte deles vão gerir administrativamente estes distritos e outra parte será destinada diretamente ao trabalho da saúde em si”, acrescentou Forte.

Quando for concretizada a assinatura do decreto, cada distrito terá uma unidade gestora e a aplicação dos recursos será fiscalizada por um conselho distrital, formado por membros das comunidades. Se for detectada malversação de dinheiro público, será aberto processo disciplinar para punir o responsável. A substituição de todos os terceirizados, que trabalham na saúde indígena, deverá ser concluída até 2012, conforme prevê um termo de ajustamento de conduta firmado entre a Funasa, o Ministério do Planejamento e o Ministério Público Federal.

Danilo Forte também informou que a Funasa adquiriu recentemente 250 caminhonetes, que estão sendo colocadas à disposição dos postos de saúde e casas de apoio, que atendem as comunidades indígenas. Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Mato Grosso são alguns estados que já receberam os veículos, que não ficarão mais sob a responsabilidade de caciques.

"Agora o carro faz plantão no posto de saúde, na casa de apoio, e a partir daí, da necessidade do manuseio para o transporte do enfermo, ele será acionado, irá buscar o enfermo na aldeia, trazer se necessário para casa de apoio ou hospital regional, junto com os acompanhantes, que participam da remoção”, explicou Forte.

Segundo o presidente da Funasa, o órgão economizou em compras de R$ 20 milhões a 25 milhões em 2008. Estes recursos deverão ser aplicados na aquisição de mais 110 veículos para atendimento às comunidades indígenas e na conclusão de três casas de apoio projetadas: uma, no Pará, e duas, no Mato Grasso.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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