CARLOS MINC DESMENTE PLANTIO DE CANA NO PANTANAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

24/08/2008 - Ao contrário do que foi publicado pelo jornal O Globo, no sábado passado (23 de agosto de 2008), não haverá plantio de canaviais e nem a instalação de usinas de cana no Pantanal.O Zoneamento Agroecológico da cana, cuja discussão ainda não terminou, vai estipular que:

1) No Bioma Amazônia não haverá nenhuma nova usina de cana, apenas continuarão na região as quatro já existentes há mais de dez anos, como em Roraima e no Acre;

2) No caso do Pantanal, serão mantidas as proteções já definidas nas leis estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e na Resolução Conama. Além disso, em torno do Bioma Pantanal, será criado uma faixa de exclusão para além do Bioma Pantanal.

E mais: após essa faixa de exclusão, serão ainda tomadas medidas para mitigar o impacto das atividades econômicas já instaladas na região há mais de dez anos, como, por exemplo, o chamado plantio direto de cana, que gera menos movimento de terra e menos assoreamento, e a redução progressiva do uso de agrotóxico, visando a sua eliminação.

Portanto, repetindo: não haverá qualquer nova usina de cana no Pantanal nem tampouco qualquer plantio de cana. E as defesas ambientais atuais ainda serão ampliadas, tanto do ponto de vista geográfico quanto tecnológico.

Na discussão de quatro horas do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, na semana passada, os temas Pantanal e plantio de cana sequer foram mencionados. Todo o debate girou em torno do decreto que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais. Dos seus 162 artigos, os deputados pediram mais prazo e condições para cumprir o Código Florestal, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste do país, onde as propriedades já são integralmente exploradas economicamente.

Carlos Minc
Ministro do Meio Ambiente

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Minc anuncia fórum permanente de discussão com ongs ambientalistas

25/08/2008 - Gisele Teixeira - Organizações não-governamentais de meio ambiente e a Frente Parlamentar Ambientalista vão participar das discussões sobre a revisão no Decreto 6.514/2008, que tornou mais rígida a Lei de Crimes Ambientais. A mudança no texto foi solicitada pelo setor agrícola, que alega dificuldades em cumprir 12 dos 162 artigos da legislação, em especial o que trata da averbação e recomposição da reserva legal. Representantes do agronegócio devem encaminhar esta semana ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de alteração na lei.

"Esses pontos de divergências serão debatidos entre todos os setores, tendo em vista que as ongs estão maduras, o setor produtivo está maduro e o governo está maduro", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta segunda-feira (25), após reunião com representantes de nove ongs. "Estamos inaugurando um fórum permanente com as ongs e os encontros serão permanentes, já que temos muitos temas comuns em pauta", disse, acrescentando que todas as ongs convidadas para o fórum são sérias e possuem tradição de conversar com o setor produtivo.

O eixo principal do fórum, segundo Minc, será o desmatamento zero. Sérgio Leitão, do Greenpeace, destacou que o Brasil já possui áreas desmatadas o suficiente para permitir que o Brasil zere o desmatamento e, ao mesmo tempo, garanta o crescimento econômico e o processo de expansão da agricultura. "Isso é que vai nortear as discussões", disse.

Participaram da reunião as ongs TNC, WWF Brasil, Amigos da Terra, Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam), Instituto Socioambiental (ISA), Conservação Internacional, Greenpeace, Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e Rede de Ongs da Mata Atlântica. No encontro desta segunda-feira também foram tratados temas como zoneamento ecológico-econômico, código florestal e combate ao desmatamento, entre outros assuntos.

Na reunião, Minc também garantiu às ongs que não haverá plantio de cana-de-açúcar em áreas do Pantanal. "O Pantanal não vai virar um canavial", disse, acrescentando que não serão permitidas usinas de cana no bioma e nem abrandamento das leis e resoluções nesse sentido. Ao contrário, segundo o ministro, serão criadas novas defesas, como uma faixa de exclusão da cana para além do bioma e uma série de restrições para diminuir o uso de agrotóxicos no plantio, a geração de vinhoto e o revolvimento da terra, o que aumenta a erosão e a sedimentação de rios.

Minc também destacou que não haverá alteração no Decreto 6.321, de dezembro de 2007, que estabelece regras para combater o desmatamento na Amazônia, nem na medida do Banco Central que limita o crédito rural a produtores que não estão em dia com suas obrigações ambientais e fundiárias.

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Mato Grosso do Sul apresenta resultado da 1ª etapa do ZEE

28/08/2008 - Daniela Mendes - O governo do Mato Grosso do Sul concluiu a primeira etapa do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do estado. O estudo, realizado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente por meio de um convênio e cooperação técnica, será apresentado amanhã (29) na 3ª Oficina Técnica do ZEE-MS, na Famasul, em Campo Grande, a partir das 8h30.

Essa etapa, chamada de Primeira Aproximação, apresenta a divisão do território estadual em dez zonas para as quais estão estabelecidas diretrizes de uso e ocupação. Além das zonas, são propostos outros elementos de ordenamento territorial, de estruturação da dinâmica socioeconômica e de conservação ambiental como os eixos de desenvolvimento econômico, os arcos de expansão econômica, corredores de biodiversidade, além de áreas de preservação e consolidação do desenvolvimento.

O ZEE permitirá que o governo do Mato Grosso do Sul defina suas estratégias de desenvolvimento incorporando a dimensão ambiental ao processo. Desta forma, além de atender às funções típicas propostas em sua concepção original, o ZEE-MS passa a ser também um instrumento da política de desenvolvimento estratégico e de desenvolvimento regional do estado.

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Conab realiza leilão de gado nesta quinta-feira

26/08/2008 - O novo leilão do boi pirata apreendido na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, ocorrerá nesta quinta-feira (28) às 10h e será realizado por meio do sistema eletrônico da Conab. No total, serão leiloadas 3.046 cabeças de gado com deságio de 40% do valor de mercado. Os sete lotes somados terão lance inicial de R$ 1.259.867,38.

A novidade deste novo leilão é que o governo se compromete a transportar o gado até município mais próximo da área, onde o rebanho está sendo guardado pelo Ibama desde que a Justiça fez a apreensão em 7 de junho. O local de entrega será combinado com quem arrematar as cabeças.

O novo leilão foi remarcado após o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Souza Prudente, permitir ao Ibama realizar o leilão com deságio. Em sua decisão, Prudente determina em caráter de urgência o regular prosseguimento do leilão do rebanho, "observando-se, se possível, o preço mínimo não inferior a 50% do seu valor de mercado".

Depois da decisão, nova cotação foi realizada para definir o valor de mercado e os preços iniciais para os sete lotes de 367 garrotes, 689 novilhas, 486 bezerros, 1.455 vacas, 45 touros, dois bois carreiros, dois bois marrucos. Adotou-se a média de valores avaliados em São Paulo (um dos maiores mercados do país), no Pará e no município de Redenção (PA).

Como participar do leilão - Para participar do leilão qualquer cidadão, pessoa física ou jurídica, deverá acessar a página http://www.conab.gov.br, entrar na Central de Informações Agropecuárias, em Comercialização, Bolsas de Mercadorias e buscar a Relação das Bolsas de Cereais, de Mercadorias Credenciadas pela Conab e suas respectivas associações. Depois, escolher a bolsa que preferir e entrar em contato por telefone com ela para fazer as ofertas. Somente as bolsas, em nome dos interessados, podem dar lances no leilão eletrônico.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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