MINC QUER PARCERIA ENTRE IBAMA, CHICO MENDES E ÓRGÃOS ESTADUAIS DE MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

20/08/2008 - Gisele Teixeira - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quarta-feira (20) que os representantes do Ibama e do Instituto Chico Mendes nos estados serão orientados a trabalhar em parceria com os órgãos ambientais estaduais, independentemente do partido que esteja no governo. "Trabalhar em conjunto não significa concordar em 100% das questões, mas sim operar em clima de solidariedade e não de oposição", afirmou, durante reunião da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), em Brasília.

Durante o encontro, Minc apresentou a posição do Ministério do Meio Ambiente sobre nove temas da pauta, entre eles a regulamentação do artigo 23, da Constituição Federal, que trata das competências legais da União, dos estados e dos municípios. O ministro destacou que a pasta vem costurando um acordo com outros ministérios e a Casa Civil para apressar a votação no Congresso Nacional. A expectativa é que o texto seja apreciado após as eleições municipais. A regulamentação é considerada peça-chave para a consolidação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama).

Outro tema abordado foi o novo cálculo da compensação ambiental, que será apreciado na primeira reunião da Câmara de Compensação Ambiental com a composição ampliada, na próxima sexta-feira (22), em Brasília. De acordo com Minc, a proposta é que a compensação seja calculada apenas sobre a parte do investimento que gera impacto ambiental, e não sobre o total a ser investido. A forma de cálculo será discutida entre representante do MMA e Ibama e também da Abema, Anamma, Confederação Nacional da Indústrias (CNI), Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e Fórum Brasileiro de Ongs, Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms).

Minc destacou que a participação da Abema na Câmara de Compensação também será importante para definir e ampliar a aplicação de recursos em unidades de conservação estaduais, uma das reivindicações da Abema. Ele adiantou, ainda, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá lançar em breve o Plano Nacional de Turismo e Ecoturismo, com previsão de investimento de R$ 50 milhões em seis unidades de conservação. Os recursos serão distribuídos entre os Parques Nacionais da Serra dos Órgãos (RJ), do Jaú (AM), da Chapada dos Veadeiros (GO), dos Aparados da Serra (RS), da Serra da Capivara (PI) e o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE). Os investimentos federais deverão custear a construção de centros de visitantes, trilhas guiadas, mirantes e a contratação de guias.

De acordo com o ministro, as unidades de conservação federais recebem cerca de 3,5 milhões de visitantes, contra 192 milhões nos Estados Unidos. "Nossos parques são pouco protegidos, pouco usufruídos e dão prejuízo. Queremos inverter essa equação", disse.

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Secretário de Recursos Hídricos visita unidade do Programa Água Doce

20/08/2008 - O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Vicente Andreu, visita nesta quinta-feira (21) a Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce localizada no município de São José do Seridó, no Rio Grande do Norte, na comunidade de Caatinga Grande.

A UD beneficia 400 pessoas com água para consumo humano por meio do sistema de dessalinização e do sistema de produção formado pela criação de tilápias e produção de erva-sal (Atriplex), com gestão integrada e participativa.

Garantir água com qualidade para as populações difusas não é uma tarefa fácil, uma vez que a instalação de dessalinizadores, que separam a água salobra da água doce por meio do sistema de osmose inversa, necessita atender a determinadas condições técnicas.

Quando estas condições são favoráveis, o Programa Água Doce orienta a instalação dos equipamentos de acordo com a metodologia desenvolvida junto à Embrapa Semi-Árido, armazenando o concentrado resultante do processo de dessalinização em tanques de contenção e utilizando-os para produção de tilápias rosa e na irrigação da erva-sal.

Com isto, o Programa Água Doce está contribuindo com a preservação do meio ambiente, evitando que a água salgada seja despejada no solo causando erosão ou que a água volte a contaminar novos lençóis de água subterrânea, tornando-a inutilizada.

"O Programa Água Doce vem se tornando uma referência para as políticas públicas de acesso à água, comprovando ser possível garantir água de qualidade para o consumo às populações difusas que vivem no semi-árido a um custo relativamente baixo, associando fatores econômicos, sociais e ambientais", afirma Andreu.

A implantação da Unidade Demonstrativa de Caatinga Grande foi construída em 2007 com investimentos da Fundação Banco do Brasil de R$ 100 mil. O sistema vem garantindo 10 litros de água por dia para consumo de cada membro da comunidade ao custo de R$ 2 ao mês.

A produção de tilápias chegou a 1.500 quilos no ano de 2007 e a de erva-sal a 10 toneladas/ano. Com a venda destes produtos é formado um fundo para compra de equipamentos, pagamentos e melhoria da renda da população.

Hoje existem dois mil dessalinizadores na região do semi-árido, dos quais estima-se que apenas 50% estejam em funcionamento. O Programa Água Doce já recuperou 48 sistemas, aplicando a metodologia desenvolvida.

Para a escolha das localidades a serem atendidas são considerados os menores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os menores índices pluviométricos, ausência ou escassez de fontes de abastecimento de água potável e o maior índice de mortalidade infantil. Os critérios técnicos específicos para avaliar a implantação de sistemas produtivos sustentáveis em cada localidade são feitos com base no método Novo Rural e no Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA-Água).
Fonte: SRHU

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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