INDÚSTRIA MADEIREIRA ASSINA COM O MMA ACORDO PELA LEGALIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

13/08/2008 - Lúcia Leão - O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc assinou nesta quarta-feira (13), em São Paulo, com o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, um protocolo de intenções em que a indústria madeireira assume o compromisso de se certificar da legalidade de todos os produtos florestais de origem amazônica processados em suas unidades. Minc lembrou que este é o quinto acordo que assina com os setores econômicos ao longo de dois meses e meio como ministro e creditou a eles a redução dos índices de desmatamento da Amazônia, constatados nos últimos dados coletados pelo Inpe.

"Eu ainda não posso divulgar os números do desmatamento de julho, mas eles são muito positivos", antecipou Minc para uma platéia de empresários e gestores ambientais de São Paulo. "E eu tenho certeza que são resultados do nosso esforço de fiscalização aliado às parcerias que estamos fazendo com empresários e às alternativas sustentáveis que estamos oferecendo para a região".

Já foram assinados termos de compromisso para coibir a aquisição de produtos decorrentes do desmatamento ilegal da Amazônia com os exportadores de soja e de madeira e com a Vale, que passou a exigir certificado de origem do carvão para vender minério de ferro para os guzeiros. Os bancos oficiais também se comprometeram a não mais financiar projetos econômicos insustentáveis bem como oferecer condições especiais de financiamento para investimentos com tecnologias e processos de produção limpos e sustentáveis.
Pelo acordo assinado com a Fiesp, a indústria paulista só vai adquirir madeira certificada pelos órgãos competentes e com o Documento de Origem Florestal (DOF). As informações sobre a origem da matéria-prima também passará a constar das notas fiscais de compra e venda, envolvendo o consumidor final no processo de fiscalização. Em contrapartida, o MMA comprometeu-se a trabalhar para aumentar a oferta de madeira certificada, conferindo a celeridade possível ao processo de licenciamento ambiental das florestas manejadas.

"A única forma de combater a exploração da madeira ilegal é oferecer madeira certificada", reafirmou Minc. Essencial para o meio ambiente, a sustentabilidade, segundo o vice-presidente e diretor de Meio Ambiente da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, também é estratégia de negócio e pré-requisito para inserção da economia brasileira no mercado global.

A indústria madeireira paulista é o principal destino, no mercado interno, da madeira explorada na Floresta Amazônica. Dos 28 milhões de metros cúbicos de madeira produzida anualmente no bioma, 8,4 milhões são exportados e 12,7 milhões de metros cúbicos seguem para São Paulo para abastecer especialmente a construção civil, já que a indústria moveleira utiliza quase que exclusivamente madeira de reflorestamento.

O protocolo de intenções foi assinado durante a solenidade de abertura da II Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental que, segundo o presidente da Fiesp, extrapola as fronteiras do estado: "Defender a Amazônia é também responsabilidade nossa e de todo o povo brasileiro", afirmou Skaf.

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Meio Ambiente e Agricultura avançam em agenda comum

12/08/2008 - Gisele Teixeira - Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, avançaram em mais quatro pontos da agenda comum das duas pastas, que inclui 15 itens. Após reunião, nesta terça-feira (12), os ministros afirmaram que há "harmonização" de pensamento entre os dois em relação às seguintes questões: passivo ambiental em áreas de preservação permanente, recuperação de áreas degradadas na Amazônia e no Cerrado, ampliação de alternativas para constituição de servidão florestal em áreas de preservação e ainda recomposição de reservas legais e APPs com espécies exóticas consorciadas com nativas.

Minc destacou que um dos acertos é a possibilidade de que os produtores possam fazer a recomposição da reserva legal fora de suas áreas produtivas, como em outras terras particulares ou em terras públicas, para que cumpram a lei sem diminuir a produção. "Estamos estudando a viabilidade legal disso. Em terras particulares, por exemplo, a recuperação teria que ser no bioma e no estado de origem. No caso da área pública, o produtor poderia adotar uma área referente ao que tem, por lei, que recompor. É bom para ele e é bom para o governo", disse.

No caso das espécies exóticas, os dois ministros destacaram o uso do dendê em áreas de recuperação. É um triplo ganho, segundo Minc, porque ao plantar a oleaginosa o produtor "seqüestra carbono, produz um combustível que emite menos gases e ainda recupera áreas degradadas".

"Agricultura e meio ambiente estão cada vez mais próximos na sua percepção. Nós queremos produção sustentável e agricultura quer a conservação dos solos e a proteção da água", destacou Minc. Stephanes reiteirou que as duas pastas estão sintonizadas. "O ministro da Agricultura está sendo um pouco mais ambientalista e o ministro do meio ambiente um pouco mais da agricultura. Isso é o mais importante. Estamos procurando nos entender e estamos nos entendendo", acrescentou.

As duas pastas já haviam acordado, recentemente, em relação ao Zoneamento Agroecológico da Cana- de-Açúcar e às alterações no Anteprojeto de Lei de Acesso e Repartição de Benefícios.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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