MMA DIFUNDE BOAS PRÁTICAS NO MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

19/08/2008 - Suelene Gusmão - O Ministério do Meio Ambiente vem promovendo o debate sobre o manejo das águas pluvias urbanas. Uma das principais fontes de vulnerabilidade urbana, a questão da drenagem tem preocupado especialistas devido à sua gestão inadequada, o que traz como conseqüências o comprometimento das fontes de abastecimento pela contaminação dos mananciais superficiais e subterrâneos, erosão e produção de sólidos, inundações urbanas e um ciclo de contaminação.

Segundo o diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do MMA, Silvano Silvério, pela Lei do Saneamento (nº 11.445/2007), que define as diretrizes do saneamento básico, a gestão das águas pluviais é uma atribuição dos municípios. "Entretanto, essa gestão vem sendo feita de forma inadequada devido principalmente à fragmentação das responsabilidades, à falta de planejamento e à gestão por trechos e não por bacias".

A correta gestão das águas urbanas está intrinsecamente ligada ao uso correto do solo, que deveria se pautar pelos planos diretores. Entretanto, o que se constata na maioria das cidades é a proliferação de assentamentos informais e sem obediência aos planos diretores, a alta densidade de ocupação no espaço, a ocupação de áreas de risco e a urbanização sem infra-estrutura sustentável resultando em impacto sobre a própria população. Essa prática continuada leva, entre outras conseqüências, ao desaparecimento dos rios urbanos, pois a pressão e exploração do espaço pressionam para que os rios sejam cobertos ou desapareçam.

Para o diretor do MMA, as boas práticas no manejo das águas pluviais têm por base princípios modernos e sustentáveis que levam em consideração a preservação dos mecanismos naturais de escoamento na implementação urbana, a visão de gestão da bacia hidrográfica e o tratamento do esgoto sanitário e da qualidade das águas pluviais. "A gestão integrada, entendida como interdisciplinar e intersetorial dos componentes das águas urbanas, é uma condição necessária para que os resultados atendam as condições do desenvolvimento sustentável urbano", explica Silvério.

Silvério explica que para se promover a drenagem urbana sustentável é necessário um plano de saneamento ambiental, envolvendo questões da água, esgoto, resíduos e drenagem. Este plano terá de estar embasado em uma legislação que regule os recursos hídricos, o florestal e o meio ambiente como um todo. Deverá também estar integrada aos planos urbano, de transporte e de saúde e a uma gestão que envolva os três níveis de governo. "É necessária a capacitação de gestores, técnicos e da população; possuir uma instituição integrada de serviços; a gestão da avaliação e fiscalização de projetos, os serviços de manutenção e limpeza de resíduos, entre outras atribuições", explica Silvério.

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Laboratório vai analisar água e solo no semi-árido

21/08/2008 - Suelene Gusmão - O Programa Água Doce inaugurou nessa quarta-feira (20) na unidade Embrapa Semi-árido, em Petrolina (PE), o laboratório Agro-Ambiental. Construído com recursos do BNDES (R$ 300 mil) e do Ministério do Meio Ambiente (R$ 120 mil), o equipamento tem por finalidade monitorar com mais qualidade e confiabilidade a composição físico-química do solo e o aspecto físico-químico e biológico da água que é utilizada para o consumo humano e para a produção de tilápias.

A estrutura permitirá que além de análises de rotina seja possível realizar análises diferenciadas que permitirão identificar o funcionamento dos diferentes processos envolvidos no sistema solo/água de regiões semi-áridas, contribuindo para a construção de mecanismos que propiciem o desenvolvimento de tecnologias de convivência com a região.

Segundo Everaldo Rocha Porto, técnico do Departamento e Manejo de Solo e Água da Embrapa, o laboratório vai permitir o monitoramento da água, contribuindo para melhorar a qualidade do produto final do cerca de dois mil dessalinizadores do Programa Água Doce. A água que sai dos dessalinizadores é utilizada para consumo humano e para a produção de tilápias.

Para garantir água de qualidade às populações do semi-árido, o Água Doce vem instalando sistemas de dessalinização no semi-árido. Os dessalinizadores separam a água salobra da água doce, por meio do sistema de osmose inversa, metodologia desenvolvida pela Embrapa Semi-Árido. A metodologia contribui com a preservação do meio ambiente, evitando que a água salgada seja despejada no solo, o que provocaria erosão ou que ela volte a contaminar novos lençóis de água subterrânea.

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Fórum debate gestão ambiental na administração pública

18/08/2008 - Grace Perpetuo - O III Fórum Governamental de Gestão Ambiental na Administração Pública será aberto no dia 28 de agosto, em Brasília. Promoção do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, o evento dá continuidade ao processo de inserção de critérios de sustentabilidade e gestão ambiental nas ações das três esferas do poder.

Nesta edição, o fórum estará centrado no debate sobre a sustentabilidade das edificações públicas e sua eficiência energética. Aberto ao público, o evento, que contará com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, será realizado no auditório do Tribunal Pleno do Tribunal Superior do Trabalho, a partir das 9h.

A iniciativa busca fortalecer e disseminar a adoção do Programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) do MMA como Agenda de Responsabilidade Socioambiental. Além disso, o fórum é um espaço para a troca de experiências entre os parceiros da Rede A3P - um canal de comunicação permanente para promover o intercâmbio técnico e a difusão de informações sobre temas relevantes à agenda. A idéia é também fortalecer o papel das Comissões Gestoras dos diferentes órgãos que já implementam ações desta agenda ambiental em todo o território nacional.

"O evento será uma excelente oportunidade para discutir os desafios enfrentados pelo governo na implementação da A3P", diz Ana Carla Leite de Almeida, coordenadora do Programa no MMA. Ela explica que - apesar de o fórum ter como público-alvo órgãos governamentais, entidades que desenvolvem ações de gestão ambiental e outros parceiros da Rede A3P - o público será convidado a interagir, participando dos debates e contribuindo com sugestões. Para enriquecer a discussão, o evento contará com a presença de especialistas da Universidade de São Paulo e da Universidade de Brasília.

O Ministério do Meio Ambiente apresentará algumas iniciativas simples "que trouxeram grandes resultados e podem ser facilmente adotadas por outras instituições", segundo Ana Carla. "A busca por eficiência energética levou à instalação, no edifício-sede do MMA, de películas refletoras na fachada leste, de modo a diminuir a radiação solar e o conseqüente calor; de interruptores individualizados; e de novos sistemas de ar-condicionado e de iluminação, agora mais eficientes", conta a coordenadora. "Além disso, foram eliminados alguns elevadores e colocadas telhas termoacústicas para diminuir a entrada do som externo e a saída do ar resfriado", acrescenta.

Durante o evento serão apresentadas também algumas experiências concretas levadas adiante por órgãos públicos que são parceiros da Rede A3P - como o Senado Federal, a Câmara dos Deputados, o Tribunal Regional do Trabalho, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, por exemplo.

Critérios socioambientais - A A3P é uma estratégia de construção de uma nova cultura institucional para a inserção de critérios socioambientais em todas as esferas da administração pública. O Programa inclui os seguintes eixos temáticos: combate a todas as formas de desperdício; gestão ambiental de resíduos; sensibilização de servidores em relação às questões ambientais; melhoria na qualidade do ambiente de trabalho; e inclusão de critérios socioambientais nos processos de licitação para aquisição e contratação de serviços.

Para implementar a A3P, o MMA apóia tecnicamente os órgãos interessados, principalmente por meio do cadastro na Rede A3P, pelo e-mail a3p@mma.gov.br.

Para aderir formalmente ao Programa, o órgão interessado pode valer-se também do Termo de Adesão, que integra esforços para desenvolver projetos destinados à implementação da A3P. O Programa pode ser desenvolvido em todos os níveis da administração pública e em todo o território nacional - e usado como modelo de gestão ambiental por quaisquer outros segmentos da sociedade.

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Técnicos do Programa Água Doce visitam Pernambuco

19/08/2008 - O coordenador nacional do Programa Água Doce (PAD), Renato Saraiva Ferreira, encontra-se nesta terça-feira (19) com a coordenadora estadual do PAD e gerente de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco, Terezinha Uchoa. A reunião acontece das 15h30 às 18h, em Recife, com o objetivo de acompanhar as ações desenvolvidas para a recuperação de dessalinizadores e para a implantação da primeira Unidade Demonstrativa do PAD no Estado.

Existem hoje em Pernambuco nove dessalinizadores a serem recuperados ao custo de R$ 272 mil com recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Seis dessalinizadores serão entregues no dia 07 de setembro, sendo três localizados no município de Pedra e três em Ibimirim. Outros três serão inaugurados ainda este ano chegando a beneficiar cerca de 5.080 pessoas com água potável para consumo humano.

A água de beber é um recurso ainda escasso para a população do semi-árido, fato que decorre da composição predominantemente cristalina do solo, verificada pela concentração de sais em quantidades superiores às recomendadas para a saúde humana.

No Estado será implantada, ainda em 2008, a primeira Unidade Demonstrativa do PAD composta pelo dessalinizador, responsável por separar a água boa da água salina por meio do sistema de osmose inversa, e pelo sistema de produção composto pela criação de tilápias rosa e irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia) a partir do concentrado armazenado em tanques de contenção resultante do processo de dessalinização.

"O Ministério do Meio Ambiente pretende ampliar a parceria com o Governo de Estado de Pernambuco buscando o acompanhamento e a efetividade das ações do Programa Água Doce com o objetivo de garantir água de qualidade para consumo humano a partir de técnicas apropriadas para minimizar os impactos ambientais decorrentes do processo de dessalinização e levando desenvolvimento às comunidades difusas do semi-árido brasileiro", explica o coordenador do PAD Renato Ferreira.

Sobre o Programa Água Doce
O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e a sociedade civil.
O seu objetivo é estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis, usando essa ou outras tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda residentes em localidades difusas do semi-árido brasileiro.

Em cada um dos estados onde o PAD atua há um Núcleo Estadual, instância máxima de decisão, e uma Coordenação Estadual, com seu respectivo Grupo Executivo, composto por técnicos capacitados pelo Programa em cada um dos quatro componentes (mobilização, sustentabilidade, sistema de dessalinização e aproveitamento do concentrado), coordenados pelo órgão de recursos hídricos estadual.

Nas localidades atendidas, a gestão dos sistemas é realizada pelo Núcleo Local, a partir de um acordo celebrado entre todos, com participação do estado e do município.

Os Estados atendidos atualmente pelo PAD são: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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